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– Eu não pedi para salvar minha noite. – Digo, apenas para contraria-la.

– AH, Claro. – Seu sorriso cessou rapidamente e agora estava tomada por seriedade. – Então Volte para lá.

– De onde surgiu esse ser temperamental? – Digo ao me tombando para lá e para cá ao tentar me recostar em uma arvore. – Bom, se tratando de você, já esperava uma possível bipolaridade.

– Você não está exausta me mentir para si mesmo? – Meu olhar para ali mesmo, sobre o gramado húmido ao repetir sua frase, letra a letra. – Agonizando aí dentro de dor. – Ela me encara e eu a enfrento também. – Por que eu estou corroendo de dor.

O olhar vai ao céu, ela observa o céu nu de estrelas, mas, as palavras tinham me vindo a cabeça sob efeito de álcool ou não. Um olhar de fúria caio sobre mim.

– Como os Hanks são capazes de tal sentimento? – Ela continua a evitar o olhar, desligada por uma imensidão estrelar. – É interessante, deve ser genético, o descaramento, desumanismo de um superego patológico, certo? Ver todo o resto como uma sociedade medíocre.

– Eu sou medíocre, você não? – seu olhar cai sobre mim, dando pouco caso para o que eu falei, e ao mesmo tempo e enaltecendo. – Somos todos insignificantes; apenas formigas abaixo de uma imensidão. – Ela caminha para longe de mim com a garrafa ainda em mãos. – Não tenho nada a ver com o meu pai.

– O ar sínico os vícios, a arrogância, não é mesmo, você queria mais dele? – A sigo pronta a falar mais do que me cabia, mas ela interrompe.

– Você costuma ser sempre tão irritante assim? – Ela se volta para mim, então paro o caminhar, de frente a ela que sorri de lábios selados. – Não julgue a história que você não leu. Não somos os nossos pais, Victoria.

– Que culpa tenho eu de não haver nenhuma se quer qualidade em Albert? Eu sou estupidamente irritante, impulsiva, atrapalhada e gostaria muito de ter mais de meu pai em mim.

– Com tanto talento, cuidado para não arrastar outra pessoa para os braços da morte. – Aquilo doeu, muito, como uma adaga em meu peito, subindo ao cérebro e rebobinando tudo o que eu havia feito.

Eu queria ter mais de meu pai do que me o universo me permitiu. Necessitava ter aquele sorriso lindo transbordando em meu semblante, toda a sua confiança e telo para mim bem perto. Mas, tu me fora arrancado, talvez parte por Albert, mas, não posso negar a culpa que carrego. E com uma só frase Tereza deixou bem claro isso em minha cabeça.

ESTAÇÃO 16Where stories live. Discover now