Meus olhos caíram sobres os dela, por um curto momento e era ela.
O silencio dominou os longos minutos seguintes enquanto o sr. Fonseca anotava nossos nomes.
Após o término das apresentações Luís senta-se a sua mesa e faz algumas anotações e nesse meio tempo aproveito para mandar mensagem a minha mãe, avisando que irei dormir fora.
Irei para casa dos pais de Felipe. - Visualizada
Felix está devidamente alimentado, bjs, te amo –visualizada
- Mãe- use camizinha. Te amo – visualizada
Minha mãe era bem liberal quando se tratava de Felipe. Acreditava que Felipe e eu éramos namorados e sim, ela criou essa hipótese sozinha, Até mesmo minha irmãzinha o chama de gay descaradamente e ela tem apenas oito anos.
Luís levanta da cadeira e vai até o quadro e com uma régua, o estrondo ao choca-la ao mesmo, fez o silencio imperar no ambiente e meu celular quase desliza chão abaixo pelo susto que me causara; sorte que consegui pega-lo a tempo e guarda-lo rapidamente voltando a atenção para o senhorzinho diante o quadro com a caderneta em mãos. O olhar percorre cada canto da sala passeando por cada aluno e repousando no azulejo a frente da primeira carteira, cabisbaixo por meio segundo, e no outro seguinte nos olha em um todo caçando palavras.
– Moral da dinâmica – o velho percorre cada fileira, ele adora fazer isso – Sem o seu companheiro de classe, seu poema estaria incompleto, isso é óbvio. E agora aqueles cujo completaram seus poemas estão ligados a ti até o fim do semestre. Deves criar um poema sobre essa pessoa e capturar sua essência ao máximo. – É certo que tenho enorme admiração pelo senhor Fonseca. Porém, ele está ficando meio biruta. – Entendam como um desafio de socialização, isso contara como media final a vocês, estão liberados. – Só para enfatizar, BIRUTA!
Entre o aglomerado de pessoas pelo corredor caiu-me a ficha. Eu não fazia ideia de sobre quem eu teria que fazer esse trabalho. Então me vi andando contra a multidão a procura do sr. Fonseca.
O encontrei, sozinho na sala dos professores; apenas ele, seu livro e uma xicara de chá, cada qual com suas manias de leitura. Eu normalmente preferia uma boa tigela de biscoitos, por isso não o julgo. Com leve três batidas com a porta entre aberta consigo fazer com que ele note minha presença e me convida a entrar.
– Queres chá? – o mesmo que permanece em sua poltrona de pernas trançadas ergue a xicara em minha direção. Faço movimento a cabeça em recusa. – O que te trazes aqui Srtª Jheek?
Fora de classe Luís e eu éramos amigos de longa data, ele adorava chá e eu amava a estante de livros em sua casa e uma boa xicara de café. Partilhávamos da mesma vizinhança, e em qual quer evento literário em Alter, sempre nos esbarrávamos, porém o mesmo deixa bem claro que apesar da aproximação dentro de classe era professor Luís e a aluna número trinta e um da lista de frequência.
– Sobre o trabalho que passara agora em sua aula, poderia me passar a relação na qual se encontra o nome das duplas? – por mais que o conhecesse sr. Fonseca era rígido e já chamara várias vezes minha atenção por falta de atenção, e vir a sua sala simplesmente para pedir a relação de nomes seria o ápice. – Queria saber também se podes me indicar uma obra de R.L Steventon. – O senhorzinho me olha com desdém, marca a página atual de seu livro e segue levantando.
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ESTAÇÃO 16
General FictionInconformada com o sumiço que a empresa dera em seu pai. Victoria Jheek embarca em uma aventura, infiltrando-se na vida de Tereza, filha de Albert Hank's, em busca de respostas do paradeiro de seu pai. Jheek mergulha em uma profunda investigação que...