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– O teatro é tão grande e belo. – Seu olhar estava reluzente. – Tenho sorte de ter você, minha raposa.

– Somos pessoas de sorte em um mundo de mentes pequenas, meu caro.

***

A noite passou como um simples fechar de olhos. Hanna pulava sobre minha cama logo cedo, arrumada e de cabelos em um Coque.

– Bom dia pequena bailarina. – Digo sonolenta e bagunçada.

– Mamãe fez panquecas. – Ela salta sobre mim.

– Hum. Nosso café preferido. Algo especial? – A envolvo em um abraço.

– Não sei. Ela disse que fez novos amigos. E que vamos para o grande parque no feriado. – Estranho. Quase não conseguimos cobrir as despesas da casa e agora vamos ao parque. A soltei e ela em dois saltos sai da cama e sai quarto a fora. Terminei de acordoar por completo e fui para o banheiro tomar uma ducha.

Mamãe estava sentada a mesa com Hanna a servindo. Ao me aproximar vejo o jornal na bancada; manchete principal Abert Hanks curtindo o feriado, sempre sério e com seu cigarro preso a boca, um ser repugnante. Ao sentar, Felix veio se acariciar em minhas pernas nuas por baixo da mesa.

– Algo a compartilhar? – sirvo uma xicara de café com panquecas para mim.

– Vamos passar o Feriado na casa de seus avós. E levarei Hanna para ver os fogos. – Minha mãe achava que era a dona da mentira. Esquecia-se de que eu era filha e mais sabia na arte da mentira. lhe falta habilidade. Mesmo que ela achasse bom me esconder as coisas. (o que não era. Isso só fazia nos distanciar) Eu respeitava.

– Animada para a primeira aula de balé, pequenina?

– Já não sou pequenina. – Ela, arfa de boca cheia. – Sou Grande, pois já não tenho medo do escuro. E mamãe não precisa mais dormir ao meu lado! – Rimos.

– Hora, então, onde está a educação dessa pequenina gente grande? – Ela sorri, mostrando-nos sua janela entre os dentes.

– Vá direto escovar os dentes mocinha, espero vocês duas no carro. – Recolho às louças e levo a pia. – Dez minutos! – pus ração para Felix e subi para pegar meu material.

Minha mãe não era lá uma boa motorista. Ao sair da garagem sempre batia a traseira de Luma (nosso fiat Vermelho musgo) na lata de lixo. Tinha pena do nosso carro.

– Tenho reunião as três. Não poderei vir te buscar. – Ela diz destravando à porta. E tira do bolso uma nota de cinquenta. – Lanche, de uma volta e volte para casa cedo.

ESTAÇÃO 16Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang