Ela estacionou em frente a um portão enorme. Tirou do bolso um cartão e o passou para liberar nosso acesso. Eu precisava de um desses no meu quarto. Estávamos provavelmente na casa do sr. Hank's.
– Meu pai está a negócios em Nova Geneva. Então basta que não façamos barulho. O segurança é um amor, porém, o pavio apaga se ele acordar. – Ela me guia casa a dentro com passadas suaves. Atravessamos a sala e cozinha, indo direto para a área atrás, onde tinha uma enorme piscina. Caminhamos até a borda e ali ficamos, em um completo silencio.
– O que viemos fazer aqui exatamente?
– Responder questionários não faz muito meu estilo. Não tenho tempo para eles, senhorita curiosa. – Um sorriso leve sai de seus lábios fechados. – Você sempre pergunta excessivamente? – Ela retira os sapatos e os recosta ao lado de uma cadeira
– Essa pergunta é contraditória ao seu estilo. E, sim, eu estou de fato bastante curiosa, além de muito, muito zonza. – De fato eu estava bêbada demais. Minha sombra sob a água fazia minha cabeça girar. – por quê viemos?
– Realmente, você tem razão. – Ela se aproximar, repousando um olhar reluzente e um meio riso de lábios selados sobre mim. – Mas, qual seria a graça se não fosse contraditório? – quando aqueles olhos repousavam sobre os meus, os minutos pareciam aumentar-se sem se passarem, e era impossível continuar a fita-la assim. Ela fazia algo ecoar do fundo de minha alma; um frio; um brilho. – Estamos aqui para esquecer que estamos, em uma terra perdida no espaço; que somos todos merecedores de um planeta apenas nosso.
– Meu planeta. – Arfo ao soltar as palavras entre um meio sorriso. – Era bonito. Um planeta envolvido por três anéis; anéis formados por pedrinhas, todas orbitando corretamente em nossa volta. – Dou alguns passos a mais para rente a borda da piscina encarando um reflexo turbulento ao fundo. Meu reflexo embaçado e turbulento – Então formou-se uma nebulosa bem acima do meu pequeno planeta. Sugando parte de tudo que havia nele, e a parte que ficara, está difícil de reorganizar.
– Você já teve seu planeta em orbita. – Sua voz ecoa chegando ao meu lado, rente a piscina. – Não me há uma vaga lembrança de um dia eu ter tido meu lar em orbita, um planeta para chama-lo de meu. Você Teve algo em orbita, o que tens a fazer é organizar a parte que a buraco negro não levou.
– E se eu for o buraco negro? – Agravo o tom ao olha-la, olhos maleáveis e cerrados. – A massa cósmica e negra a cima do meu planeta; não é uma gaveta fácil de se organizar.
Um silencio imperou ali, entre o meu olhar e o seu. Entre o céu nu e as luzes de um poste, quase mórbido, uma piscina de desabafos entre dois olhares perdidos. Nossas almas talvez estivessem chorando naquele exato momento, mas, nossos olhos recusavam-se a nos entregar.
– É a bagunça mais linda dessa noite. – Com um toque ela conseguiu transformar a morbidez em espirito santo. Uma luz emergiu me trazendo calor, fazendo meu corpo aquecer com sua mão a segurar a minha e aquele infinito olhar. Vi surgir um sorriso de seus lábios, maliciosa e sagaz. – Por hora, um banho Gelado resolve.
Sinto suas mãos contraminha cintura, uma pegada firme que fez com que meu corpo tremesse e que ocoração pulsasse extremamente fora de ritmo.
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ESTAÇÃO 16
General FictionInconformada com o sumiço que a empresa dera em seu pai. Victoria Jheek embarca em uma aventura, infiltrando-se na vida de Tereza, filha de Albert Hank's, em busca de respostas do paradeiro de seu pai. Jheek mergulha em uma profunda investigação que...