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𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆 ❥

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𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆 ❥

— Joshua! — Choramingo mais uma vez quando ele me aperta em um abraço e beija minha barriga de cinco meses ainda pequena.

Foi uma notícia muito inesperada pra todos. Fui totalmente pega de surpresa com a gravidez e até agora isso ainda me choca. Eu não saberia lidar com isso. Josh pelo contrário faz de tudo por mim e pelo bebê. Ainda não sabemos o sexo e o Noah praticamente nos obrigou a fazer festa de revelação sem sentido. Ainda não me sinto completa e pronta pra ser mãe.

Não consigo comprar as roupinhas pro bebê. Não consigo fazer carinho na minha barriga. Não consigo pensar nele em meus braços. Acho que no fundo eu seria uma péssima mãe mesmo. Não consigo pensar nele como uma bênção nesse momento. E que Deus me perdoe, mas não era pra ser agora. No fundo eu sinto que eu amo essa criança com toda a minha vida, mas no momento eu não consigo enxergar desse jeito. Eu ainda tenho muitos traumas de infância pra superar.

Acho que ainda estou em negação e isso não é bom.

— Vamos, sua consulta começará em breve. — Josh sorriu carinhoso pra mim e beijou minha bochecha. Sorrio fraco e faço uma expressão tranquila, mas nervosa. — É normal fazer terapia, linda. Isso não deveria ser um tabu hoje em dia. As pessoas precisam conversar sobre os seus problemas e frustrações com um profissional adequado. Então se sinta feliz por isso. — Ele me puxa pra irmos ao elevador.

Sim. Eu estou fazendo terapia pra tentar resolver minhas frustrações com essa gravidez. Nunca que eu iria prejudicar um ser humano dentro de mim por traumas da minha infância. Então eu faço de tudo pra ter uma alimentação saudável e não o prejudicar. Mas eu ainda acredito que eu poderei o amar infinitamente ao longo dos meses. Isso é apenas uma fase que vai passar. Eu acredito.

(...)

Me deito sobre o sofá confortável do consultório da doutora Paliwal e respiro fundo escutando-a falar sobre a gestação de mulheres grávidas que podem desenvolver depressão durante e logo após a gravidez. Eu escuto tudo com atenção e tento absorver as informações.

— Então minha querida, como você se sentiu com a notícia de que seria mãe? — Ela pergunta atenciosa e eu suspiro me sentando de frente pra ela.

— Na hora eu me agarrei nos braços do meu namorado e chorei de emoção. A ficha ainda não tinha realmente caído e eu me desesperei com a possibilidade de ficar enorme e haver mudanças no meu corpo. Eu trabalho como modelo e fiquei com receio de me prejudicar futuramente. — Respondo começando a sentir meus olhos pesando. Ela assente em concordância e anota alguma coisa em um caderno.

— Prossiga. — Ela me encoraja a continuar.

— Depois eu comecei a lembrar das palavras da minha madrasta antigamente. Ela falava que eu seria uma péssima mãe porque eu era patética e a criança sentiria vergonha de ter uma mãe vagabunda como eu. — Sussurro não me aguentando e começo a chorar lembrando novamente das palavras da Regina de quando eu tinha quinze anos. Ela era malvada e me odiava sem motivo.

— Ela ainda é presente na sua vida? — Pergunta e eu nego. — Mantenha assim. Pessoas desse jeito não fazem bem pra ninguém. Elas são tóxicas e prejudiciais. Então apenas se afaste.

— Ela é a mãe do meu namorado. Ele é meu meio irmão. Somos filhos do mesmo pai. — Murmuro envergonhada e abaixo acabeça. Isso ainda era um assunto constrangedor de se falar com alguém.

— Eu sei, querida, não estou aqui pra julgar ninguém e sim ajudar você a superar seus traumas e medos. — Ela indaga me lançando um olhar carinhoso. — Agora me diga, você tem uma relação boa com a sua mãe?

— Sim. Minha mãe é minha melhor amiga. Com ela eu posso conversar e falar sobre tudo, ela é minha companheira pra vida toda. — Sorrio pela primeira vez do dia ao falar da minha mãe.

— Ótimo querida, agora eu posso pedir pra tocar na sua barriga? Apenas toque e feche os olhos. Eu já notei ao logo das consultas que você apenas tem medo e insegurança de ser uma mãe ruim, mas isso não é verdade. Você tem tudo pra ser uma mãe incrível e fantástica. Você tem pessoas que realmente querem seu bem, uma mãe doce, amigos companheiros e um namorado leal e bondoso, apenas relaxe e feche os olhos.

Sorrio, sentido as lágrimas caírem pelas belas palavras da doutora e fecho os olhos descendo minhas mãos lentamente pela minha barriga. Logo sinto meu coração errar uma batida quando pela primeira vez na minha vida, sinto meu bebê se movimentar dentro de mim. Ele nunca havia se mexido antes ou feito movimentos leves. Isso encheu meu coração de alegria. Eu não sentia mais um desespero ou medo. Eu sentia uma paz e tranquilidade por saber que eu finalmente poderei amar meu filho sem medo.

— Obrigada. — É a única coisa que eu digo antes voltar a fazer carinho na minha barriga de cinco meses.

Todos estavam presentes no meu desfile. Minha barriga felizmente ainda não estava grande como esperávamos que estivesse. Até Bailey e Nour estão aqui junto com a Taylor e Krystian. Eles fizeram questão de sentar na primeira fila. Isso me encheu de alegria.

Finalmente eu conseguir tirar um tempo e fui comprar as roupinhas do meu bebê com o Joshua. Que ficou que nem criança hipnotizado pelas cores e roupinhas combinando do nosso bebê.

Agora eu estava terminando de colocar a roupa, quando escuto passos e vejo Noah entrando com Nolan ao seu lado. As vezes até eu me confundo com os nomes parecidos deles dois.

— Deus! Como pode ser tão linda gravidinha desse jeito? — Noah diz emocionado e me abraça apertado, soluçando logo depois.

— Você é muito carente. Em casa perde a pose rapidinho. — Nolan reclama dessa vez e se joga no sofá do camarim. — Até quando transamos ele fica carinhoso. Aonde eu acho alguém como o Joshua? Você ficou literalmente uma semana com marcas no corpo.

— Sem comentários. Obrigada! Eu estou muito feliz e nervosa. — Admito respirando fundo. — Cadê o Joshua?

— Ele disse que se vier aqui e ver você com essa roupa, falou que você teria que ter um bom motivo pra ser atrasar pro desfile, então ele preferiu ficar com os outros. — Nolan explica fazendo cara de tédio e eu sorrio assentindo. Com certeza se ele tivesse aqui eu iria me atrasar por estar tendo um orgasmo e com ele dentro de mim. — Vamos! Vai começar. Boa sorte. — Assinto esfregando as mãos suadas e caminho pro meu grande sonho.

𝗦𝗘𝗗𝗨𝗖𝗧𝗜𝗢𝗡 [+𝟭𝟴]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora