𝗦𝗘𝗗𝗨𝗖𝗧𝗜𝗢𝗡 [+𝟭𝟴]

𝟬𝟭𝟵 ❥

𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆 ❥

Estava sentindo uma paz tão grande com seus braços ao meu redor e nossas pernas entrelaçadas em uma conchinha quentinha. Sua respiração leve e seus cabelos com cachinhos loiros rebeldes caindo pela testa. Isso era a coisa mais inesperada que eu poderia imaginar. Ele era perfeito e eu não o merecia.

Eu podia ser uma vadia má nas maiorias das vezes com ele. Mas eu fazia isso para o afastar de mim, e se ele não fosse tão insistente e cheio de atitude, eu acho que não teríamos ficando juntos agora. Porque eu sou uma covarde e não iria atrás dele. Eu o deixaria ir e viver sua vida sem um problema ao lado. Eu era rebelde e fazia as coisas por impulso e sempre me dava mal. Porém toda as vezes quem estava ao meu lado era ele. Sempre foi ele e sempre será ele pra tudo. Por isso eu vou tentar ao máximo lutar pelo nosso amor e enfrentar nosso pai. Porque eu o amor e não o deixarei mais.

Isso sim é o certo a se fazer.

— Bom dia. — Sua voz rouca me despertou dos meus pensamentos e eu automaticamente sinto meu coração mais leve ao vê-lo sorrindo depois de tanto sofrimento. — Você é a mulher mais incrível do mundo. Eu tenho tanta sorte de a ter ao meu lado. — Ele se inclina e deixa um beijo na minha bochecha. Sorrio automaticamente.

— Você é o homem mais fantástico que existe. Você é único. — Respondo me reerguendo e dou um beijo no seu nariz. — Senti saudades.

— Eu também... vida. — Ele sorriu se sentando na cama e eu o ajudo sentando também. — Mas precisamos conversar seriamente agora. Sobre tudo...

Antes que ele pudesse terminar a frase escutamos gritos vindos do andar de baixo, troco um olhar com josh e ele me lança um meio sorriso tentando me confortar e dizer silenciosamente que tudo ficaria bem.

Me levanto junto com ele e descemos as escadas de mãos dadas, assim que pisamos nos últimos degraus escuto a voz do nosso pai alterado, os dedos de Josh se apertam nos meus me passando um pouco de confiança enquanto andamos até a sala de entrada, onde meu pai se encontrava juntamente com sua esposa cobra. Taylor a olhava com um misto de nojo e raiva, Bailey e Nour estavam também junto com o resto da família do jantar daquele dia.

— O que está acontecendo aqui? — Pergunto chamando a atenção de todos.

Meus olhos se encontram com os do meu pai e sinto minha garganta fechar diante de seu olhar decepcionado e raivoso, que logo muda para somente raiva quando vê nossas mãos juntas.

— Olha, a vadia resolveu dar as caras — Regina diz com os braços cruzados ao lado do meu pai.

— Não fala assim com ela! — Josh diz entre dentes e sua mãe faz uma expressão debochada.

— Ou o quê? Seu mimado de merda! Eu não criei filho meu pra cometer incesto! E logo com essa vagabunda sem vergonha na cara. — Ela esbraveja me olhando com nojo. Engulo em seco me sentindo afetava pela primeira vez com alguma coisa que essa mulher fala ao meu respeito.

— Lave sua boca pra falar da minha filha! A única vagabunda aqui é você! — minha mãe chega na sala de estar encarando Regina com ódio. — Se você falar mais alguma coisa com ela pode se preparar pro processo. Porque eu vou acabar com você.

— Mãe... — Sussurro atordoada e ela vem até mim, me abraçando apertando. — Eu sinto muito por tudo isso. Não queríamos causar essa confusão toda.

— Não adianta pedir desculpas por isso. Vocês fizeram uma das piores coisas que alguém poderia fazer. Um incesto? Aonde foi que eu errei? Criei uma filha vadia e um filho miserável. A partir de hoje podem esquecer que algum dia vocês tiveram um pai. Eu não vou apoiar essa palhaçada ou fazer parte disso. Hoje vocês morreram pra mim. — Conseguia sentir sua raiva daqui a cada palavra que nosso pai transferia pra fora.

— Eu sempre soube que tinha alguma coisa errada com vocês dois. Olha agora? Vocês dois são irmãos! Eu estou falando sério, Joshua. Se você não acabar com isso agora mesmo, pode esquecer que também tem uma mãe. Pode esquecer que tem uma família! — Regina o olhou decepcionada e eu poderia jurar que eu vi uma lágrima desce pelo seu rosto. — Eu não vou aceitar isso. Nunca.

— Mãe... Você precisa entender! Eu amo a Any. Vocês não podem fazer nada pra impedir isso. Pode apostar que já tentamos e nunca dava certo. Eu a amo e se vocês quiserem podem sair das nossas vidas. Vamos fazer mais integrantes sem vocês ao nosso lado. Podem ter certeza que vamos viver com isso pro resto da vida. Eu não vou largar ela. Antes ela que vocês.

— Isso é nojento. Vocês têm o mesmo sangue! São filhos do mesmo pai. Eu não aguento mais. — Ela rebate e limpa as únicas lágrimas que escorreram.

— Eu achei tudo de boa. Ainda não entendi o que nós estávamos fazendo aqui? A vida é deles e eles fazem o que quiserem. — Bailey responde pela primeira e eu sorrio pra sua direção. — Querem minha bênção? Pronto. Façam filhos e sejam felizes juntos. Sangue não significa nada. — Ele termina de dizer e dar as costas saindo junto da sua irmã.

— Você sabia disso? — Minha mãe pergunta quebrando o silêncio e olha pra loira que estava calada, sentada no sofá de braços cruzados apenas observando.

— Claro que sabia. Eu disponibilizava até a minha suíte pra eles transarem e tudo. — Ela responde sem perder a pose e eu sinto minhas bochechas quentes de vergonha pelo olhar que minha mãe me lançou.

— Taylor! — Sua mãe a repreende e ela ri debochada.

— Vamos falar a verdade? Ninguém aqui é santo. Primeiro que eu já peguei dona Regina com um cara na cama. — Regina arregala os olhos e meu pai a encara com ódio — Também já ouvir boatos que dono Ron também já ficou com uma prima de sangue. Mãe obrigada pela informação. — Taylor falou olhando pra cada com uma expressão de deboche e a sala ficou em silêncio total.

— Meu Deus! Eu estou chocado! — Ouvimos uma voz e olhando ao redor. Bailey tinha voltando e estava sentando na ilha com um pacote de pipoca nas mãos. Nour estava ao seu lado e negou com a cabeça. — Gente que cabaré é esse nessa família? Eu amo!

O resto da família ficarem abismado sem falar uma palavra com todas as informações anteriores.

— Viu? Ninguém é perfeito. Aceitem e engulam, porque eu não vou me separar do Joshua queira vocês ou não. Somos de maiores e sabemos o que estamos fazendo, querem viver longe da gente? Ótimo. Querem fingir que nunca existimos? Ótimo também. Agora sumam daqui e nunca mais apareceram na nossa frente. — Aponto pra saída com sangue nos olhos e eles nos lançam um último olhar de desprezo antes de saírem revoltados. Apenas os dois.

— Any... Precisamos conversar. — Minha mãe diz e eu assinto. — A sós. É urgente. — Dou um último olhar pro resto das pessoas e subo pro segundo andar com minha mãe ao meu lado.