Capítulo 47

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A minha vida estava em seu melhor momento. Os meus sonhos se realizavam e tudo estava indo bem.

Sophie tinha melhorado bastante após minha festa de casamento com sua mãe. Festa essa que já havia passado à três meses. Ela nem parecia que tinha doença incurável alguma.

Dores e reclamações ainda a perturbavam muito, mas haviam diminuído bastante de intensidade. Isso me deixava muito feliz. Eu realmente imaginei que talvez nossa caçula estava sarando ou quem sabe a centelha funcionara.

Todos os dias,Andrew,nosso netinho vinha visitar sua titia e os avós. Ele ficava feliz todas as vezes que passeava pelos Moors. Sophie sempre fazia algum brinquedinho ou joia personalizada para o sobrinho e também amigo. A garotinha era uma artista e tanto e tinha um talento nato para criar qualquer coisa.

-Olha, papai, fiz esse colar real pra ele usar quando tiver reinando Ulstead! -orgulhava-se a criança de seu lindo e futuro rei,dando-lhe muitos presentes.O pequeno bebê que tinha feito um aninho a pouquíssimo tempo com certeza não fazia ideia do que sua tia estava falando.

A propósito, a festinha dele no palácio fora incrível. Teria sido melhor se Malévola não tivesse feito escândalo para ir por conta de odiar contato com humanos num geral. No fim ela se divertiu do mesmo jeito e toda a discussão que criara fora esquecida.

-ti...tia -gaguejava o menino,que começara a aprender a balbuciar algumas coisas. Aurora batia palminhas de felicidade a cada nova palavrinha esquisita que seu filho soltava. Philip,por ter que ajudar o pai no reino, nem sempre estava presente mas fazia de tudo para aparecer algumas vezes.

-Fala Malévola! - insistia a trevosa ao meu lado. Eu ria pelo fato de saber que seu nome era algo muito difícil para uma criança daquela idade aprender. Mas o futuro proporcionaria isso.

A minha família estava estabilizada. O nosso felizes para sempre tinha sido conquistado.

Eu e Malévola tínhamos nos aproximado muito depois de nosso casamento. Nós tínhamos conhecido um ao outro de uma maneira muito mais profunda que nem mesmo décadas conseguiram nos proporcionar. E cada coisa nova que eu descobria sobre minha esposa me deixava mais e mais apaixonado por ela.

Nós havíamos sofrido bastante, passado por muitas coisas. Mas estávamos juntos de novo e isso era o que importava.

Tudo o que eu mais desejava era que aquela fase de alegrias nunca mais passasse. Tínhamos vencido.

Nossas filhas ficaram brincando por mais um tempo junto ao bebê Andrew enquanto eu e Malévola aproveitávamos aquele momento para conversar e observar nossa família unida.

-Está feliz meu amor? -perguntei para ela enquanto acariciava sua mão e colocava minha cabeça em seu ombro.

-Ficaria se você parasse de me chamar assim –respondeu seca –Esse apelido é ridículo.

Eu ri.

O casamento não tinha tornado Malévola uma criatura romântica. Longe disso. Digamos que ela continuava a mesma cabeça oca com  personalidade irritante de sempre. Eu não fazia a menor questão que ela mudasse em nada, pois para mim, era perfeita do seu jeito.

-Está bem – afirmei para ela –A partir de hoje vou te chamar de mula.

A fada trevosa arregalou os seus olhos para mim, desacreditada de minhas palavras. Gargalhei. Uma das coisas mais prazerosas que eu havia descoberto era o como testar a paciência de Malévola era divertido.

-Sabe de uma coisa,me arrependi de ter me casado com você - citou ela, cruzando os braços entre seu peito –Ficou mais idiota que de costume. - um estalo de língua.

LOVE-MALÉVOLA E DIAVALWhere stories live. Discover now