—Ficou perfeito. — disse sorrindo para Astra que estava atrás de mim. — Não vejo a hora de usar tudo isso.

—Você também tem que organizar o chá de bebê. — Concordei suspirando.

—Vou fazer isso. — Saímos de lá e eu voltei para o quarto indo comer.

—Tudo bem, eu espero pacientemente para você me contar o que fez. — ela falou suspirando.

—Não estou fazendo nada. — dei de ombros e sorri levemente para ela. — Nós podemos começar a planejar o chá de bebê. — ela concordou se levantando, saiu do quarto e voltou uns 10 minutos depois com o tablet.

[...]

Eu tinha saído do palácio para dar uma volta pelo jardim, que começava a se esconder pela neve. Não tinha mais nevado desde que tínhamos ido na mina, mas o frio ainda aumentava a cada dia.

A arvore de natal tinha chegado deixando claro a época do ano em que estávamos e eu nem lembrava disso. Patricia que cuidava de tudo em relação ao natal e ao ano novo. Ela estava ansiosa para ter esses eventos sem brigas como tinha sido o último.

Duas moças me seguiam em meu passeio, cada uma com um cachorro. Grace e Aslam usavam moletom por conta do frio e botas.

—Alteza, já passamos muito tempo aqui. —uma das moças falaram, parei de andar sorrindo para ela.

—Claro, vamos entrar. —disse seguindo com elas para dentro do palácio. —Vou leva-los para a lareira, tragam cobertores para nos aquecer e chá, por favor. — pedi pegando a coleira deles e indo para a sala com a maior lareira do palácio. A mesma já estava ligada, apenas me sentei afagando os dois para que eles se deitassem ali aproveitando o calor.

Não demorou para elas surgirem com tudo, coloquei um coberto em cada um deles e um em meus ombros, tomando o chá, elas tinham vindo com água para os cachorros.

Respirei fundo com as mãos em minha barriga, os gêmeos se mexiam, me deixando desconfortável. Mãos deslizaram pelas minhas costas, subindo para os ombros, descendo pelo meu braço ate entrelaçar nossos dedos. Sorri ao ver a aliança que combinava com a minha e relaxei meu corpo encostando do dele.

—Você tinha mesmo que sair nesse frio para andar? — ele perguntou beijando a lateral do meu rosto.

—Eu precisava me mexer um pouco, Justin. A culpa já não é minha se tava frio. — Justin riu e eu fechei os olhos. — É tão bom estar assim, só nos 6, juntinhos. — suas mãos foram para minha barriga, apoiou seu queixo em minha cabeça, também relaxando seu corpo.

—Poderíamos ficar assim para sempre. —Justin murmurou e eu sorri imaginando uma paz dessa.

—É um sonho, mas não podemos. Temos uma maldição para enfrentar em 20 anos, se não conseguirmos resolver agora. — Soltamos um suspiro quase que simultâneo. —Como está o país?

—Tudo bem. Enfim um pouco de paz nesse lugar. — ele riu sem humor. — Mas muita burocracia com as cidades que estão destruídas.

—Melhor do que o que já enfrentamos. — disse rindo.

—Muito. Com toda a certeza. — Justin me apertou em seus braços, respirando fundo. —Astra me falou que vocês começaram a planejar o chá de bebê. — me virei para ele, que sorriu. — Eu pedi para ela ir me falando como você estava ao longo do dia. Também vi o quarto dos nossos filhos.

—Eu só vi quando começaram, já terminaram? —ele negou.

—Alguns moveis já estão prontos, outros ainda faltam montar. — assenti.

Choices of the heart 3 - A princesa perdidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora