capítulo 157

3K 157 2
                                    

Pov Grego:

Deixei a Luísa bater no marmanjo lá, porque se fosse eu, nem sei se ia deixar ele vivo. O mundo me agradeceria por apagar esse imbecil. Tô mentindo?

Agora a outra tá dormindo, mal chegamos e ela já capotou. Nem acordou tão cedo assim pra tá com sono.

Enquanto isso eu fui trabalhar, na verdade era só pra garantir que as minhas encomendas estavam seguras e que ia chegar na boa sem ninguém atazanando.

Depois eu fui dormir também, o clima chuvoso no Rio tá mó bom. Deitei e fui dormir, nem sabia que eu tava cansado, até eu deitar.

...

Tava em casa mermo, só tinha que agradecer por tá tudo tranquilo.

Luísa: Quer comer o que na janta?_falou enquanto lavava às vasilhas.

Grego: Por mim eu jantava você, se tivesse no cardápio. Mas qualquer coisa que tu fizer aí, tá bom._sorri e ela revirou os olhos.

Luísa: Hahaha de traficante ele resolveu virar comediante?_falou irônica e eu ri.

Grego: Agora nem dá pra meter o louco falando que tá naqueles dias, tu vai ficar bem um tempo sem ver o mar vermelho._falei e ela concordou rindo.

Luísa: Não sei eu choro ou comemoro com isso._falou pegando o pano de prato em cima do balcão.

Grego: Depende do dia e da hora. Sabe o quê que deu vontade de comer agora? Aquela lasanha que tu fez naquele dia em Angra.

Luísa: Sério? Eu achei que o senhor ignorante não tinha gostado.

Grego: Gostei pra caralho, mas eu tinha que manter a postura no bagulho. Acha que eu ia dar vantagem falando que eu gostei? Engano seu._falei e ela riu.

Luísa: Dá para fazer a lasanha, mas para isso, precisa comprar uns ingredientes. Não tem nem a metade do que precisa aqui._abriu o armário.

Grego: Veste uma roupa e descente e vamo lá mais eu comprar. Tá ligado que se eu for sozinho tu vai estressar, sabe que eu não sei fazer esses bagulho._cruzei os braços e ela concordou.

Nós ia no mercadinho aqui do morro mermo, boa coisa foi eles ter decidido fechar aqui às dez horas. Tem dias que a gente tá na urgência com algum negócio pra cozinhar e tem eles de salvação.

Essa semana é a semana da ONG, onde nós vai distribuir cesta básica pra todos aqui do morro. Gosto de fazer isso ao menos uma vez por mês.

Tô ligado que às coisas tá difícil, nem todo serviço é pago o valor que a pessoa merece. Junta aluguel, junta água, luz, internet, filhos. É o mínimo que eu posso fazer pra ajudar.

Pegamos o carrinho de compras, e pegamos altas paradas. Negócio era só pra fazer uma lasanha, a mina tacou uns bagulho mais nada a ver no carrinho.

Luísa: Relaxa que eu vou pagar!_falou colocando uma caixa de bombom no carrinho e eu fechei a cara.

Grego: Tu gosta de discutir comigo né? Sabe que eu não nego nada pra tu, e ainda insiste em querer pagar as coisas. Guarda teu dinheiro pra tu fazer tuas coisas vida, fazer uma unha, um cabelo, comprar roupa. Dependesse de mim eu bancava tudo, mas tu não deixa._falei e ela revirou os olhos.

Luísa: Porque não existe necessidade nenhuma disso. Mas é Impossível te convencer disso._falou e eu concordei.

Passei as compras no caixa enquanto ela ajudava o carinha lá a empacotar tudo. Coloquei as coisas tudo no porta malas do carro e voltamos pra casa.

Enquanto ela começava a preparar umas paradas lá, eu guardava os outros trem que nós comprou.

Estômago deu sinal de vida hora que ela colocou a carne moída no fogo. Pô, subiu mó cheirinho bom. Fui tomar um banho porque eu não tinha tomado mais cedo, tava fazendo um frio do cacete, tava pensando até em vender o banho. Só que corro sérios riscos de dormir no chão por conta disso.

A Luísa nem gosta que ajuda ela na cozinha, me expulsou de lá foi cedo. Depois que eu saí do banheiro, eu fui assistir jogo. Tinha nada pra fazer além de esperar a bendita janta ficar pronta.

Sem mísera, pedi ela pra fazer um tabuleiro enorme. Pra comer amanhã no café, ia levar pra boca. Negócio é bom, que dá vontade de comer toda hora, igual ela.

Luísa: Amor, vem comer!_gritou da cozinha.

Desliguei a televisão e fui pra cozinha, a mesa tava feita. Refrigerante, dois copos, panela de arroz e a lasanha.

Tirei uma foto, porque o bagulho tava bonito demais. Dei um selinho demorado nela, pô tem que valorizar pra caralho essa mina.

Luísa: Não consegui deixar ela igual a de Angra, mas dá para comer._sentou na cadeira.

Grego: Dahora isso aqui pô, tu manja nesses negócios._falei e ela sorriu.

Luísa: Alguém tem que saber cozinhar aqui. Nosso filho ou filha não pode viver só de miojo._negou rindo.

Jantamos ali, conversando sobre tudo. Ela até reclamou da dor na mão, por conta do murro, e porque ela bateu no otário com a merma mão que ela tinha quebrado.

Não me chame de princesa Onde as histórias ganham vida. Descobre agora