capítulo 149

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Pov Luísa:

O Filipe se ofereceu para ficar comigo durante a conversa com os meus pais. E eu aceitei, mas antes eu fiz milhões de interrogatório garantindo que eu não estava atrapalhando ele em nada com isso tudo que vem acontecendo.

Almoçamos na Ângela, por insistência do Filipe, porque eu iria fazer o almoço. Mas parece que todos estão querendo me poupar dos serviços domésticos. E uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Boa parte disso é preocupação, principalmente pelo o que está acontecendo, pelo meu desmaio. E o restante disso se chama mimo e mordomia. E eu estou ficando muito sem costume com isso.

Ajudei o Grego limpar a casa, porque a moça que limpa aqui duas vezes por semana infelizmente não conseguiu vir hoje. Mas eu ajudei sendo criticada pelo meu próprio namorado.

Ele me mima, e depois reclama que eu sou mimada, chata e tudo mais. Porém, ele tem culpa nisso, já que não me deixa fazer nada e tudo que eu peço ele me dá.

Dois dias depois que decidimos voltar, o Filipe trouxe lá de casa algumas roupas minhas para colocar no guarda roupa dele. Segundo o ele, era de onde elas nunca deveriam ter saído.

Tomei um banho e vesti uma roupa mais fresca. Infelizmente eu ainda não me liguei que o lugar que eu vivo a tendência é só piorar em questão do calor. Vinte e seis anos aqui e eu nunca me acostumei.

Antes deles chegarem, eu fiquei conversando com o Filipe. Estávamos comentando sobre a vida alheia, uma conversa extremamente produtiva.

Depois os meus pais chegaram, estavam sentados na minha frente em um sofá e eu e o Filipe em outro.

Eu encarei os dois, para tentar saber se eles chegaram a se arrepender do que fizeram. Mas eu estava tão agoniada com tudo que estava acontecendo que a minha mente criou uma versão deles que eu não consigo mudar.

Dandara: Primeiramente queríamos te pedir desculpas por estar passando por isso. Não era exatamente isso que pretendíamos fazer, mas depois que você realmente entender o motivo, eu tenho certeza que você irá nos perdoar._me olhou.

Dandara é a minha mãe, sempre foi muito boa em falar, e expressar, e dessa vez não está sendo diferente. O único problema atual é conseguirem me convencer de alguma coisa aqui.

Luísa: Certo, e o que me dizem? Gostaria de entender o motivo real por terem feito isso._falei séria.

Ernane: Seu tio. Papai te contou que depois de tudo que aconteceu, eu matei ele. Não foi exatamente eu, na verdade eu paguei para que matassem, que no caso foi o Grego._falou e o Filipe concordou.

Luísa: E?_arqueei a sobrancelha.

Ernane: Um tempo passado depois da morte do seu tio. Colocaram uma investigação a respeito do acontecido, onde iriam investigar todos da família. Afinal, o seu tio fazia parte do exército policial, e possuía bastante reconhecimento naquilo. Eu estava correndo risco, o Grego estava, e como consequência do problema eu forjei a nossa morte.

Dandara: Foi algo bastante planejado, quando eu descobri que o seu pai planejava isso, eu acabei me envolvendo também. Pois de qualquer forma, iriam suspeitar mais ainda do acontecido.

Luísa: Certo, e o que explica a figura de vocês dois no caixão?_encarei os dois.

Ernane:  Contratamos um profissional para fazer uma estátua de cera semelhante a nós. E o acidente, foi completamente simulado._explicou.

Luísa: Entendi, e quem mais estava incluso nessa farsa de vocês?

Dandara: Apenas eu e o seu pai. Seu irmão não sabe, ninguém da família além de você sabe disso. Eu e o seu pai passamos esses anos foras, até chegarmos a uma conclusão que não compensava ficar longe de todos por uma investigação que não foi muito adiante. Mas o seu pai não queria ver ninguém decepcionado ao saberem que foi ele quem matou o irmão.

Ernane: Sim, e eu conversei com o Grego, para limpar completamente a ficha de investigação que possuía. Para que pudéssemos voltar sem risco nenhum. E ontem eu vim para acertar com ele o serviço feito.

Luísa: E coincidentemente eu vi o senhor, entrei em pânico e desmaiei.

O que eles fizeram, foi basicamente culpa minha. Talvez se o meu tio não tivesse feito aquilo comigo, ele não teria que ser assassinado e meus pais não iriam forjar a própria morte deles.

Eu não estava com raiva, estava decepcionada por saber que tudo aconteceu por medo. Pois no final não teve investigação nenhuma. Eles literalmente deixaram ela de lado, depois de investigarem duas pessoas, que foram os meus avós.

A conversa rendeu bastante, sem ressentimentos, eu realmente estou acreditando na versão que eles estão me falando, e eu espero seriamente que isso tudo falado seja verdade e não obra de mais uma invenção.

Eu só pedi um tempo para assimilar as coisas, o mesmo que eles precisavam para concertar tudo, sem falar a real história por trás disso.

O plano deles é chegarem e falar que foram enganados, que mandaram eles para outro país e falaram que os filhos deles havia morrido em um acidente. Resumindo, isso vai ser uma novela e tanto.

Grego: Eu me liguei quando o senhor viu a minha foto de plano de fundo e ficou estranho durante nossa conversa aquele dia._falou com o meu pai que concordou.

Ernane: Aquele dia eu descobri que eu era o seu sogro. E eu não consegui disfarçar a minha reação quando vi a foto da minha filha._sorriu.

Grego: Certo, mas pra fazer as coisas de forma correta. Eu tô namorando com a filha de vocês, minhas intenções são as melhores. Não irei magoar ela, garanto pra vocês, a única coisa que eu pretendo é fazer ela muito feliz!_segurou a minha mão.

Ernane: Eu sei rapaz, confio em você. Só quero que saiba o que acontece se fizer ela sofrer...

Grego: relaxa que isso não vai ser necessário sogrão, tamo tomando as providências para que isso não aconteça!_falou antes que o meu pai terminasse de falar.

Por fim eles foram embora, foi como se tirasse um peso das minhas costas. Um alívio tomou conta do meu ser. Parece que agora tudo irá dar certo, eu espero.



dessa vez não irá ter treta, vamos descansar um pouco disso KKKKKKKKKKKKKKKKKK

Não me chame de princesa Where stories live. Discover now