capítulo 23

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Pov Luísa:

Por mais que a presença do Grego ali entre nós não me agradasse, eu fiz questão de ser educada. É difícil pra caramba, porque só de respirar aquele cara me estressa. Mas eu estou tentando e dando o meu melhor para não estragar a noite.

Acho que ele percebeu que eu não estava afim de devolver as alfinetadas que ele lançava sobre mim, que até então ele sossegou.

A noite poderia ter sido impecável se o Diogo não tivesse ligado. Desde aquele dia ele vem me ligando frequentemente. Com ameaças e tentativas de subornos. Ele tentou me subornar com dinheiro, sendo que ele está morando em uma casa de favor para não morar na rua.

Se ele pensasse bem, ele poderia fazer um investimento, abrir uma advocacia e tentar crescer na vida. Mas ele não usa a cabeça. O principal problema é que o Diogo quer tudo de mão beijada, e isso eu tenho certeza que ele não vai conseguir.

É óbvio que eu não vou abandonar ele, mas ele precisa saber os valores das coisas, ele precisa aprender a dar valor. Ele precisa aprender que com a ganância ele não vai chegar em lugar nenhum.

Andressa: um rodízio não me satisfez!_passou a mão na barriga.

Grego: Além de comer o seu você comeu o do João Lucas e pegou do meu também.

Andressa: Era para ser algo justo, mas a Luísa não quis dividir._fez drama.

Grego: Né por nada não, mas sua amiga também é morta de fome._falou rindo.

Luísa: Eu convivo com a Andressa, aprendi com ela._falei levando na brincadeira.

Pela primeira vez eu vi o Grego agir com maturidade. Até porque se ele agisse de forma diferente eu não iria procurar confusão, deixando ele discutir sozinho.

Andressa: Vamos lá no carro da Luísa pra eu pegar minha bolsa._falou para o JL.

E os dois foram me deixando sozinho com o Grego. Para disfarçar a minha tensão eu fiquei mexendo no celular.
Na minha opinião não tinha precisão nenhuma de ir os dois.

Luísa: Diogo!_falei assim que avistei ele vindo em minha direção.

Grego: quem?_me olhou sem entender.

Luísa: Diogo, o meu irmão!_passei a mão na cabeça tentando ter paciência.

Diogo: Maninha!

Luísa: Pelo amor de Deus Diogo, diz logo o que você quer._olhei séria pra ele.

Diogo: Você sabe o que eu quero. Você sabe que eu dinheiro direito a terça parte da empresa._sentou no lugar da Andressa.

Luísa: A partir do momento em que você fez questão de passar a empresa para o meu nome, ela deixa totalmente de ter parte sua nela._respirei fundo.

Diogo: Sim, eu sei. Mas para dar orgulho aos nossos pais, você vai passar uma parte pra mim._sorriu vitorioso.

Luísa: sua chantagem não funciona comigo. Peço por favor para que se retire da mesa.

Diogo: Entendi, quem é esse do seu lado? Seu namorado?

Grego: Ae parça nós não...

Diogo: Já entendi. É minha irmã, ninguém quer te assumir, deve ser por ser insuportável._falou sarcástico.

Grego: Ah pronto, quem disse que a gente não se assumiu? Tu precipitou demais amigão. Acho que a gente ainda não se conhece. Otávio!_estendeu a mão para o meu irmão que não fez boa cara e nem quis pegar na mão do Grego.

Diogo: Não acredito que é com isso que você gasta o dinheiro da empresa. Pagando pessoas para sair com você.

Grego: Não pô, fica tranquilo que se eu tô com ela, é porque eu gosto. O dinheiro da empresa pode ter certeza que está bem investido!_passou o braço em volta do meu pescoço.

Luísa: Certo, agora você pode se retirar daqui?_falei séria e ele negou com a cabeça.

Diogo: Está me expulsando de um lugar público irmãzinha?_sorriu.

Grego: Não, jamais. Estamos apenas te expulsando da nossa mesa que não é nada pública. São situações totalmente diferente. Imaginei que soubesse diferenciar._falou sério.

Diogo: Dá uma segurada que o meu papo é com ela.

Grego: Amor, você quer conversar com ele agora?_me olhou e eu neguei.

Grego: Então meu parceiro. Vai mesmo tentar obrigar ela a conversar com você? Parceiro, se eu fosse tu eu vazava daqui. Pensa bem, o tempo que cê tá perdendo aqui, era o tempo você poderia estar procurando um emprego.

Luísa: Eles estão precisando de garçom aqui Diogo, conversa com o gerente!_sorri falsa.

Ele não falou nada, mas saiu de imediato dali. Eu odeio ter que resolver problemas de família em público. Porquê querendo ou não o povo ao nosso redor percebe, e ficam prestando atenção no que está rolando.

Grego: Obrigada, de nada!_falou convencido.

Luísa: E obrigada por isso!_sorri sem graça.

Luísa: Agora você pode tirar o braço daqui._falei e escutei sua risada gostosa.

Grego: Deixa pô, tá maneirinho aqui._sorriu sacana.

Luísa: Se você me odeia tanto, porque me defendeu?

Grego: Negócio foi que ele te chamou de insuportável, e só eu posso te chamar assim. Falar pra tu, moleque é chato pra caralho. Como você suportava?

Luísa: Ele não era assim, ele mudou completamente. Não sabia que só você pode me chamar de insuportável.

Grego: Agora tá sabendo. Eu te odeio parceira, não aceito que ninguém tenha ódio por ti maior que o meu._tirou o braço em volta do meu pescoço me fazendo relaxar.

Luísa: que bom, porque eu também te odeio._sorri.

Grego: Eu te odeio mais! Mané, o tapão que cê lascou na minha cara aquele dia ficou marca parceira.

Luísa: Poderia ter sido evitado se você não falasse merda._dei de ombros.

Grego: Qual é o lance de não poder te chamar de princesa? Porra, esse negócio me deixou na curiosidade.

Luísa: Otávio é o seu verdadeiro nome?_olhei para ele que negou.

Grego: Não. Meu nome é parada confidencial. Teu irmão não precisava saber que eu sou um traficante, e Otávio foi o primeiro nome que veio na minha mente._passou a mão na cabeça.

Luísa: Então qual é o seu nome?_olhei curiosa.

Grego: É parada confidencial parceira, quem me garante que você não é dedo duro._me olhou.

Luísa: Certo, se você não me falar seu nome e também não falo porque eu não gosto que me chamem de princesa._sorri vendo ele revirar os olhos.

Grego: Tranquilo, não tô muito afim de saber mermo._deu de ombros.

Não me chame de princesa Where stories live. Discover now