capítulo 59

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Pov Veiga:

Já tava nervozão já, coloquei o Vitinho na escola, fiz meio período na boca e voltei para adiantar o almoço.

Durante esse tempo a dona ficou trancada dentro do quarto, não saiu pra nada. Essa porra me estressa de um tanto, porque eu não dei motivos pra ela tá agindo desse jeito. O negócio nem é eu, tem o Vitinho também, o moleque presencia toda essa tensão dentro de casa.

Veiga: Abre a porta aí, vamo conversar!_bati na porta do quarto que ela estava.

Essa era uma atitude que deveria ser da parte dela, mas a porra do orgulho não permite.

Eu sabia que ela não estava dormindo, até então a mesma ignorou a minha presença na porta. E isso só aumenta ainda mais a minha raiva, porque eu tô tentando resolver um bagulho na maturidade por um motivo que eu não faço ideia.

Voltei para a cozinha e terminei o almoço. Busquei o menor, pode ser paranóia minha, mas o carinha estava quieto demais, semblante triste e tals.

Tá aí o motivo do porque eu não gostar de brigar com a Diana na presença dele, nem só brigar, ficar do jeito que está. E o pior, ela ainda fica enchendo a cabeça do menino de ideia errada.

Ligação

Luísa: Oi, eai? Vocês já
se acertaram?

Veiga: Opa, ainda
não!

Luísa: Posso levar
o Vitinho comigo, e
deixar ele essa semana
comigo?

Veiga: Pode sim.
vai ajudar demais,
ele tá precisando
distrair um pouco
dá realidade que
tá sendo aqui.

Luísa: Não sei onde
fica a casa de vocês,
se não for pedir
demais, teria como
trazer ele aqui na
casa do Grego?

Veiga: ixi, tá
na casa do Grego?
Tendi a história!

Luísa: Pelo amor de
Deus, sossega. Vou embora
daqui a pouco, tá bom?

Veiga: Já é!

Ligação


Peguei e arrumei o Vitinho, fiz uma bolsa com diversas roupas dele e levei ele pra casa do padrinho dele.

Conheço a Luísa muito pouco, mas considero demais. A mina é boa, é firmeza e pá.

...

Cheguei em casa e ela estava na cozinha lanchando, chega até ser engraçado falar, mas faz um tempinho que eu não vejo a cara dessa mulher, quando eu vejo é rapidamente, não como agora.

Diana: Tá ocupado?_falou sem olhar na minha cara.

Veiga: Não, porque?

Diana: Podemos conversar?

Veiga: sim, podemos!

Sentei na cadeira de frente para ela, tava afim de resolver a parada, botar os pingo no i. Só quero esclarecer as coisas logo.

Veiga: Solta o verbo e diz pra mim o que está rolando. Do nada você vem com suas neuras, para de conversar comigo do nada, sem motivos. Porra, nosso pivete tá cismado com isso e tu ainda faz questão de encher a cabeça dele com ideia errada!

Diana: Confesso e assumo o meu erro, cara, você estava distante, de repente você decidiu fazer hora extra, passa pouco tempo em casa, você quer que eu pense o que?

Veiga: Não justifica, quando eu descobri essa oportunidade eu sentei contigo pra conversar e falei "Vou fazer isso porque eu quero que vocês tenham uma vida digna", a gente já tinha acertado tudo, com isso eu realmente afastei um pouco devido o trabalho em excesso, mas eu tava trabalhando, eu não tava comendo puta ou te traindo por aí não. Custava chegar em mim e falar
"Robson, eu não tô gostando disso, isso não vai dar certo e vai acabar nos afastando" coisa simples e tu fez um alvoroço!

Diana: Você estava focado demais no serviço, se você não tinha tempo para a família você ia ter tempo para conversar?_meu olhou com os olhos cheios de lágrimas.

Veiga: Eu errei mermo, não tava na minha intenção prejudicar minha família. Até porque quando eu tomei a decisão, foi por uma boa causa. Me desculpa!

Diana: acho que o meu surto não foi só pela hora extra, eu estou grávida, e isso me abalou em modo geral. E eu fiquei com medo de você não gostar da notícia, cara, você nunca me falou que queria outro filho, você sempre mudava de assunto.

Veiga: Só por isso? Porra cara! Você sabe que eu não ia recusar um filho, eu só acho que é responsabilidade demais, não foi planejado, mas não me dá o motivo de recusar a criança, fui eu que fiz. Vou amar todos na mesma intensidade, nada vai mudar.

Diana: me desculpa por ter precipitado demais, eu não esperava isso, e talvez seja os hormônios também.

Veiga: Para de onda vida, cê sabe que eu amo você. Eu prometo ter mais tempo para a família, vamo ter nossa menina e vamos ser a família mais feliz desse mundo pô._abracei ela.

Diana: Menina? Não acho que seja.

Veiga: É uma menina e ela vai se chamar Ágatha, se liga!

Diana: Eu quero que você cria expectativas achando que vai ser menina que eu meto a mão na sua cara!

Veiga: Tá legal, teu filho foi passar uma semana na casa da tia Luísa dele, quiser aumentar mais uma cria na sua barriga nós resolve isso agora!_lancei a indireta.

Diana: Sossega o seu fogo no rabo. Eu queria conversar sobre isso também.

Veiga: O que? Vai querer aumentar a cria? Quanto mais, melhor é!

Diana: Sobre a Luísa, sossega Robson, tá parecendo aqueles cachorro no cio.

Veiga: Quê que tem a morena?

Diana: Mesmo em tão pouco tempo eu já considero ela demais. Queria que ela fosse a madrinha do bebê!

Veiga: Concordo pô, vai ser maneiro ela ser a madrinha da Agatha.

Ele me olhou de rabo de olho, mas também não disse nada.

Não me chame de princesa Onde as histórias ganham vida. Descobre agora