capítulo 120

3.8K 163 18
                                    

Pov Grego:

Eu achei que se nós tivesse sentado bebendo, ia acabar com essa vontade besta que a Luísa tá de dançar. Me iludo demais com esses bagulho, a Luísa é pior que criança, não desiste fácil das coisas. O que é ruim e bom ao mesmo tempo.

Luísa: Essa é boa, dança essa comigo? Por favor!_me olhou com aquele olhar que me ganha facinho.

A música era até boazinha, já vi piores. Como eu sou pau mandado dela, eu fui dançar. Capaz que se eu negasse ia sobrar pra mim mais tarde.

O JL tava dançando com a Andressa, ou eu dançava com a Luísa ou ela ia caçar alguém pra dançar, do jeito que ela é pirracenta, eu não duvido nada.

Aí eu ia ser obrigado a acabar com a porra da festa por conta de pirraça dos outros, não ia dá certo.

Puxei ela pra dançar, a dificuldade inicial foi só pegar o ritmo dela, mas depois eu fui acertando. É mais fácil beijar na boca do que dançar isso, mas fazer o que.

A parada foi ficando melhor quando ela começou a cantarolar a música pertinho do meu ouvido tá ligado. Eu quase desconcentrei, por pouco.

Agora me diz, que postura eu vou ter?

Dono do morro é visto dançando forró agarradinho no forró da terceira idade. Quando eu falo que a gente se submete a cada coisa, eu tô falando é disso.

Tava cansado de dançar, mas a Luísa parece que não. Tá esse fogo pra dançar, eu espero seriamente que seja o mesmo mais tarde na minha cama.

JL: Gracinha, ele dançou!_falou assim que chegamos na mesa.

Dale cerveja, começamos a beber, eu tava alegre já, a Luísa mais ou menos, mas bem capaz que já tava sobre o efeito do álcool, tava conversando mais que o normal.

Ela é que nem bicho do mato, quando vê conversando desse tanto, pode ter certeza que bebeu.

Tava até legalzinho lá, cada um que passava me cumprimentava. Povo aqui sabe respeitar, todo mundo respeita todo mundo é desse jeito que as coisas flui.

...

Acordei com uma leve dor de cabeça, nada comparado com a dor de semana passada. Luísa toda descabelada dormindo do meu lado.

Essa madrugada foi foda, acho que juntou o fogo que nós dois tava com o efeito legal que o álcool deu. Puta que pariu as coisas só rendeu.

Olhei o relógio, onze horas da manhã. Fazia sentido, porque nós foi dormir seis da manhã. Problema é que ainda tá cedo, a outra tá dormindo tão bem que dá até dó de acordar.

Olhando assim nem parece que metade dos meus surtos e estresses são por conta dela.

No meu celular tinha uma ligação da dona Ângela, certeza que era chamando pra almoçar. A preguiça que eu tava de levantar, era a mesma que eu tava de fome.

Tomei banho pra tirar o suor do corpo, a outra já tinha levantado. Tava andando de um lado pro outro com um blusão meu, nem calcinha tinha colocado. E a bicha tem roupa aqui em casa.

A mina tem uma gaveta só com roupa dela aqui em casa. No banheiro tem uns bagulho de maquiagem, e um perfume que ela também deixa aqui.

Ela passou por mim, me deu um selinho e entrou pra dentro do banheiro. Pelo visto não é só eu aqui que estou com fome.

...

Viemos almoçar aqui na casa da dona Ângela, a família toda reunida. Eu e a Luísa, o JL e a Andressa e o Veiga e família.

Olhava pro lado a Luísa com uma neném no colo, olhava pro outro a Andressa com outra. Eu sei o nome das bichadinha mais eu não sei diferenciar as duas, são idênticas parceiro.

Veiga: Cês tava no forró da terceira idade lá né?_olhou pra nós.

Grego: Ala, já falei pra tu parar de ficar me vigiando, deve que tá é apaixonado por mim.

Diana: Relaxa, meu marido não vai me trocar por homem, eu acho. A gente viu vocês dançando no vídeo que eles postaram nos stories do Instagram!_falou olhando para o copo de cerveja do Veiga.

JL: Essa desgramada tá com vontade de beber cerveja né?_olhou para a Diana que concordou.

Ângela: Uma semana depois que eu ganhei o Grego, teve uma farra na casa de uma amiga minha, e eu bebi. O médico fala que não há problema em tomar vinho ou cerveja no resguardo.

Veiga: Por isso que o Grego é doido desse jeito, o álcool que a tia tomou saiu tudo no leite!_sorriu negando.

Grego: Tia Sônia na época sua deve ter usado crack, por isso que cê não bate bem da cabeça._falei e todos nós rimos.

Diana: Ela falou uma vez que internou o Robson no caps (Centros de Atenção Psicossocial).

Veiga: Foi mesmo pô, povo cismou que eu precisava de psicólogo e fez a cabeça da minha mãe, a mulher foi e internou eu lá._deu um gole no copo de cerveja.

Grego: Ah, foi daquela vez que tu fugiu?_falei rindo e ele concordou.

Veiga: A mulher de lá queria me dopar, e eu fugi, não tava precisando daquilo._deu de ombros.

JL: Tá vendo, se não fosse tão ignorante e tivesse ficado lá, talvez hoje tu era normal._falou negando com a cabeça.

Papo vai, papo vem. Mudamos o assunto de doido e fomos falar da vida alheia.

Foi um domingo bem produtivo, mais tarde nós resolveu fazer um churrasco, aproveitar as carne que minha mãe tinha comprado e foi isso. Domingão em família.

Semana que vem tem um povo nosso vindo pra cá, isso inclui também os tios e primos que eu não gosto. Haja Rivotril e maconha pra poder aturar esse povo.

Não me chame de princesa Where stories live. Discover now