capítulo 146

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Pov Grego:

Tava em reunião com o Coroa, o cara nem avisou que vinha. Nem gosto de resolver essas paradas aqui no morro. Esse cara tá com o mesmo b.o há quase seis, cinco anos, algum bagulho assim e só pra mim resolver essas fitas.

Tava tudo tranquilo, até a Luísa chegar. Já começa errado a partir daí, não tenho nada pra esconder dela. Mas eu tô pagando os vapor pra avisar  e dar autorização de quem e entra e quem sai dali.

Ela começou a falar, e depois parou do nada olhando pro Coroa. Aí ela veio com uma parada de pai, e o outro chamando ela de filha falando que podia explicar. Eu surtei quando ela desmaiou no chão, ali eu vi que a parada tava séria.

Trouxe ela pro postinho, não deu tempo eu conversar com o Coroa sobre essa fita. Não quis deixar ninguém acompanhar ela, eu mesmo quis ficar lá, observando tudo.

Botaram uma máscara de oxigênio na minha mina, segundo a enfermeira ela tava com a respiração fraca. Ali eu já preocupei dobrado.

Tive que sair do quarto, basicamente me expulsaram de lá pra fazer uns exames.

Grego: Mano, eu tô até agora sem saber. O pai dela não tinha morrido?_olhei para o Veiga.

Veiga: Eu vi ela comentando disso mermo, a parada nem é essa. E se ela tiver alucinada das coisas?

Grego: Deixa de ser idiota parceiro, tô há anos nessa correria aí com o Coroa, fiz serviço pra ele demais!_cruzei os braços.

JL: É cuzão, agora é ver o proceder desse bagulho. Alguma coisa tem, por trás dessa história toda._falou e eu concordei.

Cocei a nuca, se eu aqui tô perdidão, imagina a Luísa quando acordar. Hora que o negócio começa a melhorar, vem um tsunami de problema.

Tava sentado mexendo no celular, as meninas ainda não sabiam o que tinha acontecido. Os meninos foram avisar e eu fiquei lá sozinho aguardando me chamarem pra eu voltar pra lá.

Do nada um sujeito senta do meu lado, olhei pra vê quem era, era o Coroa. O cara que possivelmente é meu sogro.

Ernane: Como que ela está?_me olhou.

Grego: Pô, bem ela não tá não, isso é fato. Então senhor é mermo o pai dela?

Nessa hora o JL já havia voltado e tinha sentado do meu lado.

Ernane: É sim, história longa. Fiz um grande problema!_abaixou a cabeça.

Grego: Fez mermo viu, quero saber é como o senhor vai resolver isso._falei sério e o JL me chamou atenção.

Grego:, Cólfoi JL, fez problema mermo. O cara forjou a própria morte pelo o que eu tô vendo, pra aparecer do nada como se nada tivesse acontecido? Tá certo isso não pô!_ignorei.

Grego: Só me diz um bagulho, aquele primeiro serviço que eu fiz pro senhor, envolvia a parada lá do tio dela?_olhei e reto e ele concordou.

Ernane: Eu fiz aquilo porque era a minha filha cara, se fosse você, provavelmente faria o mesmo._falou baixo.

Grego: Até pior, é porque eu não conhecia tua filha na época, capaz que teu irmão ia ficar irreconhecível namoral.

Eu já estive na merda, mais igual o Coroa tá, namoral. Cara forjar a própria morte pra se safar de investigação é foda.

Só não faz sentido, a Luísa garante que viu o cara e a mãe dela no caixão. História complicada da porra, problema é que isso só vai afetar o psicológico da minha mulher.

Eu nem fiquei bolado por ela ter ido lá na boca não, ela sabe que eu não gosto que ela vá pra lá, mas tem os motivos também.

Enfermeira: A paciente Luísa Castro acaba de acordar, e está autorizada a ficar com apenas com um acompanhante durante a noite, e pode estar recebendo visitas normalmente, no mínimo quatro pessoas por vez!_falou e eu agradeci.

Olhei pro Coroa que tava do meu lado, o b.o não é meu. E na minha opinião ele tinha que resolver essa parada. Ofereci pra ele ir primeiro, só que o mano tá esperando a mulher dele chegar.

Incluiu até a mulher no bagulho, viver anos achando que os pais morreram num acidente, e do nada eles aparecerem é foda.

Já que o outro não quis entrar eu fui fazer companhia pra minha mulher. A mina ficou em choque, desmaiou real, ficou bem um tempo dormindo, da hora que chegou pra acordar só agora.

Grego: Vida?_abri a porta do quarto.

Luísa: Eu sonhei, não foi? Eu tive um pesadelo._me olhou com os olhos cheios de lágrima.

Meu coração cortou em pedaços ali, naquela hora. Não é coisa boa ver a Luísa chorando.

Grego:, Esquenta a cabeça com nada agora não pô, relaxa que eu tô aqui contigo._sentei do lado dela na maca.

Luísa: Filipe, o meu pai, era ele, eu tenho certeza!_me encarou.

Grego: Pô vida, papo retão, tá ligado que eu não curto mentir pra tu. Trabalhei mó cota pro seu pai, aquele caso do seu tio lá, ele pagou nós pra assassinar ele. Sabia nunca que ele era teu pai, mas ele sabia que a gente tava junto. Uma reunião que eu fiz com ele aí, ele viu meu plano de fundo, perguntou o que você era meu, e ficou estranho por um tempão._fiz um cafuné nela.

Luísa: Só não justifica o fato dele ter forjado a morte, não só dele, até a minha mãe está incluída nessa palhaçada._passou a mão no rosto.

Ali eu já sabia que ela tava estressada, pode reparar. Hora que a Luísa passa a mão no rosto , pode saber que tá tentando conter o estresse.

Sonho meu ser assim, eu nem penso em conter o estresse, eu surto logo de uma vez.

Não me chame de princesa Where stories live. Discover now