capítulo 136

3.1K 170 20
                                    

Pov Grego:

Tem a festa do meu afilhado hoje, já era pra ter chegado lá mais cedo, e eu só tô saindo aqui de casa agora, porque eu tive que sair pra fazer entrega de uma encomenda e acabou enrolando minha vida toda.

Cheguei já tinha um pá de gente, fiquei até perdido. Tinha mais adulto do que criança. Avistei o pessoal e fui pra mesa deles.

Já tinha dado o meu presente mais cedo, porque eu não gosto de esperar e foi basicamente isso.

Na mesa estava a Andressa, a Luísa, o JL, e as meninas com as gêmeas no colo.

Tava mermo precisando bater um papo com a Luísa, não agora, porque aqui não é o lugar. Mas em outra oportunidade. Eu tô ligado que entre eu e ela não vai rolar mais nada, não porque eu quero, mas sim porque ela já deixou bem claro antes de ir embora que não tem mais jeito.

Porque se esse bagulho dependesse só de mim, era óbvio que eu queria. Passar o resto da vida ao lado e essas viadagem aí.

Ela passou dois anos fora, dois anos, e nesses dois anos eu vi ela poucas vezes aqui. A gente se trombou e só se cumprimentou mermo, sem conversa e nem nada.

Mas vamos ser sinceros, ela não mudou nada. Ainda continua bonita, se pá tá mais bonita que antes. Sou louco por aquela mulher e não é de hoje.

JL: A Bruna não vai vim não?_me encarou.

Grego: Sei não, capaz que deve vim mais o macho dela._dei de ombros.

Nesses dois anos aconteceu muita coisa, entre elas quase fui preso. Nada que dinheiro não resolva no problema.

A Bruna fez a OAB passou de primeira, e hoje trabalha no centro de advocacia bem famoso aqui no Rio. E lá arrumou um namoradinho também, contra a minha vontade, mas eu não pude fazer nada, o meliante é até que prestável.

E eu tô aí, na mesma correria de sempre. Sozinho porque eu tô ligado que no amor nós não manja e é isso, vivendo dia após dia.

Andressa: Minha cabeça tá doendo!_reclamou.

Grego: Chifre!_falei e ela olhou para o JL.

JL: fiz nada não amor, capaz que você tá virando um unicórnio pô. Tem a possibilidade sabia?_falou e todos nós rimos.

Luísa: Não fica triste amiga, meu sonho sempre foi ter um unicórnio!

Grego: Pô, minha cabeça doeu agora._troquei a posição do meu boné.

Lancei a indireta, mas ninguém foi inteligente o suficiente pra entender, o foda é esse.

Queria pra caralho que ela soubesse que agora as coisas podem ser diferentes, só não sei como falar.

Eu sou muito direto nas coisas que eu quero, mas dessa vez não tô tendo coragem pra chegar nela e falar.

Começamos a conversar, de vez em quando eu e ela trocava algumas palavras, o assunto era sobre carro, ela entende e eu entendo, o assunto desenvolve. Mas eu posso até estar enganado, mas ela tava com vergonha, conheço ela, tô ligado que não ficaria tímida assim do nada.

Ela tava na minha mesa, não tinha ninguém de diferente lá, todo mundo ela conhecia. Não tinha o porquê de tá nessa.

A Bruna não veio, mas a dona Ângela veio pra marcar presença. Tanto que quando ela chegou, a Luísa já não dava mais assunto pra nós, porque minha mãe arrumava assunto da puta que pariu pra conversar com ela, e nós ficava de fora da conversa.

...

Finalzinho da festa, só tinha nós. Todos os convidados já tinham ido embora. A Luísa tava ajudando a arrumar as cadeiras, enquanto o restante tava limpando o salão interno que tava sujo pra caralho.

Tinha um pá de comida no chão, as crianças pega e não dá conta de segurar. E a mãe deixa lá, na minha época se caísse no chão tinha a regra dos cinco segundos, era só pegar, assoprar a sujeirinha e boas. Tô vivo até, e com saúde pra caralho.

Como a outra tinha ficado com a responsabilidade das cadeiras, eu fui ajudar ela porque não ia deixar ela fazer o bagulho sozinha. Na verdade, eu só queria ficar sozinho com ela.

Na minha opinião, se eu tivesse fumado um, eu já tinha criado coragem pra mandar o papo logo pra ela, mas pela primeira vez o Grego aqui se encontra com vergonha.

Grego: Eaí, vai fazer o que depois daqui?_olhei para ela.

Luísa: Embora, porque?_me olhou.

Grego: Tá cansada? Tava querendo bater um papo contigo tá ligado, particular._soltei o verbo e ela fez com que ia sorrir mas ficou séria como tava.

Luísa: Tá bom, pode ser. Assim que eu terminar aqui, a gente conversa._falou e eu concordei.

Ajudei ela na rapideza, em menos de cinco minutos eu já tinha guardado tudo. Eu não sabia o que ia começar a dizer, eu sabia o assunto principal, mas como eu ia começar eu não sabia.

Luísa: E então?_me encarou

Nós já tinha terminado e saiu lá pra fora, ela escorada no carro dela e eu no meu.

Grego: Vai querer conversar aqui na rua mermo? Onde o povo lá de dentro quando sair vai ver?_arqueei a sobrancelha e ela bufou sem paciência.

Luísa: Te espero no alto do morro, quem chegar por último pode se considerar um perdedor!_piscou rindo e eu concordei.

Ia fazer diferença se eu chegasse primeiro ou não? Num ia, há dois anos atrás eu fui considerado um completo perdedor por perder essa mulher.

Não me chame de princesa Where stories live. Discover now