77 - O amor deve ser sincero.

437 55 3
                                    

Claudia ainda tomava o café da manhã quando Michael chegou, para eles irem à escola bíblica, ficara surpresa quando ele ligara dizendo que iria busca-la, pois ela pensara que ele estaria muito cansado, três horas da manhã ele e os amigos ainda estavam limpando o salão da igreja, e mais surpresa ficou quando ouviu a campainha, arqueando a sobrancelha foi atender.

- Bom dia! - Cumprimentou ele beijando-a nos lábios.

- Bom dia! - Respondeu sorridente. - O que deu em você? - Perguntou corada diante do olhar dele.

- Nada! - Respondeu abraçando-a. - O que você me diz de irmos visitar meu pai e Lauren?

- Oi!

- Sim. Eu, você e a Katie.

- Pensei que Lauren viesse busca-la.

- Sim. Mas se nós formos ela não precisará vir.

- Você quer ver o seu pai antes do julgamento, não é? - Ele assentiu, o julgamento de Stivie seria no fim do mês, ela o abraçou.

- Eu vou amar vê-lo também. - Sussurrou no ouvido dele. - Vamos para Nova York, terei tempo de ir à biblioteca?

- Meu Deus! A Carla tem razão, se eu quiser a sua companhia em uma viagem não poderei te levar onde tem bibliotecas, principalmente se for bibliotecas famosas e importante. - Disse sorrindo, ela se afastou.

- A Carla disse isso? Que horror! Você é mais importante que qualquer biblioteca!

- Eu sei disso, principalmente se eu não ficar entre você e a biblioteca.

- Isso foi a Mariana quem disse, eu tenho que ter uma conversa muito séria com minhas irmãs, afinal o que elas querem? Te assustar? - Ele sorriu e ela também. - E a Jéssica disse o quê?

- Para eu nunca te interromper quando você estiver lendo um livro, mesmo que você já tenha lido esse livro vinte vezes!

- Ainda bem que a Lorena e o Lucas ainda não tem nada para dizer. - Disse abraçando-o.

- Na verdade... - Ela se afastou franzindo o cenho. - Ele disse: "Se ela for tão parecida com a Lorena como nos parece, seja paciente quando ela tiver com uma ressaca literária", e ela disse: "Se for assim, jamais fale mal dos romances água com açúcar, e seja compreensível quando ela quiser degolar algum personagem". - Ele concluiu gargalhando, apertando-a nos braços, ela riu.

- Estou perdida com esses meus irmãos.

- Perdido estou eu que, apesar de estar na área educacional, não sabia o que era uma ressaca literária, aliás eu nem sabia que isso existia. - Disse sério, pegando o rosto dela entre as mãos. - Isso é sério? - Ela assentiu. - Tá bom! Eu vou casar com uma mulher que não bebe, mas que eventualmente poderá vir a ter uma ressaca?

- Raramente isso acontece, mas sim é possível. - Ele a encarou de testa franzida. - Eles não te falaram o que é uma ressaca literária?

- Falar eles falaram, mas que é estranho você tem que convir comigo que é! - Ela sorriu.

- Na verdade, eu me apego muito aos livros que eu leio, já aconteceu de eu ler um livro que não é meu, seja emprestado ou de uma biblioteca, e eu comprar esse livro porque eu vou quer lê-lo novamente, com certeza! Mas nunca tive uma ressaca literária, antes de nossas vidas virar de ponta cabeça, eu passava horas comentando sobre os livros que eu lia com a Mel, o Guto, e as minhas irmãs, a Mariana e o Guto gostavam de ler, mas não eram obcecados como eu. - Lembrou com um aperto no peito. - E depois que eu soube que era adotada, e me afastei de todos eles...

- Não pense mais nisso. - Interrompeu abraçando-a. - Você já fez as pazes com as suas irmãs, e no dia em que você estiver preparada, procure seus amigos. - Carinhou seus cabelos delicadamente
- Por enquanto se você não se importar eu gostaria muito de ir à biblioteca pública de Nova York com você. - Disse beijando sua cabeça.

Deus também estava lá.Where stories live. Discover now