61- Creia e será salvo tu e a tua casa.

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Claudia estava se preparando para sair da escola no final do expediente quando o doutor João entrou em sua sala visivelmente nervoso.

- Boa tarde, desculpe-me por vir te procurar na hora de você sair, mas eu estava nervoso demais pela manhã, e só agora tive tempo. - Disse nervoso passando as mãos pelos cabelos.

- Está tudo bem, não se preocupe. Sente-se, aceita uma água ou um café?

- Não! Obrigado. Eu só vim te falar que eu estarei na escola quando você estiver falando com a Cris, não se preocupe não é que eu não confie em você nada disso, é apenas para evitar aquela situação como a de hoje.

- Tudo bem. Como a Cristina está? Ela estava um pouco tensa. - Disse constrangida.

- Ela está bem. Conversei com a Vick e vou levar ela ao consultório pelo menos uma vez na semana. - Claudia ficou confusa, se a psicóloga era a mesma da escola, qual a necessidade de pagar por uma sessão! Ele sorriu tímido. - Ela já estará vindo duas vezes na semana à sua sala, se ela começar a ir na sala da psicóloga também, ela deixará de ser a que estava fazendo bullying, e passará a ser a que sofrerá bullying.

- "Talvez ele esteja certo". - Pensou confusa. - Acho que fará bem a ela.

- Você não se importa de eu vir? A Carol disse que você não aceitaria.

- Claro que não! O senhor será bem-vindo, eu não quero a sua esposa aqui, se o senhor conseguir mante-la longe da minha sala eu agradeço profundamente.

- Ouça, se for pelo Mike...

- Não tem nada haver com o professor Michael, a sua esposa é arrogante e desrespeitosa, e atrapalha o desenvolvimento da sua filha, esse é o motivo de eu não querer ela aqui.

- Eu sei que você tem razão, e lamento por isso. Então ficamos assim, a semana que vem eu estarei aqui. Obrigado Claudia, e mais uma vez desculpe-me, pelo meu comportamento no dia em que nos conhecemos.

- Já passou doutor, esquece aquilo, eu já esqueci. - Respondeu sorrindo.

Ele a acompanhou até o carro, e mais uma vez se desculpou por tê-la atrasado, ela sorriu sem graça, depois das dezoito horas o trânsito até sua casa era terrível, mas ela sabia que não era a primeira e nem seria a última vez que atrasaria por causa de um pai ou mãe, ela o tranquilizou e entrou em seu carro acenando para ele.

Ao chegar em casa teve uma surpresa maravilhosa, Marcelo e Hércules, correu para os braços do primo, que a apertou em um abraço carinhoso, sentira saudades!

- Oi, minha querida! Estou tão feliz!

- Eu também! - Separou-se do primo e abraçou o cunhado. - Claro que a minha felicidade nem se compara com a de outras moças que eu conheço. - Disse sorrindo.

- Tem gente que anda tão engraçadinha! - Resmungou Carla.

- Vocês não chegariam só amanhã? Aconteceu alguma coisa? - Perguntou Claudia sentando entre os dois casais.

- Não aconteceu nada, exceto é claro o namorado da sua irmã, que decidiu que encontrará um grupo de amigos nessa madrugada para ir ao Jalapão, então Mariana trocou nossas passagens. - Disse Hércules.

- Acho que ela enlouqueceria se não conseguisse trocar aquelas passagens. - Sussurrou Marcelo intrigado, o sistema de alarme de Claudia disparou.

- Como assim? Que culpa ela teria se não conseguisse troca-las? - Perguntou alarmada, os dois homens trocaram um olhar que a deixou ainda mais aflita.

- Não é nada de mais, apenas achamos ele folgado demais, é só isso. - Respondeu Hércules, fosse o problema qual fosse ela teria que descobrir sozinha, aqueles dois não iriam dizer nada.

Deus também estava lá.Where stories live. Discover now