32 - A alegria vem pela manhã.

437 66 19
                                    

Claudia mexeu-se dolorida no sofá, e coração se aqueceu ao perceber que Luciana havia jogado um cobertor sobre ela. Pegou a bolsa a procura do celular, estava descarregado, cansada foi até a cozinha, havia um bilhete de Luciana.

Se o dia ainda não amanheceu, beba um pouco de chá, deixei na garrafa térmica talvez ainda esteja quente.
Com carinho.

Eram esses pequenos detalhes que faziam com que a cada dia, ela a amasse mais. Três e doze da manhã, suspirou e sentou com um xícara e a garrafa térmica. Depois de duas xícaras de chá, resolveu ir para o quarto, pôs o celular pra carregar, e foi tomar banho, depois do banho ligou o celular, mandou uma mensagem para o pai.

Oi pai! Espero que o senhor esteja bem; o senhor não parecia estar bem quando o vi. Me desculpe pelo avançado da hora, mas não se preocupe está tudo bem, é que eu esqueci de te falar que vi o Stivie e a Lauren ontem na escola em que eu trabalho. O senhor sabia que o meu colega Michael é filho do Stivie? Pai o senhor pode pedir ao Stivie para não dizer ao Michael sobre o que me levou a passar um tempo na clínica em Nova York, por favor! - Enviou a mensagem.

Ficou algum tempo deitada olhando o escuro, gostaria de entender o Michael, ele fora tão gentil com ela no primeiro dia de trabalho, e depois foi só ladeira a baixo. Fechou os olhos, e pensando nele voltou a dormir.

Acordou assustada, sonhava que alguém a perseguia.

- "Cinco e dez da manhã ninguém merece"! - Pensou frustrada. Foi ao banheiro e jogou água no rosto, estava com um aspecto horrível! Estava cansada e com olheiras, suspirando voltou ao quarto, verificou o celular, mensagem do pai.

Querida estive com o Stivie ontem; não se preocupe seu segredo está guardado por enquanto, precisamos conversar, e depois disso, você mesma vai querer falar com o Michael. Só não esqueça meu amor, que tudo que fazemos é pensando no seu bem estar.

Havia cinco minutos que o pai havia mandado a mensagem, pelo visto ela não fora a única a madrugar. Pegou a bíblia que estava no criado mudo e foi para a cozinha, faria o café naquela manhã para Luciana; não queria ficar pensando nos enigmas do pai. Mas para sua surpresa, Luciana já estava de pé, e conversava com alguém,  franziu a testa, e parou de repente ao ouvir a voz da irmã; saindo do torpor acelerou os passos.

- Carla, o que você está fazendo aqui a essa hora da manhã? - Perguntou preocupada.

- Bom dia pra você também Claudia. - Disse a irmã de bom humor, Claudia fungou.

- Bom dia Luciana. E obrigada por me cobrir no sofá, mas por que não me chamou? - Perguntou sentando de frente para a irmã.

- Sua irmã achou melhor não te chamar. - Respondeu Luciana tímida.

- Como assim? Você esteve aqui ontem a noite? - Perguntou confusa.

- Eu estou aqui desde ontem a noite. - Disse constrangida. - Eu te liguei, e seu telefone estava desligado ou fora de área, eu fiquei preocupada. Liguei para o Zigger fiz ele olhar onde você estava, ele me disse que você em segurança aparentemente dormindo em um sofá, ele me mandou uma foto, mas eu não conhecia sua casa, 'e eu não poderia perguntar para a mãe', pra mim você poderia estar drogada em qualquer sofá, então eu quis vir até a sua casa.

Luciana olhava de olhos arregalados para Claudia, obviamente pescando que a amiga estava em perigo, mas ela não iria perguntar nada na frente de Carla. Claudia engoliu seco, mais uma para quem ela teria que dar explicações.

- E o seu marido, simplesmente deixou você vir pra cá? - Perguntou irônica.

- Claro que não, eu vim junto! Carla liga para seus pais, quando eles perceberem que não dormimos lá, eles ficarão preocupados. - Disse Hércules sentando ao lado da esposa.

Deus também estava lá.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora