Com um sorriso bobo de orelha a orelha, Claudia estava atenta ao carro à sua frente que saia da guarita, sentia-se estranha e febril, a sensação em seu corpo, era de ainda estar abraçada nele; distraída não vira a moto que de repente estava obstruindo a sua passagem, freou de uma vez com o coração quase saindo pela boca, nervosa colocou a cabeça no volante tentando controlar a respiração.
- "De onde essa pessoa apareceu"! - Pensou com medo. - "Não tenha medo você está na escola, o que pode te acontecer aqui"?
Assustou-se com alguém batendo no vidro do carro, era o homem que falara com ela e Michael, ele falava alguma coisa, e por algum motivo aquele homem a deixava ainda mais temerosa. A moto estava jogada na sua frente, ela não observara quem estava pilotando, seria aquele senhor? Constrangida com o seu súbito pavor ela abaixou o vidro, até então não vira que tremia tanto.
- Desculpe-me, meu celular descarregou a senhora pode me emprestar o seu para eu fazer uma ligação? - Perguntou gentil, Claudia franziu o cenho.
- Quem estava na moto? - Perguntou entregando-lhe o celular, sentiu quando ele segurou a mão dela, ela puxou a mão de volta, e sentiu uma picada, e não viu mais nada.
Acordou no escuro estava deitada em um colchão novo, ainda estava com o plástico, inconsciente foi com a mão para a pulseira, mas parou o movimento precisava ter certeza que estava com Giuseppe, sentiu um leve enjoo e uma tontura.
- "Arf! O que será que me injetaram? Pelo menos não me acertaram a cabeça"! - Pensou com um humor negro.
Conforme sua visão acostumava-se a escuridão, ela percebeu que não estava tão escuro, havia luz em algum outro lugar, ouviu uma fungada concentrou-se, tentando ouvir novamente.
- A senhora demorou acordar, pensei que ele havia te matado. - Disse uma voz infantil chorando. Sentando no colchão ela procurou pelo lugar, atrás dela para seu desespero estava o Guilherme encolhido em um canto.
- Gui! - Disse abrindo os braços, o garoto se jogou nos braços dela chorando. Abraçando-o, ela ligou o alarme da pulseira. Fechou os olhos, embalando a criança em seus braços.
- "Não chore. Não chore. O Gui não precisa de um adulto frágil, além disso, o Zigger vai nos encontrar, e vai ficar tudo bem. Deus é o Senhor da minha vida, Ele já me tirou de outra situação bem complicada, e vai nos tirar dessa. Eu confio em Ti Senhor, e nada temerei, tudo o que estava ao meu alcance para me ajudar nessa situação o Senhor me deu sabedoria para eu fazer, agora é com o Senhor, e com as pessoas que o Senhor colocou em meu caminho. Obrigada, por não deixar o Gui sozinho nessa situação". - Pediu fervorosamente.
- Ora! Ora! Ora! A bela adormecida acordou! - Ela engoliu seco ao ouvir aquela voz.
Abriu os olhos, o quarto estava iluminado Giuseppe ainda com a mão no interruptor sorria sarcástico. O menino tremeu em seus braços, e ela o apertou mais.
- Venha até aqui Guilherme. - Disse autoritário, o menino começou a levantar, ela o puxou de volta e ficou de pé na frente dele.
- Ele não vai a lugar nenhum, ele ficará aqui comigo. - Disse firme para sua surpresa.
- Acha mesmo que consegue protegê-lo? Você é mais tola do que eu pensei. - Disse gargalhando. - Anda moleque que eu estou mandando. - Disse bravo.
O menino levantou, e foi em direção a ele, Claudia puxou-o ficando novamente na frente dele.
- Eu já disse que ele não vai a lugar nenhum com o senhor, enquanto eu estiver aqui, ele fica comigo.
- Não seja por isso. - Gritou tirando uma arma e apontando para ela.
ESTÁ A LER
Deus também estava lá.
RomanceClaudia é uma jovem traumatizada, protegida pelos pais, e descrente. Ela decide morar sozinha e trabalhar, e quer ser livre e independente. Mas a mãe dela contrata Luciana para trabalhar na casa dela e o primo Marcelo vai passar uns dias com ela, e...