Claudia recebeu alta na terça-feira, mas só voltaria ao trabalho na semana seguinte. Depois de muito discutir com a mãe finalmente conseguiu convencê-la de que o melhor seria ir para sua própria casa, e de que só queria descansar para se recuperar o mais rápido possível.
Michael a visitara na segunda-feira rapidinho no horário do almoço e no final do dia com a filha, enquanto ela ouvia as novidades de Katie, eles se olhavam discretamente e sorriam.
Victória e Artur, ligaram dizendo que iriam visita-la em casa, e graças a Deus ela já estava em casa, claro que precisava de cuidados o ferimento estava bem, mas ainda não estava curado.
Contrariando a Luciana e Carla, ela estava na cozinha admirando a irmã enquanto esta ajudava Luciana, jamais imaginara sua irmã ali na sua cozinha tão à vontade, brincando e rindo.
- Ainda acho que você deveria estar deitada. - Resmungou Carla picando cebola.
- Eu passei quatro dias deitada, eu acho que vou dormir sentada, só para não ter que deitar, e além disso você acha mesmo que eu iria perder a chance de vê você trabalhando? Minha filha isso é imperdível! - Disse sorrindo e tirando fotos da irmã.
- Veja bem o que você vai fazer com essas fotos, não esqueça que eu tenho algumas fotos bem delicadas suas. - Ameaçou-a.
- Chantageando a sua irmã convalescente! Isso é desumano! - Exclamou dramática pousando a mão sobre o ferimento.
- Lu, você está notando algo estranho nessa pessoa? Eu acho que trocaram minha irmã por um clone na saída do hospital. - Disse com ar divertido, apontando a faca na direção da irmã.
- Veja o lado bom, ela é bem-humorada, então estamos no lucro. - Respondeu Luciana no mesmo tom.
Claudia tentou cruzar os braços, mas o curativo a impediu o que tirou um pouco da dramaticidade da cena, as duas cruzaram os braços encarando-a de sobrancelhas arqueadas. Ela aproveitou para tirar mais fotos.
- Vocês duas estão tão engraçadinhas! - Disse sentando.
- Acho melhor não abusarmos, já imaginou se resolvem nos devolver a original mal-humorada! - Brincou Carla voltando para a cebola.
- Não aceitaremos desfazer a troca. - Disse Luciana, o interfone tocou e Claudia foi atendê-lo fazendo careta para as duas que gargalharam.
- Oi seu Antônio! - Atendeu ainda sorrindo.
- Senhor Zigger, quer vê-la. - Respondeu o senhor simpático.
- Mande-o subir, por favor! - Carla a olhava preocupada. - Zigger está aí. - Disse saindo da cozinha.
Zigger a abraçou assim que ela abriu a porta. Constrangida ela bateu de leve nas costas dele. Estava surpresa com a visita dele, até onde sabia ele havia ido embora por isso ela não o vira nenhuma vez desde que acordara.
- Aconteceu alguma coisa? Carla me disse que você havia ido embora. - Comentou fechando a porta.
- Eu precisava resolver umas coisas. E voltei hoje para te ver, fiquei feliz em saber que você estava de alta. Você está bem? - Perguntou atencioso.
- Estou sim. Graças a Deus, foi só um susto. - Respondeu sorrindo.
- Olá Zigger! - Cumprimentou Carla. - Não vou te dar um abraço porque estou só a cebola.
- Deixa de frescura! - Exclamou puxando-a para um abraço.
Desvencilhou-se do abraço e ficou encarando-a deixando-a constrangida, ele gargalhou, fazendo-a ficar ainda mais corada, Claudia franziu a testa não era natural a irmã ficar corada, mas também não era natural ela rir tão facilmente como ela vinha fazendo nos últimos tempos, ela sorriu feliz, gostava desse novo temperamento da irmã.
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Deus também estava lá.
RomanceClaudia é uma jovem traumatizada, protegida pelos pais, e descrente. Ela decide morar sozinha e trabalhar, e quer ser livre e independente. Mas a mãe dela contrata Luciana para trabalhar na casa dela e o primo Marcelo vai passar uns dias com ela, e...