Michael chegou mais cedo na escola. Lauren deixaria Katie na escola; e ele foi direto para a sala de Raquel, ela era sempre a primeira a chegar, queria falar com ela sozinho, e antes de ir ver a filha; encontrou-a, separando alguns papéis.
- Bom dia Raquel! - Cumprimentou, assustando-a, fazendo vários papéis voar pelos ares.
- Bom dia! - Resmungou mal-humorada. - Você me assustou. - Tornou a resmungar juntando os papéis que estavam pelo chão, ele foi ajudá-la.
- Consciência pesada faz a gente se assustar com qualquer coisa! - Disse intimidador.
- Não sei do que você está falando! - Disse tremendo.
- Tem certeza? - Perguntou franzindo o cenho. - Porque me parece que você sabe exatamente do que eu estou falando. - Os dois se encararam.
Ela levantou e ele a acompanhou, entregando-lhe os papéis que pegara. E ela fechou os olhos tentando acalmar o próprio tremor.
- Tá bom! Eu sei do que você está falando. - Disse abrindo os olhos. - Você tem ideia, do que é ver aquele idiota correndo atrás daquela sonsa que não está nem aí pra ele? - Esbravejou furiosa, Michael sentou na mesa.
- Ela não é nenhuma sonsa. E não tem como você saber se ela está ou não interessada nele! - Disse suavemente.
- Eu sei sim. Assim como eu sei que você está apaixonado por ela. - Desafiou olhando-o nos olhos.
- Você ouviu uma conversa minha e passou pra frente, isso é fofoca e já conversamos sobre as consequências disso. - Alertou ele.
- Eu não fiz fofoca! Eu só alertei seu melhor amigo, que aliás se você fosse o melhor amigo dele também, você não o estaria enganando!
- Eu não estou enganando o meu irmão! Você se meteu em uma situação que só dizia respeito a mim.
- Não é verdade, diz respeito a ele também. Você sabe o quanto ele te ama, e se fosse o contrário, você não iria querer saber? - Perguntou irada.
- Sim, eu iria querer saber! Mas eu preferiria que ele me dissesse quando estivesse pronto pra isso. E se ele julgasse necessário. - Disse suavemente.
- Ah, me poupe Mike, até parece! Você só está se justificando! - Disse sarcástica.
- Raquel eu compreendo a sua ira contra mim, mas você acha mesmo que colocá-lo contra o melhor amigo, é uma boa estratégia de conquista? - Perguntou seco. Ela ficou ruborizada e furiosa.
- Você não sabe de nada! Se eu quisesse alguma coisa com o idiota do seu amigo, eu teria ido pra cama com ele quando eu o conheci. - Disse entredentes.
- Ah! Eu sei sim! E o único motivo de você não ter ido pra cama com ele, foi justamente porque você não queria ser apenas mais uma na cama dele. - Ele pulou da mesa, e saiu deixando-a boquiaberta.
Ele sabia que foi cruel, mas não era a primeira vez que ela deixava ele em uma situação constrangedora, e estava na hora de ela saber que ela também tinha um calcanhar de aquiles.
Ele foi até a cantina da escola, e voltou com duas xícaras de café, ele sabia também o quanto ela gostava de café, fazer o quê? Ele era um bom observador, e como tal ele sabia, que iria encontra-la na mesma posição em que havia deixado, e sorriu ao encontra-la no mesmo lugar de boca aberta.
Colocou as xícaras na mesa, puxou uma cadeira e pegou-a pela mão para que ela se sentasse, entregou a xícara de café a ela, e sentou em outra cadeira na frente dela.
- Eu sei o que você sente pelo Artur, e nem por isso eu falei pra ele. Porque os segredos alheios, são privados; e não entendo porque você insiste em querer me ver mal, qual é o seu problema comigo? - Perguntou gentilmente bebendo seu café.
YOU ARE READING
Deus também estava lá.
RomanceClaudia é uma jovem traumatizada, protegida pelos pais, e descrente. Ela decide morar sozinha e trabalhar, e quer ser livre e independente. Mas a mãe dela contrata Luciana para trabalhar na casa dela e o primo Marcelo vai passar uns dias com ela, e...