Amar ou odiar ? | Edição únic...

By Kimbeatriz_

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+18| Maria Eduarda é uma garota que teve toda sua vida virada de cabeça para baixo. Aos 15 anos anos ela teve... More

P E R S O N A G E N S
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 49
Capítulo 50
Agradecimentos!

Capítulo 48

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By Kimbeatriz_

- Você vai esquecer a roupa delas Brayan. - Reclamo pela vigésima vez enquanto o loiro insistia em arrumar a bolsa da maternidade.

Felizmente eu já havia chegado ao mês que iria ganhar e infelizmente eu estava nervosa por não saber exatamente a que momento iria ser. Olho mais uma vez para o loiro em cima da cama e solto uma risada. Fazia um mês que havíamos nos mudado para nosso apartamento em uma zona nobre da cidade. Estava tudo maravilhoso e perfeito como eu imaginei. Minha barriga estava enorme e deixava claro para qualquer pessoa que havia mais de um bebê dentro dela.

Reviro os olhos e caminho até o garoto lentamente. Me sento ao seu lado e lhe encaro por cerca de alguns segundos.

- Deixa que eu cuido disso. - Resmungo. - Há que horas você vai buscar a Lola? - Pergunto.

Eu já havia sido apresentada a sua irmã e por sorte ela me amava muito. O Brayan trazia ela para cá todos os finais de semana. Dormíamos com ela e fazíamos a noite do pijama. Ela era uma fofura e sempre deixava claro o amor que tinha pelo irmão.

- Eu vou buscar mais tarde, morena. - Ele responde com sua voz rouca que sempre me deixava arrepiada. - Você sabe que eu não gosto de te deixar sozinha em casa.

Reviro os olhos ao ouvir sua resposta e lhe encaro mais uma vez com o braços cruzados.

- Brayan, eu estou grávida, não doente. - Reclamo. Ele sorri e logo me abraça de lado.

- Eu sei, mas ainda assim não gosto. - Ele suspira. - Vai que você começa a parir e não tem ninguém em casa. Dou um beliscão em seu braço e ele me encara seriamente. - Porra Eduarda.

- Parir o teu cu, não sou um animal. - Reclamo novamente.

Termino de arrumar a bolsa e guardo ela dentro do meu clost. Sim, eu tinha um peça enorme apenas para minhas roupas e sapatos. Vou em direção ao Brayan me arrastando e me jogo ao seu lado novamente.

- Bem que você poderia me trazer algo para comer, não acha? - Pergunto enquanto lhe encaro com uma das sobrancelhas arqueadas.

Ele sorri, beija minha testa e desce em direção a cozinha. Provavelmente ele iria me trazer algo gorduroso ou algum pedaço de chocolate, já que eram as únicas besteiras que eu comia ultimamente. Fico atirada na cama esperando o loiro voltar e logo sinto uma vontade enorme de fazer xixi. Geralmente era uma das coisas que eu mais fazia, ou seja, mijar. Levanto e começo a caminhar em direção ao banheiro, mas logo sinto o líquido escorrendo entre as minhas pernas. Não é possível que eu tenha me mijado, ou é?

- BRAYAN! - Grito. - BRAYAN!

Espero por alguns segundos e logo o loiro surge na porta todo apressado. Ele me analisa de cima a baixa e se afoba ao perceber que a bolsa havia estourado.

- Caralho, o que eu faço? - Ele pergunta enquanto começa a andar apressadamente de um lado para o outro.

Dou um puxão em seu braço logo quando sinto a primeira contração vir contra minha barriga. Eu aperto seu braço com força ja não sabendo por quanto tempo eu iria aguentar.

- Pega a bolsa e me leva para o hospital. - Ele me olha confuso e em seguida pega a bolsa e com muita dificuldade me leva até o carro.

O loiro rapidamente entra no mesmo e acelera em direção ao hospital. A dor que eu sentia era tão forte que eu acabei rasgando o banco do carro de tanto apertar ele com as unhas. Em poucos minutos chegamos e o mesmo já entra no hospital anunciando a todos que eu iria parir, dito as palavras dele.

- ELA PRECISA IR PARA A SALA DE PARTO. - Uma mulher anuncia enquanto me ajuda a sentar em uma cadeira de rodas.

Ela me leva até a sala e a todo momento o loiro não saia do meu lado. Ele mal conseguia ficar calmo ou parar em pé. A mulher avisa que já estava na hora e me coloca na cama do hospital. Em poucos segundos o Brayan entra na sala com luvas e máscaras e a equipe de médicos também.

- Você sabe me dizer o nível de dor? - A mulher pergunta enquanto estava providenciando os materiais. Balanço a cabeça rapidamente, mas não conseguindo dizer nada além de gemer de dor. - Então, nós vamos contar até três e você faz o máximo de força possível, entendeu?

Balanço a cabeça positivamente e a mulher posiciona minhas pernas abertas e segura elas. Mal havia começado e eu já sentia todo meu corpo suar. Olho mais uma vez para o loiro e ele coloca minha mão sobre a sua.

- 1, 2, 3.. - A mulher terminar de falar e eu faço o máximo de força possível. - Mais um pouco minha querida, mais um pouco. - Ela exclama.

Aperto fortemente a mão do loiro que não tirava os olhos de mim por um segundo. Forço o máximo possível e logo já sinto as lágrimas de dor descerem sobre meu rosto. Seguro forte na barra da cama e faço força mais uma vez. Mordo meu lábio inferior a todo custo tentando conter meu gemido, mas acaba sendo em vão. Em poucos minutos a sala já estava infestada com os meus gritos e em seguida com alguns choro.

Ao ouvir o choro da Hayla e da Sofia eu sinto todo meu corpo paralisar. Era como se toda aquela cena passasse em câmera lenta. Em poucos segundos sinto todo meu corpo vibrar e explodir de tanta dor e suor. Eu respirava ofegante a todo momento e ainda não acreditava que este momento havia acabado de acontecer na minha vida. Sinto meus olhos pesarem e lentamente minha cabeça vai caindo para o lado. A último coisa que escuto é o Brayan gritar antes de apagar por completo.

Brayan

- VOCÊS PRECISAM FAZER ALGO. - Grito ao ver o corpo da Eduarda apagando e seus batimentos cardíacos diminuindo.

- Por favor, se afastem. - A mulher grita e logo começa a usar o aparelho de choque nela.

Nesse momento a única coisa que se passava na minha cabeça era que eu não iria aguentar perder ela. Ela era o ponto de luz na minha vida e sempre iria ser. Eu não iria suportar mais uma vez sentir que ela estava indo para longe de mim. Eu não iria aceitar viver essa vida se não fosse com as minhas três mulheres nela.

Uma outra mulher já havia levado elas para o banho e eu não parava de andar de um lado ao outro sem saber se seu corpo iria reagir. Os médicos já haviam avisado que levar a gravidez em diante seria algo de risco para ela, por conta da sequela que o tiro deixou em seu coração, mas ainda assim ela se negou a abortar e decidiu tê-las. E agora mais do que nunca eu preciso ter ela ao meu lado.

- ELA REAGIU.. CONSEGUIMOS. - Escuto a médica gritar ao meu lado e junto disto o barulho no aparelho volta a mostrar seus batimentos. - Você foi forte minha flor..

Olhei mais uma vez para o seu corpo e não consegui conter minhas lágrimas. Mais uma vez eu não perdi a mulher da minha. Mais uma vez eu terei a chance de ter a minha vida junto a dela. Seguro em sua mão enquanto seu corpo estava adormecido e juro para mim mesmo que jamais iria deixá-la ou magoá-la.

- Eu amo você, eu amo você desde o dia que você entrou na minha vida. - Sussurro em meio ao choro. - Eu amo o seu jeito e amo o jeito que você me faz ser. - Completo.

Em seguida a mulher me avisa que eu precisava sair da sala e eu vou em direção a sala de espera, onde todos os outros deviam estar. Antes de iniciar o parto eu avisei a Anna e pedi para que ela avisasse aos demais.

- Ela ganhou? - Escuto a pergunta da Stella e não consigo conter o choro mais uma vez.

- Elas são tão pequenas.. E são mais lindas ainda por serem iguais a Eduarda. - Respondo em meio ao riso e o choro.

- Você pegou elas no colo? Ai meu deus, eu preciso ver minhas sobrinhas. - Escuto minha irmã falar e passo a mão no rosto em seguida.

- Nem a Eduarda conseguiu pegar elas no colo..

- Como assim? Por que não? - Nanda pergunta.

- Não foi possível. - Suspiro. - Ela começou a ter um ataque cardíaco assim que terminou o parto.

- Não.. não é possível. - Escuto minha irmã falar e a encaro mais uma vez. - Ela está viva, não está?

Eu sabia que ela sentia medo ao perguntar isto e não receber a resposta que queria, mas mais uma vez a minha garota foi forte o suficiente para seguir ao nosso lado. Eu não sabia o que seria de mim sem ela.

- Mais tarde ela vai conhecer a Hayla e a Sofia. - Respondo em meio ao sorriso. Minha irmã rapidamente vem até mim e me abraça.

Eu não conseguia explicar o quanto eu estava assustado por quase ter perdido ela novamente, mas o pior de tudo era a angustia que eu tinha para ouvir sua voz novamente e mostrar a ela o quanto nossas filhas eram maravilhosas tanto quanto ela.

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