Choices of the heart 3 - A pr...

By DrewDeh

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Depois do desaparecimento de Kylie, Justin e seus amigos começam a procura pela garota. Seu sumiço havia caus... More

O país
Precisamos acha-la
Mais confusão
Precisa salva-lo
Temos informações
Alter Ego
Kylie está morta!
O resgate
Eu preciso das minhas memórias!
O truque
Você voltou!
O que fazer?
Oi, gente!
Adeus, Kylie!
Impacto
Estou de volta
Ajuda
Festa de noivado
Vingança
Caos
Reforço
Controlando o fogo
Batalha
Um casamento
Você venceu!
Toda a verdade
Um mês depois
Os palacios
Guerra familiar
O anuncio
Fuga
Novo começo
Proclamação
Guerra declarada
Obrigada, pai.
Eu tive um ataque cardíaco
Pequenos monstros
Viagem
Explosão
Gravidez
O melhor plano
Lei da população
Precisamos mudar
Não vamos cair
Cachorros
Eleição
Preciso de apoio
Coroação
Pé machucado
Noivado
Você tem que contar
Seu filho
Compatível
União dos países
Futuro rei
Revelação
Mina
Traze-la de volta
Pintar o quarto
Addison
Mais um dia
Reunião com o povo
Decoração de natal
Natal
Eu ajudo
Ano Novo
Ela não está só
Revolta
É a hora
Emilia Marin
Os nomes
Festa do bebê
Madrinhas
Leis da magia
Estresse
Parto
Trigêmeos
Precisamos de tempo
Nossa casa
Meu luto
Mesversario

Minha vida

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By DrewDeh

O alarme soou por todo o prédio, eu já estava acordada por isso o ignorei completamente. Voltei minha concentração ao diário roxo em minhas mãos, escrevendo meus sentimentos naquele papel amarelado.

Bateram em minha porta e eu bufei colocando o caderno de lado, para ir atender. Um soldado devidamente fardado estava parado ali, arqueei a sobrancelha a espera do motivo de me incomodar tão cedo.

—Precisamos de você, um soldado acaba de chegar em estado crítico. — Assenti entrando em meu quarto e calçando minhas sandálias. Segui o soldado pelo quartel até a enfermaria do lugar, não que fosse um local desconhecido, eu o fazia todos os dias.

Outros dois soldados que estavam na porta, as abriram me deixando entrar, olhei em volta a procura do soldado em estado crítico, já que possuíam vários soldados machucados. Andei até a sala isolada imaginando que ele estava ali, sorri de lado ao ver que estava certa.

—Qual o caso? — questionei prendendo meu cabelo, tinha várias pessoas rodeando o cara, o monitor mostrava a linha reta que se movia com os choques no coração do cara.

—Está morto a 10 minutos. — Camila falou disparando outro choque, suspirei e peguei um par de luvas.

—Saiam! — ordenei sem me importar em quem estaria incomodando, apenas Camila ficou na sala, ela colocou as pás no carrinho e eu posicionei minhas mãos na ferida, ela adorava assistir, apesar dos 5 meses vendo eu fazer isso todos os dias.

Fechei meus olhos sentindo a lesão por toda sua barriga, ele tinha morrido por hemorragia interna.

—Saltou em cima de uma granada? — perguntei abrindo os olhos, Camila assentiu e eu revirei os olhos. — Eles não sabem que isso dá trabalho? — questionei irritada, ela riu.

Comecei meu trabalho retirando cada pedaço do abdômen daquele homem, coloquei eles em uma bandeja ao meu lado e ao terminar fechei cada ferida. Coloquei as mãos em cima do seu coração e com um pouco de concentração o fiz voltar a bater.

—Leve-o para a cirurgia. —falei sorrindo para ela e tirando minhas luvas, Camila assentiu. Sai da sala mandando todos voltarem para ajudá-la.

Sai do prédio vendo que o sol já tinha nascido, fechei os olhos sentindo os raios penetrarem em minha pele e sorri com isso.

Depois de passar um mês presa em um quarto sem ter ao menos uma janela, eu aproveitava todo o sol que podia.

—Não vai comer? — John perguntou esbarrando de proposito em meu ombro, ri de seu jeito brincalhão e o acompanhei até o refeitório.

—Precisava de um tempo, acabei de trazer um homem de volta a vida. — disse soando entediada, ele riu.

—Você precisa me contar como faz isso. — Neguei com a cabeça passando na sua frente.

—É segredo de estado, ou melhor, real. — ele gargalhou.

—Qual é, Sofia. Me conta! — o ruivo implorou e dei de ombros entrando no refeitório, como esperado o local já estava lotado de soldados. Segui sem me importar com o cara atrás de mim.

Peguei a bandeja e observei o menu da manhã, que nunca era apetitosa. Suspirei me servindo e indo até uma mesa. Comi em silencio rodeada de soldados esfomeados.

Estávamos a alguns quilômetros do núcleo da guerra, essa era a base de apoio aos soldados, onde eles treinavam, se recuperavam e aguardavam sua vez de servir ao país e eu estava aqui para servi com os meus poderes de cura, eu já tinha perdido as contas de quantas vidas tinham sido salvas pelos meus poderes.

John se sentou na minha frente com sua bandeja. Ele me fitava seriamente.

—Não adianta, não vou contar. —falei levando a colher até a boca, ele suspirou.

—Preciso que venha comigo! — um soldado falou sério parado atrás de mim, empurrei a bandeja e o segui para fora do refeitório. Não era algo incomum, afinal a todo instante tinha alguém chegando.

O soldado dessa vez não seguiu para a enfermaria e sim para a área administrativa, estreitei os olhos confusa com a mudança de percurso. Ele me deixou na frente da porta do coronel responsável pelo lugar. Dei leves batidas na porta e entrei. O coronel estava com alguém sentado na sua frente. Observei o lugar, o cara se levantou sem me olhar.

—Qual o problema? — questionei no meio de tanto silencio, intercalando meu olhar nos caras apreensivos.

—Você não pode mais ficar andando pelo quartel. — Arqueei a sobrancelha e um riso escapou dos meus lábios.

—Está brincando. Não é? Quando me trouxeram para cá usaram o maior discurso que eu precisava salvar os soldados que lutavam pelo país e agora vão me trancar? — questionei com as mãos na cintura, o coronel apoiou suas mãos na mesa e me olhou sério.

—Você está causando muitas perguntas que não podem ser respondidas, Sofia. Precisamos que faça seu trabalho de forma discreta, por isso não pode mais ser vista. — Balancei a cabeça negando.

—Eu não sou uma refém aqui, vim porque quis ajudar. Se for para me tratar assim eu vou embora. — falei firme cruzando os braços, ele apenas suspirou.

—Não é assim que funciona. Por sorte, você tem um controle de boa ação. — Ele pegou algo em sua gaveta e apertou um botão me fazendo gritar de dor ao sentir milhares de agulha atingirem meu braço direito, onde tinha uma pulseira grossa prata.

—Você me disse que isso era para identificação! — gritei após a dor parar, eu sentia o ódio dominar meu corpo, o coronel sorriu de forma maligna.

—Eu digo muitas coisas que não são verdade. — Assenti e sorri.

—Veremos! — sai da sala, mas parei a dois passos da porta apertando meu braço que era eletrocutado.

—Não me faça usar a carga letal, Sofia. — O coronel falou saindo da sala. — Leve-a! — ele ordenou, dois soldados me pegaram pelo braço e saíram me arrastando para o bloco da enfermaria.

Fui colocada em um dos quartos usados na enfermaria para pacientes mais críticos, todas as minhas coisas estavam ali, a porta foi fechada e a chave passada. No chão eu fiquei deixando as lagrimas caírem. Como eu tinha me tornado uma refém? Ou melhor como eu tinha sido estupida o suficiente para cair aquele discurso do coronel?

Limpei as lagrimas que caiam e me levantei do chão acendendo a luz, era um lugar sem janela, com paredes cinzas, uma única luminária no teto, uma cama no canto da parede, parecia ser a minha própria cama. Apesar de ser um quarto de hospital, não parecia em nada com um.

Será que esse sempre foi o plano? Me deixar curtir e então me trancarem. Não fazia sentindo, não é como se eu tivesse um lugar para voltar.

Me sentei na ponta da cama pegando meu diário na caixa jogada ao lado da cama. Abri na primeira página, meu primeiro dia e comecei a reler cada um daqueles 5 meses que estive aqui.

[...]

Abri os olhos e então levantei da cama, como ela tinha sido estupida, eu sabia que eles iam aprontar algo. Eu não poderia deixar isso acontecer, a pulseira pesava em meu braço, mas ela não era real, assim como eu.... Quem eu iria procurar? Eu precisava lembrar da minha vida antes do acidente!

Me transportei para o local de sempre, sorri em ver que minha obra ainda estava ali, eu não fazia ideia de que lugar era esse, mas sempre que saia daquela prisão infernal eu vinha para cá, minha mente parecia programada para esse lugar.

Fiz uma bola de fogo com a mão e a lancei no muro que consumia meu grafite na parede.

—Você não deveria estar aqui! — um cara puxou meu ombro para trás e eu o observei, ele tinha cara de mal. — É uma propriedade privada.

—Eu perguntei? — questionei com desdém. — Você não manda em mim, querido! — soou debochada me afastando dele.

Algumas plantas tinham sido plantas recentemente e eu sorri colocando fogo em cada uma delas.

—Ei! Você está presa! — o cara gritou e eu revirei os olhos, estiquei meu braço em sua direção e eu o levitei.

—Você grita muito. — Soltei um longo suspiro e o joguei em uma arvore alta que tinha ali.

Eu precisava ter alguma ideia para sair daquele quartel, de verdade. Continuei a andar pelo lugar e parei em um canteiro de rosas recém-plantadas, um sorriso bobo apareceu em meu rosto, revirei os olhos, odiava esse lado. Peguei uma rosa e a soltei ao sentir um espinho me furar.

—Merda de rosa! — disse brava pegado a pelas pétalas, era a parte que em importava, assim voltei a andar pelo enorme terreno puxando pétala por pétala, na esperança de ter alguma ideia.

Parei na margem do lago, jogando a rosa ao meu lado e me agachei vendo meu reflexo na água, odiava esse cabelo castanho, era tão comum e sem graça. Ela precisava de mais personalidade.

Gargalhei sozinha ao lembrar do corte de cabelo que tínhamos ganhado a alguns meses, totalmente bagunçada, ela mesma tinha cortado, na altura do maxilar e ainda tinha uma franja, apesar de ridículo tinha mostrado bastante atitude. Agora ele já batia abaixo do ombro.

Como eu iria me lembrar de algo se nada me ajudava? Viver 5 meses em um quartel não iria adiantar. Talvez o Coronel tivesse meu arquivo completo, sorri com a ideia e me levantei. Desci o guarda de cima da arvore e o deixei ali deitado no chão, voltando para aquele quarto sem graça.  

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