Harry Potter e o Mentor das T...

By MayChagas1

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Depois de um ano difícil onde aprender a não confiar em ninguém, Harry precisa lidar não apenas com a verdade... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 1 - Bônus
Capítulo 2
Capítulo 2 - Bônus
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 4 - Bônus
Capítulo 5
Capítulo 5 - Bônus
Capítulo 6
Capítulo 6 - Bônus
Capítulo 6 - Bônus²
Capítulo 7
Capítulo 7 - Bônus
Capítulo 7 - Bônus²
Capítulo 8
Capítulo 8 - Bônus
Capítulo 9
Capítulo 9 - Bônus
Capítulo 9 - Bônus²
Capítulo 10
Capítulo 10 - Bônus
Capítulo 11 - Bônus
Capítulo 11 - Bônus²
Capítulo 12
Capítulo 12 - Bônus
Capítulo 13
Capítulo 13 - Bônus
Capítulo 13 - Bônus²
Capítulo 14
Capítulo 14 - Bônus
Capítulo 14 - Bônus²
Capítulo 15
Capítulo 15 - Bônus
Capítulo 15 - Bônus²
Capítulo 16
Capítulo 16 - Bônus
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 18 - Bônus
Capítulo 18 - Bônus²
Capítulo 18 - Bônus³
Capítulo 19
Capítulo 19 - Bônus
Capítulo 20
Capítulo 20 - Bônus
Capítulo 20 - Bônus²
Capítulo 21
Capítulo 21 - Bônus
Capítulo 22
Capítulo 22 - Bônus
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 24 - Bônus
Capítulo 24 - Bônus²
Capítulo 25
Capítulo 25 - Bônus
Capítulo 25 - Bônus²
Capítulo 26
Capítulo 26 - Bônus
Capítulo 27
Capítulo 27 - Bônus
Capítulo 28
Capítulo 28 - Bônus
Capítulo 28 - Bônus²
Capítulo 29
Capítulo 29 - Bônus
Capítulo 30
Capítulo 30 - Bônus
Capítulo 31
Capítulo 31 - Bônus
Capítulo 32
Capítulo 32 - Bônus
Capítulo 33
Capítulo 33 - Bônus
Capítulo 34
Capítulo 34 - Bônus
Capítulo 35
Epilogo

Capítulo 11

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By MayChagas1

Betado por @smjkbien. Muito obrigada.


“O grande homem não pode vencer a batalha só por sua força, mas sim com estratégia, ela te leva a ganhar a guerra. ”
- John Rodrigues

- Se vocês dois não querem mais reportagens na capa do profeta deveriam tomar mais cuidado. – Harry ouviu Ron dizer na manhã seguinte, o moreno esfregou os olhos para afastar o sono e se sentou sentindo às costas estalarem devido a posição em que adormeceu, Hermione estava sentada no sofá, o rosto marcado pelo estofamento demonstrava total constrangimento quando ela pigarreou.
- Foi culpa do Harry. – Disse ela e o moreno riu, felizmente Ron não insistiu no assunto.
- Vamos tomar café ou não?
- Sim. – Respondeu Harry ao se colocar de pé – Encontramos você lá em baixo em cinco minutos.
Ron não pareceu gostar da ideia, mas percebeu que Harry queria dizer algo a Hermione sozinho, ele corou enquanto se afastava em direção ao buraco do retrato, pensando mais uma vez se os amigos não estavam REALMENTE namorando.
- O que Blaise queria ontem? – Perguntou ela assim que se viram relativamente sozinhos.
- Prefiro falar com todos juntos. – Disse Harry com um grande bocejo – Você pode chama-los? Mandar uma mensagem para todos avisando para nos encontrarmos logo depois do café, algo me diz que será um longo dia.

- Você só pode estar brincando! – Bradou Hermione algumas horas depois, sentando em seu costumeiro sofá na câmara.
- Nós já esperávamos algo assim. – Disse Blaise olhando confuso para a menina ao seu lado – Sabíamos que ele teria de enfrentar algum tipo de criatura.
- Sim, mas um Dragão!? Isso é insano. Eles fazem parte da categoria quatro, não se pode esperar que...
- Hermione, isso é um fato. Terei de enfrentar um Dragão, eu agradeceria se pulássemos a parte da negação e começássemos a nos concentrar em como diabos eu farei isso. – Disse Harry massageando as têmporas devido a dor de cabeça que estava começando.
- Ótima ideia. – Disse Nott, sentado em uma poltrona a esquerda de todos, Draco olhou para ele com fúria explícita.
- Por que exatamente ELE está aqui? Pensei que ainda estava em fase de teste, ou algo assim... – Disse o loiro, visivelmente emburrado, Harry revirou os olhos e pigarreou.
- Nott, você por acaso já tem as informações que eu preciso? – Perguntou o moreno, resolvendo que o melhor a fazer naquele momento era ignorar o loiro.
- Consegui alguns livros sim, mas ainda não tudo que posso te oferecer. – Sorriu o rapaz com malícia e Hermione corou.
- Entregue a Hermione. – Disse Harry ignorando o flerte, estava tenso e preocupado demais para brincar com o Sonserino – E o que você pode me dizer sobre às tarefas do torneio? Alguma vez já houveram Dragões antes? Talvez a tarefa será a mesma.
- Sinto muito, não tem nenhum dragão na história do Torneio, acho que resolveram fazer algo inédito.
- É claro. – Lamentou Harry – Tem algo útil para mim?
- Como você já deve saber, enfrentar uma criatura magica é uma tarefa recorrente. Nenhuma das tarefas envolvia matar a criatura, felizmente, sempre é algo sobre passar por eles ou incapacitá-los.
- Já sabíamos disso. – Acrescentou Blaise, totalmente esparramado no sofá, parecendo incrivelmente calmo, embora a tensão em seus olhos não passasse despercebida por Harry.
- Bom, não tenho mais qualquer informação para oferecer sobre isso.
- Decepcionante. – Disse Harry e o rapaz de cabelo de cobre se encolheu amuado na poltrona, Malfoy escondeu uma risada – Blaise, o que pode me dizer sobre os Dragões, algum ponto fraco?
- Dragões tem características bem específicas de acordo com suas raças, dei uma boa olhada neles ontem à noite, posso te dizer com certeza que eles eram, um Focinho-Curto Suéco, um Verde-Galês-Comum, um Rabo-Córneo Húngaro e um Meteoro Chinês. O mais perigoso sendo o Rabo-Córneo, aquele preto que demorou mais a cair, e o menos perigoso, ainda assim mortal, o Verde-Galês.
- Me fale mais sobre todos.
- O Focinho-curto lança um tipo particular de chamas que reduz o que atingir a pó em questão de segundos, devido a intensidade do ataque ele precisa de alguns minutos entre uma rajada e outra, e isso é o mais perto de um ponto fraco que ele tem. O Verde-Galês é uma raça relativamente pacífica, ele prefere fugir de bruxos do que atacá-los, mas vai atacar se for atacado, seu principal trunfo é o vôo, suas chamas não alcançam grandes distâncias e nem são tão intensas, e principalmente quanto mais chamas ele lança, menos ele pode voar, então ele sempre evitará usá-las.
- Ele parece minha melhor opção. – Disse Harry.
- Os campeões não escolhem seus oponentes, é sempre um sorteio. – Disse Hermione.
- O Meteoro-Chinês é uma ótima opção também, ele não voa e suas chamas são bolas de fogo, então você teria algum espaço para fugir delas, ele é muito rápido porém, e sua cauda longa e fina é seu ataque mais perigoso. Agora, o Rabo-Córneo deve ser evitado a todo custo, ele é uma máquina de matar, suas chamas são menos intensas que as do focinho-curto, mas em compensação atingem quinze metros ou mais, sua cauda possui espinhos que podem te atravessar como se você fosse um pedaço de pudim...
- Qual seu ponto fraco? Ele é lento, voa mal? O quê?
- Ele não tem um ponto fraco. – Disse Blaise também parecendo terrivelmente preocupado.
- Maravilha. – Murmurou Harry passando as mãos pelo cabelo, se sentindo exausto mesmo que não fosse nem a hora do almoço – Hermione, diz que você tem alguma boa notícia para mim.
- Não é exatamente uma boa notícia... – Começou a menina mordendo o lábio – Eu coloquei alguns dos meus pássaros mensagem sobrevoando os terrenos da escola, Draco me ajudou com um feitiço que permite que eu veja o que eles viram nas últimas duas horas... foi brilhante... – Disse ela sorrindo para o loiro que parecia divido entre o orgulho e o constrangimento, Harry sorriu para ele – E eles viram uma arena sendo construída além do campo de Quadribol, não tiveram como se aproximar muito, pois uma barreira protegia o lugar, dois deles bateram na barreira e desmaiaram imediatamente. Tinham arquibancadas como as do campo, mas era um espaço bem maior.
- Bom, então os dragões não poderão voar muito alto devido a barreira, isso é ótimo.
- Vocês terão de roubar algo dos Dragões. – Disse Draco atraindo a atenção de todos.
- Algo deles? Como um chifre ou coisa assim? – Perguntou Nott, em tom de brincadeira.
- Claro que não seu imbecil. – Disse Draco, seu olhar assassino firme no colega – Algum objeto. Blaise me disse sobre os Dragões ontem à noite e eu mandei uma carta ao meu pai, pedindo qualquer informação útil... ele me respondeu hoje pela manhã, disse que os Dragões estarão protegendo um objeto específico, e os campeões precisam pegá-lo. Você não vai precisar necessariamente enfrentar um dragão.
- Só vou precisar passar por ele. – Disse Harry sentindo-se muito mais aliviado, ele quase poderia beijar Draco naquele momento, ele com certeza teria feito isso se não estivessem acompanhados – Finalmente uma boa notícia. Hermione, vou precisar que você me acoberte outra vez, tenho um encontro marcado com meu mentor...- A menina o olhou confuso por alguns segundos antes do moreno discretamente colocar uma mecha de cabelo para trás expondo seu adorno de Cristal, então a menina entendeu e assentiu – nesse meio tempo sugiro que você dê uma olhada nas informações que Nott conseguiu. Nott você vai ajudá-la, vai expor tudo que você souber, ela vai decidir se você foi útil ou não, então sugiro que você seja muito gentil.
- Serei um perfeito cavalheiro. – Disse ele piscando para a menina, que corou e franziu o cenho encolhendo-se contra o sofá, Blaise se empertigou ao seu lado, visivelmente irritado.
- Blaise irá acompanhar vocês. – Decidiu Harry, percebendo que não confiava em deixar Hermione sozinha com seu aliado em provação e que Blaise iria irrita-lo pelo resto da vida se ele deixasse – Sugiro que vocês usem nosso segundo ponto de encontro, Hermione sabe onde fica.
- E eu? – Perguntou Draco.
- Você vai acobertar Blaise e Nott. – O loiro pareceu descontente, mas Harry não permitiu reclamações – Eles vão precisar de álibis, é domingo, tenho certeza que seus amigos irão procurá-los. Conto com você pra resolver isso, Draco.
- Como quiser. – Respondeu Draco, ainda insatisfeito, mas resignado.
- Obrigado. – Disse Harry com um sorriso carinhoso e então percebendo o que estava fazendo se aprumou outra vez no sofá e olhou para Hermione – Vou conseguir que Neville nos acoberte, provavelmente vou ter que usar nosso “relacionamento” como justificativa, você se importa?
- Não, faça o que precisar.
- Nos vemos novamente essa noite.
Quando eles finalmente deixaram o banheiro da Murta, Harry percebeu que seu grupo de aliados tinha realmente crescido desde o ano anterior, e embora isso fosse uma coisa boa, aquelas pequenas reuniões tornavam-se mais perigosas a cada dia. Harry e Hermione caminhavam sozinhos até a torre da Grifinória, onde Harry precisava pegar sua capa.
- Mione, não podemos continuar dessa forma, preciso de um jeito mais discreto de me comunicar com vocês e o Blaise tem toda razão, trocar recados usando nossas iniciais é um risco estúpido a se correr.
- Eu estou trabalhando nisso Harry, mas não tenho ideia de como fazer isso ainda, eu sinto muito...mas quanto a parte de um apelido... Eu e Blaise estávamos conversando esses dias sobre a história do Rei Arthur, você acredita que ele não conhecia a versão trouxa do conto? Eu achei isso um absurdo, principalmente considerando que temos aula de estudo dos trouxas, eu acho que deveriam ter mencionado isso em aula, sabe uma correlação entre...
- Mione, você perdeu o ponto. – Alertou Harry, a menina mordeu o lábio e respirou fundo.
- Claro, desculpe. A questão é que pensamos em te chamar de Mordred... – Ela ficou o encarando com um sorriso, como se esperasse que ele entendesse a referência.
- Você sabe que eu realmente não sei o porquê disso, certo?
- Francamente, eu imaginei que você saberia quem ele é...Você foi criado por trouxas afinal.
- Bom, meus parentes não são do tipo que me contavam histórias para dormir, e definitivamente não contariam alguma que envolvesse magia, então... – O moreno deu de ombros.
- Mordred foi um dos principais aliados do Rei Arthur, algumas histórias até sugerem que o rei fosse seu pai, o que faria dele filho de uma relação incestuosa entre ele e a irmã, o que eu acho particularmente perturbador porque...
- O ponto Hermione...
- Sim, claro. Bom, a questão é que Mordred matou Arthur, pois ele tinha mentido pra ele sobre sua verdadeira história, deixando-o lutar por ele durante anos, até que a verdade aparecesse...meio que se encaixa com a sua história, eu acho...
Harry pensou em Dumbledore como Rei Arthur, e como ele gostaria de matá-lo pelas mentiras que contou e pelas atrocidades que fez, o moreno sorriu, sim, ele ficaria perfeitamente confortável com aquela alcunha.
- Mordred, hum... Eu gostei. Qualquer um que ouvir não tem qualquer razão pra associar isso a mim. É muito bom Hermione.
- Obrigada. – A menina pigarreou desconfortável – Mas, você não pretende realmente matá-lo certo? Quer dizer...ele ainda é o diretor e tal...
- É muito cedo para pensar em algo assim Mione, e no momento eu tenho preocupações mais imediatas. – Mentiu o moreno e a menina pareceu aliviada.
Enquanto Hermione se preparava para desaparecer na sala precisa Harry procurou Neville, e convenceu o amigo a encobrir ele e Hermione, disse uma meia verdade, alegando que estaria na sala precisa porque precisava de algum tempo a sós com Hermione, o amigo deu sorriso compreensivo e constrangido, mas imediatamente aceitou a tarefa de distrair os outros sobre sua ausência.

Gael se arrastava ao seu lado enquanto Harry caminhava calmamente pelo jardim da Mansão Riddle, fazendo diversos comentários sobre os pequenos animais que circundavam a propriedade, dos quais ela tencionava se alimentar, quase na porta Harry percebeu que havia outra forte aura magica além de Tom dentro da casa. O moreno então se esgueirou pela lateral, contendo sua magia o máximo possível para esconder sua presença, caminhou até o fundo da propriedade, procurando uma entrada alternativa até que encontrou uma porta que lhe levava até a cozinha, entrou sem fazer qualquer barulho e caminhou na ponta dos pés até a sala principal, parando com a orelha encostada na porta afim de ouvir o que se passava do outro lado.
- Não achei que seria relevante, Meu Senhor. – Uma voz doce de mulher surpreendeu Harry.
- Seu trabalho é me dar relatórios completos Sofia, não apenas aquilo que você considera relevante. Daqui por diante seja mais cuidadosa, quero saber absolutamente tudo que diz respeito às criaturas de grande porte que você importa para Inglaterra e da Inglaterra. – A voz sibilada de Voldemort causou arrepios no mais jovem.
- Sim, Meu Senhor, sinto muito, Meu Senhor.
- Agora saia. – Dispensou ele, Harry ouviu a porta de entrada abrir e fechar, e alguns segundos depois o estalido de aparatação soou ao longe, apenas então a voz natural de Tom preencheu o ambiente – Admito que você está muito mais silencioso que da última vez, e se saiu muito bem em esconder sua magia, mas seu cheiro ainda é perfeitamente detectável.
Harry sorriu finalmente entrando no aposento.
- Está dizendo que estou fedendo? – Perguntou o mais jovem cruzando os braços, o homem revirou os olhos.
- Você cheira muito bem na verdade, mas ainda assim cheirar não é uma boa coisa se você quer passar desapercebido.
- Não sabia que você estaria acompanhado. Senhora Zabini eu presumo.
- Está certo. A chamei está manhã, queria mais informações sobre os Dragões. Ela me contou suas espécies e características, são informações úteis.
Harry sorriu com arrogância enquanto retirava sua capa e a jaqueta, pendurando-as no cabideiro perto da porta.
- Sim, eu sei. Mas eu já tenho essas informações. Você não é o único com contatos. – Brincou o menor.
- Blaise Zabini. – Riu Tom, caminhando até a escada e sendo seguido por Harry imediatamente – Eu deveria ter previsto que você pediria informações a ele.
- E também sei por alto do que a tarefa vai se tratar. – Disse Harry assim que entraram em uma grande sala, o chão era de mármore, e as paredes brancas com grandes janelas, davam a impressão de serem grandes demais para se acomodar a mansão.
- E o que é?
- Teremos de tirar um objeto dos Dragões, não sei o que é exatamente, sei apenas que não vou precisar REALMENTE lutar contra a criatura, preciso apenas pegar o que ela protegerá.
- E como você pretende pegar algo sem lutar REALMENTE com o Dragão?
- Eu entendi que essa foi a razão de você me chamar aqui hoje. – Implicou o mais jovem arrancando uma pequena risada de Tom que pareceu muito menos tenso do que estava no momento em que Harry chegou.
- De fato. Você tem certeza de que é disso que a tarefa se trata?
- Tenho, mas sinta-se livre para confirmar a informação com Lucius Malfoy, se desejar. – Disse Harry e o mais velho ergueu uma sobrancelha pela ousadia da frase, Harry fingiu não perceber.
- Bom, se esse é o caso, sei exatamente o que você vai fazer...
As próximas horas foram passadas em intensos treinamentos, e já era noite quando Tom se deu por satisfeito com os resultados, nessa altura Harry tinha vários pequenos ferimentos espalhados pelo corpo, e um grande corte que ia da parte de trás do ombro esquerdo até o osso do quadril direito. Ele estava deitado no chão, sua camisa reduzida a farrapos, enquanto Tom parecia ter acabado de sair de uma sessão de fotos, nenhum único fio de cabelo fora do lugar.
- Sou patético. – Suspirou o mais jovem, Tom estendeu a mão para ajudá-lo a se levantar e Harry aceitou, uma corrente de magia atravessou seu corpo a partir da mão do homem e o rapaz quase fechou os olhos em apreciação – Estou destruído e você poderia estar saindo do banho neste minuto.
- Você se cobra demais, criança. – Disse o mais velho rindo – Não acredito que muitos bruxos teriam se mantido de pé por tanto tempo contra mim, e muito menos com tão poucos ferimentos...
- Não é como se você estivesse lutando a sério comigo... – Disse o moreno, tocando um ferimento particularmente sangrento em seu rosto.
- Tome um banho e coma alguma coisa antes de ir. Tratarei seus ferimentos quando você terminar.
- Não é necessário. – Contestou Harry, pensando apenas em voltar a Hogwarts e se deixar desabar no confortável sofá da câmara.
- Sim, é. Será muito suspeito você voltar a escola do jeito que está agora. – Harry abriu a boca, mas Tom o olhou com seriedade – Não discuta, obedeça.
- Não sou um dos seus servos, você sabe disso, não é? – Disse o mais jovem emburrando, mas seguiu o outro pelo corredor.
- Não, é meu aprendiz, e um bom aprendiz sabe quando fechar a boca e obedecer. Aqui é o banheiro, Anthea trará roupas para você. Estarei na sala de jantar, me encontre lá quando terminar.
Harry deixou a água se derramar sobre seus machucados e lavar o sangue, seus pensamentos girando ao redor da palavra aprendiz. Era verdade, Harry tinha se tornado aprendiz de Voldemort a mais de um ano e apenas agora se derá conta deste fato, mesmo assim aquela palavra não parecia se encaixar em sua situação, era muito pouco profunda, e por mais que ele não fosse admitir isso em voz alta, ele sentia que Tom era muito mais do que um mero professor, ou que ao menos ele pudesse ser.
Harry só percebeu o quanto estava faminto quando o cheiro de comida encheu suas narinas, Tom estava sentado na cabeceira de uma mesa longa e negra que parecia ter comida demais para apenas duas pessoas, mas o mais jovem não disse nada a respeito quando caminhou inconscientemente para a cadeira diretamente a direita do Lorde, esse fato não passou despercebido pelo mais velho que preferiu não comentar nada e apenas servir um pedaço de peixe em seu prato. Comeram em um silencio confortável e assim que terminaram os pratos e os restos de comida desapareceram da mesma forma que acontecia em Hogwarts.
- Venha comigo. – Chamou Tom, e juntos caminharam até o escritório, o mais velho indicou que Harry sentasse em sua poltrona usual e assim ele o fez, o Lorde então pegou um pequeno recipiente de vidro sobre a lareira e se aproximou de Harry ajoelhando a sua frente – Suspenda sua blusa.
- Desculpe?! – Inqueriu Harry sentindo o coração bater mais rápido por algum motivo.
- Suspenda a blusa. – Repetiu o outro pacientemente – Como você espera que eu passe o unguento se você não suspender?
- Você sabe que há um feitiço para isso certo? – Perguntou o rapaz, obedecendo a contragosto, logo ele sentiu os dedos longos e frios de Tom espalhando o líquido verde sobre seus machucados, o homem estava sendo cuidadoso e embora os cortes ardessem um pouco Harry não conseguia se incomodar.
- Feridas de treinamento devem curar naturalmente. A dor do processo é sempre um incentivo para não se cometer novamente os mesmos erros. – Disse o outro sem desviar seus olhos da tarefa – Vire-se.
- Pensei que o ponto de você tratar das minhas feridas fosse esconde-las para não levantar suspeitas em Hogwarts. – Disse Harry, sua respiração saindo um pouco mais rápida que o normal enquanto Tom aplicava o unguento no maior corte em suas costas.
Harry não estava acostumado a ser tocado por ninguém além de Draco e Hermione, e o toque do Lorde era completamente diferente de qualquer outro, era como se na ponta de cada dedo houvesse alguma magia entorpecedora, e o mais jovem precisava se controlar para não se inclinar para aquele toque.
- Vou curar os ferimentos no seu rosto e braços, mas eu presumo que você não passe muito tempo sem camisa na escola. – Implicou o outro e Harry bufou.
Depois de terminado o tratamento o mais velho levantou-se e caminhou até a porta, Harry o acompanhou, entendendo que estava sendo demitido.
- Gael, vamos. – Chamou Harry e a cobra veio preguiçosamente se posicionar em seus ombros, depois de instalada sob sua pele, Tom ajudou o mais jovem a vestir sua jaqueta e entregou a capa em suas mãos enquanto caminhavam até o fim da propriedade.
- Sugiro que você continue treinando na escola, peça ajuda a Moody se desejar.
- Sirius você quer dizer, não acredito que ele demorou tanto para vir falar comigo, você o ameaçou de alguma forma, não ameaçou? – O outro apenas sorriu cúmplice e não disse nada a esse respeito – Provavelmente pedirei a Draco ou Hermione.
- Você e o Malfoy voltaram aos bons termos então... – Disse o mais velho, sua face uma mistura de diversão e irritação.
- Eu entro em contato se algo acontecer. – Dessa vez foi Harry quem ignorou o comentário.
- Só para constar, eu estava lutando a sério com você. Não para matá-lo, é claro, mas estava tentando te machucar. – Disse o mais velho pouco antes de Harry usar sua chave de portal.
- Por que ele sempre precisa dizer algo impactante quando eu estou de saída? – Reclamou Harry levantando-se e espanando a terra para longe das roupas.
- Ele gosta de fazer uma cena. – Gael disse em sua mente e ambos sorriram com isso.

Faltava menos de uma semana para a prova e Harry sentia-se perfeitamente confiante sobre o que aconteceria, tinha treinado todos os dias e agora os feitiços eram tão naturais para ele quanto respirar, o cansaço diminuía exponencialmente também, e era mais simples a cada dia, Tom ainda o pressionava todas as noites, alegando que ele não deveria baixar a guarda apenas porque estava confiante, um Dragão ainda era um Dragão e ele não deveria esquecer disso. O moreno estava tomando café da manhã com Hermione, Ron e Neville quando viu Cedric se levantar de sua mesa na lufa-lufa e se dirigir a saída. E então um pensamento lhe atingiu como um raio e ele se perguntou como tinha sido estúpido de esquecer algo tão importante.
Cedric ainda não sabia dos dragões... o único campeão que não sabia, se Harry estivesse certo em pensar que Maxime e Karkaroff teriam informado a Fleur e Krum.
- Mione, vejo você nas estufas. – Disse ele, tomando uma decisão ao ver Cedric saindo do salão – Vai andando, eu alcanço você.
- Harry você vai se atrasar, a sineta já vai tocar...
- Eu alcanço você, OK?
Quando Harry chegou ao pé da escadaria de mármore, Cedric já estava no topo acompanhado de um monte de amigos do sexto ano, Harry não queria falar com o campeão na frente deles, faziam parte do grupo que andará citando o artigo de Rita Skeeter, em voz alta, todas as vezes que ele se aproximava e ele simplesmente não estava com um humor bom o suficiente para não os enfeitiçar, principalmente porque o rapaz que ele atacou antes estava entre eles, é claro que nenhum professor tinha vindo repreendê-lo sobre o ocorrido, mas não valia a pena jogar sal na ferida. Seguiu, então a distância e viu que o outro campeão ia em direção ao corredor da classe de Feitiços, isto deu a Harry uma ideia, parando a uma certa distância deles, puxou a varinha e mirou com cuidado.
- Diffindo!
A mochila de Cedric se rompeu. Pergaminhos, penas e livros se espalharam pelo chão. Vários tinteiros se quebraram.
- Não se preocupem. – Disse Cedric em tom irritado, quando os amigos se abaixaram para ajudá-lo – Digam a Flitwick que estou chegando, vão indo...
Isto era exatamente o que Harry esperava que acontecesse. Ele tornou a guardar a varinha nas vestes, esperou até que os amigos de Cedric desaparecessem na sala de aula e entrou depressa no corredor, agora vazio, exceto por ele e Cedric.
- Oi. – Disse Cedric, apanhando um exemplar de Um guia de transformação avançada, manchado de tinta – Minha mochila simplesmente se rompeu... nova em folha... – Lamentou-se o rapaz, Harry pensou em se oferecer para concertar a mochila, mas isso não era importante, e provavelmente o rapaz saberia fazer isso por si mesmo.
- Cedric, a primeira tarefa vão ser dragões.
- Quê? – Exclamou Cedric, erguendo a cabeça.
- Dragões. – Disse Harry depressa, caso o Prof. Flitwick saísse para ver onde andava Cedric – São quatro, um para cada um de nós, e vamos ter que passar por eles.
Cedric arregalou os olhos. Harry viu um pouco do pânico que sentiu na primeira vez que viu às criaturas, de forma cruel ele se sentiu melhor, era bom saber que ele não era o único a tremer de medo dos dragões.
- Tem certeza? – Perguntou numa voz abafada.
- Absoluta. Eu vi.
- Mas como foi que você descobriu? Não devíamos saber...
- Não importa. – Disse Harry depressa, Cedric não podia simplesmente aceitar a informação e deixar para lá? – Mas eu não sou o único que sabe. Fleur e Krum a essa hora também já sabem, Maxime e Karkaroff viram os dragões também.
Cedric se levantou, os braços cheios de penas, pergaminhos e livros sujos de tinta, a bolsa rasgada pendurada em um ombro, fitou Harry atentamente e havia uma expressão intrigada, quase desconfiada em seus olhos.
- Por que é que você está me dizendo isso? – Perguntou.
Harry olhou-o sem acreditar. Tinha certeza de que Cedric não faria uma pergunta dessas se ele próprio tivesse visto os dragões, por mais que eles estivessem concorrendo um contra o outro ele não gostaria de ver o colega morto.
- Não seria... justo, não acha? Agora todos sabemos... estamos em pé de igualdade, não é? - Cedric continuava a olhar o garoto com um ar ligeiramente desconfiado e Harry quis revirar os olhos, mas se conteve – Olha, por que eu me daria o trabalho de vir até aqui e mentir para você? Se você não soubesse que eram Dragões estaria se preparando da mesma forma. Se por nada mais, eu ainda prefiro que seja você a ganhar o torneio ao invés de alguém de Beauxbatons ou Durmstrang.
- Acho que você está certo. – Disse o outro coçando a parte de trás da cabeça, parecendo envergonhado por ter pensado mal de Harry – Você realmente não se inscreveu no Torneio, né?
- Não. Que bom que alguém finalmente entendeu isso. – Disse Harry revirando os olhos e Cedric riu.
- Desculpe por demorar tanto. – Disse ele – Se você tivesse colocado seu nome lá, não estaria me contando isso.
- Somos colegas Cedric, não vou te deixar morrer por uma taça estúpida.
- Valeu, Harry, você é realmente um grande cara. E eu sinto muito pelo que os Lufa-lufas estão fazendo, eu realmente já pedi para eles pararem.
- Eu meio que entendo. A Skeeter praticamente ignorou o fato de que eu não sou o verdadeiro campeão de Hogwarts.
- Ei, você é tão campeão quanto eu... – Disse o outro – Bom, eu vou indo, Boa sorte com a prova...
- Pra você também.

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