— Então o que quer fazer? - Cat massageia as têmporas e me olha, aguardando a resposta.
— Aquilo que sempre faço: pagar o mal com o silêncio. - Thomás tenta retrucar e me interromper, mas o calo assim que levanto minha mão. — Eu não estou dizendo que não vamos a mídia esclarecer os últimos acontecimentos. Eu e o Gabe vamos e falaremos a verdade. Mas vamos deixá-los no escuro quanto ao restante.
— E quanto ao livro? - Cat questiona.
— Se você autorizar, então publicaremos e falaremos dele amanhã. - Falo pro Gabe.
— E quanto a nós? - Seu olhar parece m queimar, mas é uma pergunta séria.
— Tem pouco tempo que nos reencontramos e tudo aconteceu muito rápido. Você me conhece bem o bastante pra saber que eu não me envolvo com ninguém nessa velocidade.
— Nos conhecemos há anos... - Ele tenta.
— E nos reencontramos agora. Vamos dar tempo ao tempo. - Gabe desvia o olhar.
— A mídia vai querer uma final pro "clichê" de vocês. - Thomás coloca seu ponto.
— E diremos a eles que não tem final, porque ainda estamos vivendo. Mesmo que cada um a sua história. - Respondo. — O silêncio foi algo que sempre deu certo pra mim. Não vou abrir mão da privacidade agora.
— Dane-se a mídia, Charlotte. Eu quero saber de nós dois. - Gabe parece um pouco sem paciência.
— Se é o que você quer, Charlie, eu concordo. - Cat diz. — E os senhores?
— Eu quero a definição, Charlotte! - Gabe não tira os olhos de mim.
— Minha definição, por hora, é esta.
— E o que isso significa? Você está me dispensando?
— Não. Eu estou deixando as coisas seguirem seu curso normal. Como você mesmo me disse, não é coincidência estarmos os dois no mesmo hotel, vizinhos e convidados pra mesma festa. Então, vamos ver o que acontece. Sem pressão.
— Vai me colocar na friendzone de novo? - Agora surge aquele sorrisinho de lado, característico dele.
— Você sempre teve seu lugarzinho guardado lá, panaca. - Devolvo o sorriso.
— Nós concordamos. - Thomás diz, se levanta e aperta a mão da Cat.
— E como será o programa de amanhã, então? - Gabe questiona a mim.
— Vamos falar a verdade. - Respondo.
— Em partes. - Cat emenda. — Omitiremos o que causaria má reputação.
— Tipo o fato de você estar com a língua dentro da boca de alguém. - Deixo escapar.
— Tipo o fato de você ter ficado morrendo de ciúmes e afogado as mágoas em alguns drinks? - Gabe devolve. Não escondo a cara de surpresa e ele parece arrependido pelo que disse.
— Falou o cara que só vive tropeçando de bêbado pelos cantos. - Minha voz saiu um pouco mais amargurada do que eu pretendia. E ele é que está surpreso por isso agora. Thomás pigarreia.
— Nos passem a história e revisaremos. No mais é isso, estamos de saída. - O empresário tenta ser profissional, se levantando e fechando o botão do terno.
— Eu só fiquei assim porque achei que você tivesse me traído. - Gabe ignora.
— Perguntar não mata. - Cruzo os braços.
— Eu já te pedi desculpas, o que mais quer que eu faça? Quer que eu me ajoelhe? - Ele se ajoelha a meu lado. Merda de dejavú. — Quer que eu diga que não te esqueci em nenhum só momento da minha vida? Quer que eu escreva musicas e poesias sobre seus olhos? Quer que eu me afogue em um caminhão de sorvete pra que meu corpo te esqueça? Me diz o que quer, Charlotte. Porque pra mim já está mais do que claro o que eu quero!
Pisco varias vezes, tentando absorver cada parte do que ele disse.
— Onde você vai arrumar um caminhão de sorvete? - Encontro minha voz. Ele ri. E se rosto já está bem próximo ao meu.
— Eu darei um jeito. Mas nem assim meu coração será capaz de te esquecer.
— Vamos, Charlie. - Cat tenta me chamar. Mas o rosto do Gabe tá perto demais pra que eu consiga raciocinar.
— Pode ir na frente, Cat. - Não desvio os olhos do Gabe, que sabe que está mexendo muito comigo. — Você me dá uma carona, Panaca?
— Claro, Nerd. Será um grande prazer.
Ouvi quando minha empresária dá um suspiro audível e vai embora com Thomás.
— Já estamos sozinhos. - Gabe diz. Ainda estamos muito próximos e nossos olhares não se desviaram.
— Isso é um perigo.
— Eu só vou fazer o que você quiser que eu faça. - Ele sussurra próximo a minha boca e começa a subir suas mãos pelas minhas coxas.
— É difícil agir racionalmente assim.
— Vou explicar direitinho pra você não ter dúvidas, tudo bem? - Anuo. Ele cola sua boca no meu ombro e faz o caminho até a orelha, aos beijos. — Eu te amo, Nerd. E eu quero provar isso em todos os sentidos. - Ele sussurra e vem até minha boca. — Eu quero beijar milimetricamente cada parte do seu corpo. Quero tocar você até onde você acha que não é possível.
Eu já estava cedendo, principalmente quando sua mão entrou por debaixo do vestido. Mas o garçom precisou entrar e tirar os pratos.
Logo agora!
Oi gente,
Olha quem apareceu mais cedo?
Cap bombástico pra nós. Estamos no shawn? Sim ou claro?
Vou jogar um spoiler do próximo cap. E eu apareço essa semana ainda ok?
Encham de estrelinhas.
Amo vocês.
Beijos, S. 💗
🚨 Alerta de Spoiler 🚨
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