OBS: Antes de começar o capitulo, peço que leiam ouvindo a mídia ^^
Laura
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— Esse domingo está incrível, mas acho melhor eu ir embora. Já está ficando tarde. — Lívia pontuou.
— Por que tanta pressa? Lamento informar, mas sua noite apenas começou. — a encarei e sorri. — Vem comigo? Quero te mostrar uma outra coisa.
— Não me diga que vai me surpreender outra vez? — ela sorriu e assentiu.
— Só vai saber se me acompanhar. — falei tapando seus olhos e a guiando até a "surpresa".
Ela ainda não sabia, mas estávamos caminhando para o meu lugar favorito da casa: minha sala de dança. — Pronto, pode abrir os olhos. — retirei minhas mãos de seus olhos e a deixei caminhar um pouco mais dentro da sala para conhecer mais profundamente o ambiente. As paredes espelhadas me fizeram encantar pela quantidade de reflexos de "Lívias" espalhadas.
Enquanto coloco a música, observo suas reações... Pego em sua mão e a guio até o meio da sala, ela diz que não é boa.
— Eu te guio. — insisto, e ela assente.
Pego em suas mãos a girando por toda sala. Peço para seguir meus passos e em minutos estamos dançando como aqueles casais de TV.
Eu sinto uma sensação boa, borboletas no estômago.
Depósito um beijo em sua bochecha, e depois outro em seu pescoço, ela se arrepia e sorri timidamente. Pego em suas mãos novamente e a giro de novo... Dessa vez acaba tropeçando, eu sorrio e sem jeito peço desculpas, ela reclama, diz que não quer mais dançar e se afasta. Eu não desisto e a puxo para um beijo.
— Quero que seja minha está noite. — afirmo olhando seus olhos sedentos buscando os meus.
— Não podemos apressar desta forma. — ela se desvencilha e tenta fugir.
— Não há nada de errado na pressa. Sei que hoje é nosso primeiro dia juntas, mas certamente não será o último. Me dê uma chance e te mostrarei que posso te fazer sentir desejada como nunca antes foi. — pressiono seu corpo contra o meu e ela me encara com um sorriso maroto nos lábios... Acho que já percebeu minhas reais intenções. Deslizo minhas mãos por suas curvas e junto nossas testas deixando seu olhar ir de encontro ao meu.
— Não tenha medo. A vida é intensa demais para guardar momentos como esses para o futuro. — sussurrei suavemente. Nossos lábios se encontram enquanto a música soa ditando o momento e o desejo nos domina. Ponho minha mão esquerda sobre seu bumbum e o aperto. Ela se surpreende, mas não se afasta. A dança continua, agora de uma forma mais caliente.
Levanto minha blusa despindo-me diante de seus olhos envolvida pelo ritmo ditado pela música. Sua reação a entrega. Ela aproxima nossos corpos e me beija com desejo. Vagarosamente tiro sua blusa e giro seu corpo outra vez. Agora nossa dança espalha sedução por toda atmosfera. Eu desejo tê-la como preciso respirar. Deito seu corpo sobre o chão gélido daquele lugar e abro o zíper do seu short. Liv me olha fixamente e mais uma vez assente com um sorriso, como quem já sabe o que está por vir. Encaminho minha mão para acariciar sua parte íntima... Ela retira meu sutiã e se delicia com meus seios. Essa sensação de tocar alguém enquanto sou saboreada é a sensação mais gostosa que já experimentei até aqui.
Deixo seu corpo por completo despido, abro suas pernas delicadamente e ponho minha cabeça entre seus membros inferiores para me deliciar pela primeira vez com seu gosto. Ela prende meus cabelos em suas mãos e empurra minha boca contra sua vagina, rebolando e me ajudando a decifrar como gosta de ser saboreada. Minha língua percorre calmamente cada lugar entre seus grandes e pequenos lábios, até que finalmente encontra seu clitóris. Nosso dança agora virou sexo e o desejo dita o ritmo. Seus gemidos compõem a mais perfeita sinfonia para os meus ouvidos. Estou completamente embriagada de desejo pelo seu corpo. Quanto mais tenho, mais desejo, mais quero, mais preciso. Você é o elixir da minha abstinência.
Percorro todo seu corpo com mais desejo e vontade. Minha língua anseia por descobrir cada parte milimétrica do seu corpo, deixando um caminho arrepiado por onde passa. Abro seu sutiã e me excito com a saborosa visão dos seus seios: bicos rosados e durinhos. Insaciavelmente, aproximo minha língua e dou continuidade ao seu prazer... Abocanho seu peito esquerdo e faço vagarosas carícias no outro.
Essa noite está perfeita, pois tenho você. Sinto que o mundo se deteve quando acariciei sua pele. Tive pressa para viver essa sensação, mas quero que ela seja vagarosa para acabar. Viver esse momento é tão crucial quanto respirar. Não é apenas sexo, não é só desejo, não é só vontade, não é só um jogo de sedução... é diferente, desta vez é diferente, ela é diferente.
Quanto tudo parecia perfeito, e minha felicidade finalmente parecia palpável para mim, ela catou suas peças de roupas espalhadas pela sala e partiu. Parecia estar na verdade fugindo da minha companhia, do momento, do prazer, do sentimento que nos conduzia para o ato, e pior, fugindo de mim.
— Lívia, espera por favor... Desculpa se atropelei as coisas... — ela seguia seu trajeto para longe de mim sem dar ouvidos as minha suplicas para que ficasse.
— Não Laura, me deixa sozinha por favor. Agora não é o momento para essa conversa... — falou se perdendo do meu alcance de visão e batendo a porta.
Eduarda
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— Naquela noite dormimos separadas. Eu no sofá, ela na cama. Era o melhor a se fazer. Como continuar agindo normalmente se tudo estava desmoronando dentro de mim? O sentimento de culpa que me assombra desde a morte de Clara voltou a me tomar com mais força. Melissa é uma garota incrível, mas ficar ao seu lado me trás um peso que eu não sei se posso aguentar. Olhei no relógio e notei que já era por volta de três da manhã. Eu sabia que ao amanhecer teria que ir trabalhar, mas meu sono resolveu me abandonar naquela noite.
— Eduardaaaaa! — a voz estridente de Melissa soou distante. Me parecia vir do quarto. Era um tom quase que de suplica. Levantei-me do sofá e corri ao seu encontro. Ascendi a luz e notei que ela ainda dormia. Seria um pesadelo? Me aproximei para acorda-la. Incrivelmente, entre seus sonhos, era meu nome que ela chamava por vezes enquanto dormia.
— Melissa, acorda por favor... — tentei desperta-la. Eu estava preocupada. Ela abria pouco a pouco seu olhos. O suor pingava em sua testa. — calma, calma, seu pesadelo acabou. Eu estou aqui com você. — tentei acalma-la tomando-a em meu braços.
— Acho que não era um pesadelo, era só a realidade me perturbando em sonhos. — ela disse com pesar. — ao envolve-la em meus braços, senti a temperatura do seu corpo muito mais alta que o normal. Ela estava fervendo em febre.
— Por Deus Melissa, você está queimando em febre. — afirmei ao por minha mão em sua testa. — fica ai, vou pegar o termômetro. — Viu? Eu avisei que não era uma boa ideia sair na tempestade. Porque você não me ouve? — reclamei colocando o termômetro em baixo do seu braço.
38° de febre. — o medidor apontava.
— Minha cabeça está latejando... — ela reclamou.
— É melhor irmos para o hospital... — afirmei.
— Não, não quero. Amanhã eu já estarei bem.. É só um resfriado. — ela relutou.
— Se prefere assim, então vou fazer ao menos um chá. — eu me sentia preocupada ao extremo. Seus olhos estavam fundos e sem cor. Seus lábios profundamente ressecados. Seu corpo em chamas.
Voltei até o quarto com uma aspirina nas mãos e um copo de chá quente. — vamos, tome! — falei entregando-lhe nas mãos.
— Eu não preciso de chá, eu só preciso que.... continue aqui... comigo... me abraçando e mandando para longe meus delírios e medos. Pois ai, mesmo que me corpo esteja doente, minha alma estará em festa.
— Como alguém consegue ser tão fofa mesmo com quase 40° de febre? — sorri a envolvendo em meus braços, nos cobrindo com um cobertor. Ela tremia mais que o normal. O clima lá fora estava estável, mas pela forma que Melissa tremia, até parecia estar abaixo de 0°. Pouco-a-pouco tomou todo o líquido do copo. Reclamou do gosto amargo do chá, mas ainda sim o tomou.
Eu a abraçava cada vez mais forte. Era sufocante lhe olhar assim. Ela parecia tão sedenta por cuidados, tão desprotegida, tão vulneral. Foi naquele momento que eu pude notar o quanto o mundo é perverso e rouba a inocência de pessoas tão incríveis. Ela não era a mulher segura que eu quase sempre enxerguei, no fundo era só uma menina que precisava ser cuidada. Abandonada tantas vezes, e marcada de forma tão dura por cada abandono. Um criança está sendo gerada dentro de seu ventre e apesar de toda a garra com a qual ela conduz essa gravidez, vejo em seus olhos o quanto está assustada com a ideia de ser mãe. Seus olhos estão fechados, mas sei que permanece acordada, assim como eu, em uma luta árdua dentro de seus próprios pensamentos.