2 - Colorindo uma vida de ton...

By Lanny_Ferreira

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Esse é um livro lésbico que trás a segunda temporada da história: Clara e Duda. Deixo meus grandes agradecime... More

2º TEMPORADA DE CLARA & DUDA
Capítulo 1 - Eduarda
Capítulo 2 - Melissa
Capítulo 3 - Conspirações
Capítulo 4 - Estupro
Capítulo 5 - Rafael
Capítulo 6 - Consciência
Capítulo 7 - Noite na praia
Capítulo 8 - Devaneios
Capítulo 9 - Madrugada
Capítulo 10 - Pesadelos
Capítulo 11 - O despertar
Capítulo 12 - Revelações
Capítulo 13 - Telefonema
Capítulo 14 - O beijo
Capítulo 15 - Lívia
Capítulo 16 - Sem rumo
Capítulo 17 - Surpresa
Capítulo 18 - Reconciliação
Capítulo 19 - Pizza
Capítulo 20 - Xixi
Capítulo 22 - Hora da verdade
Capítulo 23 - Quem é o pai?
Capítulo 24 - Social
Capítulo 25 - É você?
Capítulo 26 - O ogro de bom coração
Capítulo 27- Um novo dia
Capítulo 28 - Bola de demolição
Capítulo 29 - Domingo
Capítulo 30 - O diario
Capítulo 31 - Ciúmes?
Capítulo 32- Um sentimento sem rótulos
Capítulo 33- O peso do passado
Capítulo 34 - Sexo ou amor?
Capítulo 35 - Desisti
Capítulo 36 - Jornal
Capítulo 37 - Uma nova chance
Capítulo 38 - O hospital
Capítulo 39 - Laura
Capítulo 40 - Samatha
Capítulo 41 - Ultrassom
Capítulo 42 - 6 meses depois
Capítulo 43 - 9 meses de gestação
Capítulo 44 - Embriagada de saudades
Capítulo 45 - Laura e Lívia
Capítulo 46 - Lara
Capítulo 47 - Agentes investigativos
Capítulo 48 - Sitio em Petrolina
Capítulo 49 - Você ainda a ama?
Capítulo 50 - Festival de balões
Capítulo 51 - O plano
Capítulo 51 - O plano -bônus
Capítulo 52 - EUA
Capítulo 53 - O passado
Capítulo 54 - Clara
Capítulo 55 - Parte final

Capítulo 21 - Análise clínica

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By Lanny_Ferreira

Melissa

**

Eis que quando o sol surgiu para cumprir o seu expediente , acordei com a maravilhosa visão de Eduarda do outro lado da cama, coberta por lençóis, perdida em meio aos travesseiros. Tentei desvencilhar-me sem acorda-la, fui até o banheiro, olhei-me no espelho e quase entrei numa crise existencial ao ver o estado do meu cabelo... Até mesmo um leão tem a juba menos embaralhada que meu cabelo. Sorte a minha Eduarda ainda estar dormindo, caso contrario, ficaria assustada ao se deparar com a minha imagem logo pela manhã.  Me despi, segui para o box e liguei a ducha para um banho matinal. Flash de memoria da noite passada percorriam meus lábios com um sorriso. A vergonha fazia morada em mim todas as vezes que eu lembrava do ocorrido na madrugada de ontem. Saindo dos meus devaneios matinais, peguei a toalha para secar meu corpo e segui para o quarto.

Naquela manhã eu estava decidida a oferecer um novo rumo a minha vida: assim que Eduarda saísse para trabalhar, eu também sairia em busca de um apartamentos, mas antes eu teria que passar no laboratório de análises clínicas. Droga de exame de gravidez... Como pude ser tão tola ao ponto de deixar isso acontecer? Logo eu que sempre usei e abusei de métodos preservativos. Não posso acreditar na hipótese de uma gravidez nesse momento da minha vida. É fato que minha menstruação está há quase dois meses atrasada, mas meus ciclos menstruais nunca foram regulares mesmo... talvez haja uma luz no fim do túnel. Nem sei mais a qual dos deuses rezar, já implorei a tantos diferentes... Eu definitivamente não acho que esse seja o melhor momento para ter um filho(a) se é que em algum momento será um "bom momento" para mim. Olhe para mim Deus? Ex-garota de programa, desempregada, sem casa, morando de favor, sem dinheiro (tirando as poucas economias que restou em anos de trabalho), como vou criar um filho? Nenhum homem irá querer pagar por sexo quando meu barrigão começar a crescer, e se quer mesmo saber, eu não sei se quero continuar vivendo essa vida devassa. Mas eu já tentei por vezes conseguir um emprego nesta cidade e nada, só um milagre para que eu conseguisse agora. No entanto, quem dará emprego para uma jovem grávida? A pior parte de tudo isso é que meu filho vai crescer sem pai... Eu estou com medo de ir fazer esse maldito teste que mudará por inteira a minha vida... No fundo eu já sei o resultado, depois dos mil testes de farmácia que fiz ainda quando morava na pensão, é obvio que não é provável erros iguais em tantas marcas diferentes. Só me resta aceitar e rezar, pois como diz a lenda: a esperança é a ultima que morre e a fé move montanhas. Nada como um teste definitivo em uma clinica de renome para tirar todas as minhas dúvidas.

Saindo do meu absorto de pensamentos, me deparei com a imagem de Eduarda sobre a cama, ainda dormindo sossegadamente. Pensei em acorda-la, mas antes que eu tomasse uma decisão seu celular tocou de forma ensurdecedora alarmando. Por certo já era hora de levantar para o serviço. 

— Puta que pariu! Tenho que trocar a porra do toque do meu alarme ou qualquer dia desses ele me mata do coração. — falou parando o toque do alarme, esfregando os olhos e se espreguiçando.

— Bom dia bela adormecida! Fico tão feliz que tenha acordado de tão bom humor...— sorri ironicamente enquanto ela me olhava com aquela cara lindamente amassada e cabelos desajustados. — A água está uma delicia... Sugiro que tome uma ducha enquanto eu preparo um café da manhã pra gente... tenho certeza que seu humor ficará bem melhor depois disso. — lancei a ideia enquanto ela caminhava até o banheiro e eu me vestia em seu quarto... 

— Não é mal humor Melissa... O nome disso é TPM. — resmungou batendo forte a porta que separava o banheiro do seu quarto. 

Segui para a cozinha na intenção de preparar um café quentinho para melhorar os ânimos de Eduarda... Mas ela nem sequer notou meu esforço de agrada-la e desceu apressadamente, pegando uma maçã que estava sobre a mesa, a chave do carro, ajustando o blazer em seu corpo e seguindo em disparada para a redação. Tentei pedir um pouco de paciência de sua parte, mas ela afirmou que com mais um minuto de atraso que fosse, sua chefe jararaca a mandaria embora. 

Sozinha naquela cozinha, aproveitei para tomar uma dose de coragem entre um gole e outro de café. Eu estava decidida a ir até a clinica. Se fosse para sofrer que fosse por uma certeza e não por uma suposição. Se bem que depois daquele enjoo na noite passada, tá cada vez mais difícil acreditar na margem de erro dos exames de farmácia. Peguei minha bolsa e segui meu caminho em destino a algo que mudaria por completo a minha vida.   

Rafael

**

Acordei varado de fome e aquele puto não deixou porra nenhuma para que eu possa me alimentar. Ele sempre deixa, todos os dias antes de ir trabalhar ele vai até padaria e volta com o suficiente para nós dois. O que deve ter acontecido de diferente hoje? Certamente a farra de ontem fez ele acordar mais tarde que de costume e para não se atrasar no serviço, me deixou sem alimentação digna.. Ou pior, talvez o cretino nem tenha dormido em casa.  Dane-se os motivos dele, melhor eu me vestir e correr até a padaria antes que não sobre nada para mim. 

(...)
Eu odiava vir até a padaria porque na verdade eu nunca sabia o que exatamente escolher. Tantas opções maravilhosas expostas naquele balção, escolher uma apenas era uma tarefa quase impossível. No entanto, levando em conta que eu não podia perder anos naquela fila, resolvi pedir um cappuccino com recheio de chocolate, acompanhado de rosquinhas e uma tapioca amanteigada. Peguei minha bandeja repleta de gostosuras e acomodei-me na ultima mesa daquela padaria. 

  — Rafael, é você? —  ouvi a voz suave de alguém que estava na mesa vizinha e virei meu rosto para saber de quem se tratava.  Tentei buscar em minha memoria de onde eu conhecia essa voz, mas minha tentativa falhou. Me limitei apenas a sorrir como se de fato tivesse lembrado de sua fisionomia. 

 — Sente-se aqui comigo?Vejo que também está sem companhia e não te custará nada fazer companhia a uma velha conhecida.  —  ela não precisou de muito para me convencer... Afinal de contas não é sempre que recebo o convite de uma moça bonita para um café. Acomodei novamente minha bandeja sobre a mesa e sentei-me. 

  — Então Rafa... Como vai a vida? Faz tempo que não nos falamos. Perdi o contato com quase todo mundo do seu grupo de amigos... Como vai Guilherme? Rômulo? Clara? Eduarda? 

Puta que pariu! Quem era aquela mulher que sabia tanto sobre meu ciclo de amizade? Eu tentava a todo custo reconhece-la, seu rosto de fato não me era estranho, mas eu não conseguia lembrar de onde...  

  — Seria muito indelicado de minha parte perguntar seu nome? Eu sinto que sua fisionomia não me é estranha, mas não estou de fato conseguindo lembrar de onde nos conhecemos.  — tentei ser o menos escroto possível. Odeio o fato de ter uma memoria tão ruim!

— Sou eu Rafa... A Samantha! Você me contratou há um tempo atrás para ser a sua namorada de faxada em uma viagem... Lembra? É completamente proibido importunar clientes da forma que estou fazendo, sei dos termos de responsabilidades do contrato e tudo o mais, no entanto te vi sozinho e resolvi te convidar para um café em minha companhia para batermos um papo.

— Caramba!!! Acabei de lembrar... Você ainda trabalha para a tal agencia? — interroguei enquanto mordia a minha tapioca amanteigada. 

 — Já fazem anos que sai de lá. Estou trabalhando atualmente numa agencia de viagens e agora tudo que me resta do passado são lembranças vagas. Mas você não me respondeu.. Como anda os outros? — ela parecia mesmo disposta a ouvir sobre os últimos acontecimentos durante esse tempo que esteve longe.   

— Bom, começando por Gui e Rômulo, eles estão separados há algum tempo... Rômulo está atualmente em uma viagem para fora do país a trabalho. Retomou a todo gás e vida de modelo. Guilherme passou a viver sua vida entre dedicar-se a boates, festas, baladas e trabalho.. ahhh sem esquecer de regar tudo isso a machos sarados e muitas bebidas. Eduarda e Clara não estão mais juntas... é triste te dar essa noticia, afinal sei que vocês eram extremamente amigas, mas Clara morreu. — falei com um pesar.

 — Como assim morreu? —  ela dizia perplexa e parecia não acreditar no que eu estava dizendo.

Naquela manhã o papo foi longo... A deixei a par de tudo que havia acontecido nos últimos tempos e fiquei a par de coisas de sua vida também, como por exemplo o histórico dos seus últimos relacionamentos conturbados. Trocamos números e ela me fez jurar antes de ir embora que não sumiríamos e nem perderíamos o contato. Incrivelmente ao ir naquela padaria, eu não imaginava que iria encontrar alguém da qual eu nem lembrava, mas confesso que eu estava feliz por isso.  É bom sentir que tenho algo próximo de um amigo. 


Melissa

**

À amostra do meu sangue já foi retirada. Me garantiram que o resultado sairá em algumas poucas horas, mas a minha ânsia por certezas já domina cada espaço do meu ser. É surpreendente o fato do que é possível detectar o HCG, hormônio presente na gravidez, apenas através de uma amostra sanguínea. É mais surpreendente ainda, saber que talvez exista um ser vivo crescendo dentro de mim.  Impacientemente eu me encontrava naquela cadeira da sala de espera... até que finalmente ouvi uma senhora de aproximadamente 60 anos chamar meu nome. Ela pacientemente sorriu, pediu minha identidade e após comprovar a veracidade da minha identificação, entregou em minhas mãos um envelope: era finalmente o maldito resultado. Sem pensar duas vezes, antes mesmo de por os pés para fora daquela clinica, tive a certeza da qual eu tanto temia: POSITIVO.

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