JENNY MILLER
Desperto sentindo o calor do sol bater contra o meu rosto. Abri os olhos devagar sentindo um corpo quente em cima do meu.
Olho para baixo vendo Perséfone agarrada com força em meu peito e corpo. Passo meus olhos por seu rosto vendo suas feições calmas.
A empurro um pouco até que esteja de lado e eu do mesmo jeito.
Coloco novamente o bico do meu peito em sua boca a fazendo parar de resmungar.
Levo minha perna para cima do seu quadril e trazendo mais pra perto.
Suspiro fundo não querendo pensar o porquê de está fazendo isso.
Olho para o seu rosto sereno vendo o quão linda ela é.
Levo meus dedos aos seus cabelos que estavam caindo no seu rosto enquanto ela mama calmamente.
Estou começando a sentir um pequeno e muito pequeno sentimento por ela, mesmo que Perséfone seja desse jeito, tipo durona e ser do tipo "sem relacionamentos".
Mas mesmo assim eu acho que ela merece coisa melhor, não uma garota cheia de inseguranças. Ou será que eu consigo ter um relacionamento que a pessoa não me traia?.
Será que consigo amar outra pessoa depois do que aconteceu?
Será que essa pessoa poderia ser a Perséfone?
Eu gostei de ontem, dela ter me apresentado sua família e depois ter me dado banho. Aquilo foi um ato totalmente seu, eu não pedi para que ela fizesse aquilo.
Será que ela está nutrindo um sentimento por mim? Não. Perséfone Scott não sente amor, ou eu estou enganada?.
Passo meus dedos por seus lábios que formam um biquinho enquanto mama.
Olho por cima do seu ombro o relógio em cima da cômoda, merda já é quase meio dia.
Lentamente eu tiro o mamilo de seus lábios carnudos a fazendo choramingar.
É, ela gosta do leite.
— Perséfone! — a chamo uma única vez e não preciso chamar mais, pois ela desperta com uma cara brava.
— Porque você fez isso? — ela reclamou tentando colocar novamente o meu mamilo na boca.
— Temos que levantar são quase meio dia — digo e ela bufou se sentando na cama e pegando o seu celular.
Eu entreguei pra ela ontem quando fomos dormir.
— Está tudo pronto, vamos tomar banho depois do café da manhã eu quero te levar em um lugar — diz se levantando da cama só com uma calcinha.
Porra eu já disse que essa mulher é gostosa?.
Me levanto e me aproximo por trás dela. A abraço levando imediatamente minhas mãos para os seus peitos. Tão macios.
— Está safada hoje любовь — franzir o cenho me lembrando dela ter me chamando várias vezes disso ontem.
— O que isso significa? — pergunto curiosa a fazendo rir e me puxar para a sua frente.
— Quer mesmo saber? — assinto arqueando uma sobrancelha.
- Amor, любовь significa amor.
Olho para a sua face a examinando, ouvindo cada palavra dessa frase que ela disse.
Amor.
Eu já tinha escutado ela me chamar assim, mas agora parece diferente, parece que ela está falando de outro modo e não provocativa.
— Amor? Porque? — questiono a olhando nos olhos.
Eu quero saber. Eu tenho algo dentro de mim que precisa saber.
— Nada. Não, eu não sei Jenny, às vezes... isso é tão confuso pra mim — ela dizia e eu ouvia sua voz trêmula.
— E pra mim? Você não acha que pra mim também não é?
Olho para a mesma que respira fundo fechando os olhos e se sentando na cama.
Me posiciono na sua frente segurando as suas mãos. Respiro fundo não acreditando que vou perguntar isso.
— Perséfone, você está começando a nutrir algo por mim? Fale a verdade.
Observo ela abrir os olhos e me olhar com um olhar perdido e confuso.
Aperto segurando suas mãos olhando bem no fundo dos seus olhos... e eu já saiba a resposta.
— Eu sabia — digo com um pequeno sorriso e ela me olha com uma sobrancelha arqueada.
— O que? Como assim?
— Você não me deixa em paz desde do dia que eu pisei na faculdade — digo a verdade sorrindo enquanto mordo os lábios.
Vejo a mesma revira os olhos e me empurra na cama logo em seguida subindo em cima do meu corpo.
— Eu não acredito que você acabou de "admitir" que gosta de mim, em um quarto e com nós duas com os peitos de fora — digo e rio quando ela olha para os meus peitos rindo também.
— O que? Quer que eu me declare em um jantar romântico? — questionou com uma sobrancelha arqueada e nego.
— Não. Eu gostei desse jeito.
— Okay, mas você não me disse nada recíproco — ela me lançou um olhar cerrado.
— Quer que eu admita que estou também começando a nutrir algo por você? — ela assente cruzando os braços.
— Não. Não estou afim — digo e a empurrando para que caia no meu lado na cama e corro pra banheiro sendo seguida pela mesma.
Tiro a única peça de roupa que tinha no corpo e entro debaixo da chuveiro.
Suspiro sentindo a água bater contra meu rosto e sinto seus braços em volta do meu corpo.
— Espero que goste do lugar que eu vou levá-la — disse passando os sabonete em meu corpo e me arrepiei com seu ato.
— Podemos ir depois? Quero pintar suas unhas antes — digo recebendo um olhar desconfiado dela.
— Pensava que tinha esquecido disso — falou e nego rindo.
— Vou pintar depois do café da manhã.
• • •
Ando pelo corredor qual Perséfone tinha falado que era o quarto da Athena.
Avisto uma porta com uma placa que tinha escrito "Não perturbe, ao menos se você for a Lana del Rey"
Mordo os lábios pensando se bato na porta ou não.
— Pode entrar Jenny! — escuto a mesma gritar e franzo o cenho confusa.
Abro a porta entrando devagar vendo a mesma com os fones de ouvido, e um livro na mão.
— Como você sabia que era eu?
— Perséfone me mandou uma mensagem — diz e assinto vendo ela indicar a cama pra me sentar.
Me sento olhando ao redor, vendo fotos da Lana Del Rey e frases em todos os cantos de diversas músicas dela na parede.
— Você é muito fã da Lana — digo uma afirmação e ela rir.
— Sim, a cinco anos — fala e morde os lábios.
— Bom, o que você e a Perséfone tem? — volto meu olhar pra ela confusa.
— Bem, nós duas... nós duas estamos bem, na verdade estamos meio que tentando algo — explico ganhando um olhar surpreso dela.
— A Perséfone está cogitando ter um relacionamento?! — perguntou boquiaberta.
— Por que isso é tão estranho pra vocês?! — pergunto intrigada.
— Não é nada, só é estranho logo Perséfone Scott está cogitando ter um relacionamento. Eu achava que ela tinha medo de alguém partir o seu coração, por isso ela é aquele tipo de garota que pega mas não se apega.
— É, foi exatamente isso que me disseram quando eu a olhei pela primeira vez, mas eu acho Perséfone uma pessoa que tem o potencial de ter um relacionamento, ela só é muito orgulhosa pra querer entender isso.
— Vocês duas... quer dizer, ela disse que você também é muito orgulhosa — fala e enrugo o nariz.
— Okay, ela pode está certa, mas só um pouco, ela é muito mais — digo deixando um pequeno espaço entre o indicador e o polegar.
— Certo, se você diz, mas enfim vamos tomar o café da manhã? Elas já devem está cansadas de nós esperar — fala e assinto rindo e a olho lembrando o que vim fazer aqui.
— Ah! Eu queria saber se você tem algum esmalte rosa — questiono e ela enruga a testa olhando para as minhas unhas.
— Vai mudar a cor das unhas? — perguntou se levantando e voltando com uma maleta média.
Nego olhando minhas unhas pintadas de azul que antes de vim.
— Não, só quero escolher um tom de rosa para pintar as unhas da Perséfone — digo quando ela abre a maleta e meus olhos brilham.
Ela tem esmaltes de todas as cores, rosa, azul, verde...
— Espera um pouco! Você quer um esmalte rosa para pintar as unhas da Perséfone?! — perguntou indignada e assinto.
— Isso, ela me deixou pintar com a cor que eu quisesse e eu escolhi rosa — pego um esmalte com um tom de rosa que me chamou a atenção e escutamos a porta do quarto bater.
— Jenny! Jenny?! — escuto Perséfone me chamando e reviro os olhos escutando a risada da Athena.
— Sua guarda-costas veio te buscar — fala e enrugo o nariz indo abrir a porta, mas antes coloco o esmalte no bolso da calça.
— Ah! Você está aí! Pensava que não ia descer mais — diz de imediato colocando a cabeça para dentro do quarto quando eu abro a porta.
— Eu já ia descer, não precisava ter vindo — digo e ela revira os olhos me puxando e revirando meu corpo.
— Eu estou bem Perséfone, sua irmã não me comeu — digo recebendo uma careta.
— Bom dia irmã! — Athena a cumprimenta sorrindo.
— Bom dia. Vamos Jenny você não comeu nada ontem, só aquele bolo que meus Deuses! Não é nada saudável — ela me puxa pela mão não me dando tempo de falar.
Sinto outra mão ser entrelaçada e olho para Athena que está com um sorriso travesso.
— Athena... — Perséfone fala seu nome em forma de repreensão.
— Eu não fiz nada.
◇◇◇
– Me desculpe qualquer erro!
xoxo ☆