Alguns minutos antes da misteriosa buzina começar a tocar
Em Alexandria, Liz ajudava Carol em alguns afazeres em casa, como cozinhar e cuidar dos bebês. Carl havia passado a perna na menor, falando que ia no banheiro quando na verdade estava planejando jogar videogame, então agora, além de cuidar dos bebês, ela estava puta.
- Aquele pedaço de côco! - ela reclama, limpando a bancada - Ele me deixa aqui sozinha! Cuidando de dois bebês!
- Bom, você não está totalmente sozinha - Carol diz, tomando um chá em frente a janela.
- Você entendeu, Carol - a menina se joga no sofá, suspirando - Eu deveria estar estudando agora! Mas não, tenho que cuidar dos bebês por que aquele rato, cagão e picareta esta jogando videogame! Videogame!
- Pobre Elisangela... fumando denovo - Carol resmunga, demonstrando não dar a minima aos devaneios da morena.
- O que você tá fofocando ai? - Liz vai até Carol, observando uma mulher fumar pela janela - Que desinteressante.
No mesmo instante, um homem desconhecido passa arrastando o facão na perna da mulher, que cai no chão no mesmo instante.
- Isso é interessante!
Do andar de cima, Carl, que observava a janela enquanto jogava videogame, chama Jack para ver o mesmo.
Descendo do andar, os dois caminham até Liz e Carol.
- Estão vindo por toda parte - o Grimes diz, com um Rifle na mão.
- Fiquem aqui e cuidem da Judith e do CJ, eu vou lá ver o que está havendo - Carol diz, andando até a porta.
- O que? Carol, não! - Liz para em frente a grisalha - Você não pode fazer isso, é arriscado demais!
- Vocês ficam aqui dentro, fim de conversa.
- Não - Jack diz, pegando uma arma - Vou tentar ver onde e como as crianças estão, Carl e Liz ficam aqui.
- Jack, você-
- Eu não vou morrer igual meu irmão e meu pai, Carol - ele abre a porta - Vamos!
Assim, os dois saem da casa, deixando os dois morenos e os bebês juntos, com apenas uma arma como proteção.
Carol reclamava mentalmente da coragem e estupidez repentina do garoto, e certamente relacionou isso como uma forma do mais novo se aproximar da personalidade "brava e corajosa" de Kenny, segundo sua percepção.
Jack, que corria para casa de Jessie sem sequer saber o por que estava tentando agir diferente de seu normal, entra pela porta da frente, gritando o nome da mulher de imediato.
Subindo as escadas, ele tromba com ela, que fazia um sinal para que ele ficasse em silêncio.
- O que faz aqui? Você precisa se esconder, agora!
- Sam e Ron estão bem? Você está bem?
- Sam está escondido lá em cima, mas ainda tenho que procurar por Ron - um som de vidro sendo quebrado chama a atenção dos dois - Droga, vem!
O impulsionando para cima, o loiro procura o quarto do mais novo, o vendo se esconder no armário.
- Jack! Onde tá minha mãe?
- Eu to aqui - ela aparece atrás do loiro, o empurrando para dentro do armário junto de Sam, e se trancando lá dentro.
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Do outro lado da rua, Carl segurava o Rifle apontando-o para porta, justo quando alguém tentava entrar. Ele esperava que fosse algum invasor, mas, pelo que observou, o comportamento dos inimigos era mais semelhante com arrombamento e destruição de propriedade.
Ao supor que deveria ser algum morador em perigo, Liz vai contra a vontade de Carl e abre a porta, revelando Enid, que entra rapidamente, ajudando a amiga a trancar a porta em seguida.
- Você tá bem? - Liz corre em um abraço a ela.
- Sim - ela anda até a sala, onde Carl estava - Elliot está aqui? Eu tenho que dizer tchau.
- Tchau? Não, você fica - Carl ordena, autoritário, enquanto olha as janelas - Fica olhando a porta de trás enquanto Liz olha da frente e eu fico aqui na sala.
- Eu vou pro lado de fora dos muros - ela teima, encarando o rapaz de forma afrontosa.
- Enid, não! - Liz corre até ela novamente, segurando seus ombros, a forçando olhar para si - Olha, eu odeio concordar com o Carl mas ele tá certo! Sair agora é sentença de morte! Estamos sendo atacados e nem sabemos por quem... E olhe, eu não sei onde está Elliot agora, mas te garanto que se ele estiver com Daryl, vivo ele voltará!
Uma buzina bizarra começa a tocar desenfreadamente, fazendo Carl pensar em como isso atrapalharia a missão em que Kenny estava, ficando apreensivo em pensar que ela estaria em perigo.
Inconscientemente, uma tremedeira situada em sua mão começa a faze-lo perder controle sobre seu rifle, que acaba caindo de sua mão.
- Carl? - Liz caminha até ele, tocando em seu ombro e chamando sua atenção - Você tá bem?
- Elliot e Kenny... - ele olha através da janela, imaginando diversos possíveis cenários de perigo e morte eminente qual seus amigos poderiam estar enfrentando nesse momento - Essa buzina vai acabar atrapalhando eles.
- Kenny está com Glenn, e Elliot com Daryl - diz o que ele já sabia, fazendo-o virar-se para ela, tentando entender o objetivo de tal sermão - Se Kenny estivesse aqui, ela provavelmente bateria em você e diria "Para de ser mariquinha, não vamos morrer, Carl, nós não morremos!"
O garoto consegue escutar a voz de Kenny soando tal frase em seu subconsciente, o que o acalma de certa forma. Ele agradece a amiga pela ajuda e apoio, e logo depois, puxa sua arma novamente, voltando a ação.
Do outro lado de Alexandria; não muitos minutos depois da sirene ter sido acionada, Morgan, que havia se dissipado da missão do bando, chega até este determinado local, desligando o maldito e atrativo som.
Aliss, que estava próxima ao local, caminha até ele, tentando recuperar o fôlego depois de sair as pressas da torre de vigilância, que por sinal, havia sido atingida pelo caminhão da buzina.
- O que aconteceu? - Morgan pergunta a loira.
- Alguém, algo, eu não sei bem! Um grupo invadiu o muro, estão matando pessoas, são como selvagens - ela põe as mãos nas têmporas, as amassiando, e tentando se acalmar após de ver tantas mortes de pessoas conhecidas.
- Nós precisamos entrar lá - Morgan diz, a ajudando a se recuperar, e caminhando junto a ela até os portões de Alexandria.
- Como andava o treino lá na pedreira? - pergunta, abrindo o portão e adentrando no local.
- Você tem interesse em saber da pedreira ou saber como suas filhas está se saindo?
- Segunda opção.
- Ela está bem. A pedreira rompeu antes que terminássemos de preparar tudo, mas o quadrante de lá se deu bem e... - eles veem um invasor cair morto ao chão, atrás dele, estava Carol, disfarçada como um deles.
- Os outros voltaram? - a grisalha pergunta.
- Não, o caminho a pedreira se abriu, tivemos que iniciar a missão antes do esperado.
- Estão fazendo agora? Ó céus... - ela suspira, olhando para o céu atônita.
- Carol, onde está CJ? - Aliss pergunta à grisalha, tocando em seu ombro.
- Está seguro, ele e Judith - tranquiliza - Carl e Liz estão cuidando deles, não se preocupe.
- Obrigada, Carol, muito obrigada! - a loira diz, saindo dali.
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Liz observava o caos pela janela. Pensar que Alexandria estivesse prestes a ser destruída a assustava, e muito, mas ela não queria deixar isso transparecer.
Kenny sempre compartilhou sua filosofia destrutiva a garota. Mas, a morena sempre se mostrou totalmente contra a isso. Achava que, pensar que todo e qualquer lar fosse destruído por seu grupo era mentira, e o maior dos pessimismos. Ela e a Anderson sempre acabavam discutindo sobre o assunto, pois a mais velha, insistia em dizer que Liz apenas havia visto as ruínas da prisão, e não as de outros cenários, como o acampamento, a fazenda, e mais alguns.
Mas agora, Liz estava começando a acreditar na tese de sua amiga, contudo, ainda sim, com uma visão um pouco mais positiva. O que era necessário no momento, afinal, estavam à beira do colapso.
Ela via diversas pessoas conhecidas serem mortas, mas não ameaçava sair para ajudá-las. Afinal, estava com medo. Suas habilidades em combate sempre foram escassas, mesmo com muito treino e dedicação. Ela sabia o básico, mas jamais poderia se comparar a Kenny, Elliot e Carl em artigos de força física e habilidades com armas. Tudo que Liz sabia, era ser uma menina inteligente e observadora. E certamente, sensata. Tamanha sensatez, que a fez manter-se em casa, evitando ser um estorvo para qualquer um que ameaçasse salva-la.
No entanto, sua sensatez se esvaiu completamente ao ver Ron numa situação de vida ou morte. Abdicando do bom senso, ela não exita em pegar sua pistola, e atirar no invasor que o ameaçava. Atirando em sua perna, e depois em sua cabeça. O rapaz loiro, ainda atarantado por acabar de quase aer assassinado, olha para morena, que estava dentro de sua varanda.
- Venha pra dentro! Vamos te manter a salvo - ela diz, fazendo um sinal de mão para o rapaz, o apressando.
Por um instante, o rapaz cogitou a possibilidade de entrar ali e ficar seguro, mas ao ver Carl na porta, ele recua, imaturamente.
O Grimes, tenta ir atrás dele, mas é segurado pelas duas garotas.
- Ele não vai aceitar entrar aqui... Não com você - Liz conclui, assumindo o pessimismo.
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Do lado de dentro do armário da casa de Jessie, os três permaneciam trancados.
- Eles estão lá em baixo ainda - Jack diz, ouvindo através das frestas do armário - Eu vou lá.
- Não, Jack - Jessie o segura - Não vou deixar que arrisque sua vida assim, eu vou.
- Você sabe atirar?
- Hm...
- Nem eu, mas você vai morrer lá embaixo se for sozinha! Eu vou com você, isso não tá em discussão.
"É isso que Kenny faria!" - ele pensa, endeusando sua inspiração mentalmente.
Aiden, seu irmão, sempre o ensinou que mulheres não poderiam ser capazes de sobreviver neste mundo atual; ou bem, não sozinhas. O garoto sempre duvidou disso, até porque, sua figura materna, Deanna, sempre se mostrou forte e capaz de diversas decisões, e ele acreditava que com treino, ela também seria capaz de lidar com zumbis sozinha.
Contudo, ao ver Kenny, uma menina forte, destemida e corajosa, - e da sua idade- , o garoto se sentiu tocado por seus artifícios, e agora, se inspirava nela em suas decisões e atitudes.
- Vamos ou não? - o loiro pergunta.
Suspirando, Jessie assente as condições de Jack, aceitando descer com ele.
- Eu e Jack iremos lá, fique seguro e trancado, está bem? - ela diz para Sam, enquanto Elliot abre a porta.
- Mas, eu não quero! Não quero perder você também, e-
- Vamos lá, Sam! - o loiro se abaixa em frente a ele - Seja corajoso, okay? - ele estende a mão pra o garoto em um "soquinho"
Parecendo ter acalmado o rapaz, ele e Jessie finalmente saem do armário, descendo as escadas calmamente. Mesmo não sabendo atirar muito bem, a loira segurava uma pistola em mãos, enquanto o mais novo, um Rifle.
Debruçados atrás da bancada da cozinha, o loiro vai até uma ponta, enquanto Jessie se mantinha na outra.
Um som de porta tentando se abrir se faz presente, e já que o comportamento mostrado pelos invasores era arrombamento, e não "abrir delicadamente" Jessie deduz que quem tentava abrir era Ron.
- Não abra a porta, Ron! - ela grita para ele, sendo pega de surpresa por um invasor que avançou em suas costas.
Antes que ele pudesse fazer algum mal a ela, Jack atira na cabeça do homem, o tirando de cima de Jessie.
Ron, que havia conseguido entrar, vê tudo aquilo de longe, abismado.
- Você tá bem, cara? - Jack pergunta enquanto corre até ele.
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- Acho que acabou - Carl diz, observando a janela.
- CJ e Judith?! - Aliss aparece pelos fundos da casa - Eles estão bem?
- Estão dormindo lá em cima - Liz diz, acalmando a loira.
- Obrigada crianças- a loira diz, suspirando aliviada e caminhando até cada um deles, checando seus estados físicos rapidamente - O treino da pedreira não deu certo, tiveram que adiantar as coisas lá. Vocês estão bem?
- O que? - Liz soluça, ignorando a segunda pergunta e passando a imaginar os perrengues em que seus amigos estavam metidos agora.
- Merda.... - Carl suspira, tentando evitar ser tomado por pensamentos negativos novamente - Eles vão ficar bem - suspira esperançoso - Eles precisam ficar bem.
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- Você tá bem, Kenny?- Michonne pergunta enquanto corria ao lado do de cabelos pretos, e dos demais.
- Sim! - ela olha para trás, ouvindo o som dos errantes - Mais da metade deles se separaram, estão indo para Alexandria agora - suspira, imaginando coisas ruinsm
- Kenny - Rick a chama, a entregando um Walkie Talkie - Elliot quer falar com você.
Pegando o Walkie Talkie, a garota aperta o botão, escutando um chiado forte, antes que qualquer voz saísse de lá.
- Tudo bem aí? Ainda está dirigindo a moto? - ela pergunta, com um tom maternal.
- As coisas continuam as mesmas aqui... Tome cuidado! Não pudemos nos despedir antes e-
- Não vamos morrer, Elliot - sorri para si mesma - Fique bem, te amo.
Devolvendo o Walkie Talkie para Rick, ela volta a correr no mesmo ritmo de antes.
- Escutem o novo plano! - Rick diz, chamando a atenção de todos ali - Eu e Michonne voltaremos, pegaremos o trailer e iremos atrair eles até onde eles iriam parar, entrarei na frente deles antes deles chegarem.
- O trailer está a 1,5km daqui, eu posso ajudar - uma pessoa aleatória se oferece, disposta.
- Podem ir até Alexandria. eu e Michonne cuidamos daqui, provavelmente precisam de nossa ajuda em casa, vão. Glenn e Kenny, venham também.
Se dissipando dos demais Alexandrinos, os quatro começam a ter uma pequena discussão sobre irem todos ao trailer ou não.
- Kenny e Glenn, vocês vão voltar até Alexandria liderando esse grupo de pessoas, se alguém os atrapalhar, os deixem para trás, apenas voltem para casa, entenderam? - Rick diz, dando as ordens.
Mais uma pessoa é mordida por um errante em um lugar fatal, chamando a atenção dos quatro ali, que correm para finaliza-lo.
A buzina para, em seguida, Rick e Michonne somem de vista.
Agora, Kenny e Glenn lideravam juntos cerca de 10 pessoas, alguns machucados ou desacreditados.
- Se mantivermos esse ritmo chegaremos em casa em alguns minutos - Glenn diz, os encorajando.
- Se não mantivermos, já era né? - Heath pergunta.
- Nós ficaremos bem - Glenn diz - Temos muros por uma razão.
- Mas e aquele som? - Nicholas reclama, olhando para a grama com um olhar totalmente fora de órbita - E se eles atravessaram os muros? Podemos estar voltando por nada! Temos que recuar, e se... e se?
- Você tem outro lugar para ir? - Kenny questiona, impaciente. O rapaz a olha ainda assustado, mas decidido a fechar a matraca.
- Olha, não se preocupem no que aconteceu de errado, se preocupem em como endireitar tudo - Glenn soa, tentando os tranquilizar.
- Iremos acabar encontrando errantes por aí - Heath diz.
- Isso é inevitável, não temos como fugir disso.
Como se a frase de Heath soasse como uma intervenção divina, alguns errantes aparecem a frente. Glenn manda todos pararem sua caminhada, e chama a atenção de Heath e Kenny, para que eles ajudassem com isso.
Na contagem regressiva, eles corre. até os errantes, que ainda estavam virados de costas para eles, e avançam contra suas cabeças, os finalizando facilmente.
Eles haviam deixado claro que ninguém além deles fossem, mas, os Alexandrinos teimam, e acabam se intrometendo no que deveria ser um ataque organizado.
Um homem acaba caindo devido ao recolchitear de uma arma disparada por engano, enquanto outro, é mordido pelas coisas. Outro, correu pra longe covardemente. Enquanto outro, apenas morreu de causas não reveladas.
Kenny corre até o homem que havia levado um tiro na perna, o ajudando a levantar juntamente de Glenn. Ela murmurava diversas reclamações sobre a teimosia dos Alexandrinos, enquanto Glenn apenas suspirava, vendo que não conseguia controlar os devaneios da garota.
Seguindo a caminhada ao longo da floresta, Glenn sugeriu que o grupo encontrasse um lugar para ficar, por causa dos três feridos ali.
Depois de um tempo, eles encontraram uma espécie de centro comercial. Uma pequena cidadela, situada em meio à floresta.
Nicholas, Heath, Kenny e Glenn deixam os feridos ao lado de um carro, para que eles não gastassem tanta energia enquanto os quatro procurassem por um lugar seguro.
Kenny e Glenn se dissipam dos outros dois para irem checar um carro, e o de cabelos pretos vê aquele como um bom momento para debater o que Rick havia dito.
- Olhe, eu quero chegar em casa, e quero te levar também, mas não podemos simplesmente deixar eles sozinhos.
- Eu concordo com você - ela olha para trás, vendo os feridos - Se estivéssemos só com Nicholas eu o deixaria aqui, mas as outras pessoas são boas.. Teimosas mas boas - se vira para Glenn - Eles precisam da nossa ajuda.
- Obrigado - ele abraça ela de lado, se orgulhando do pensamento da mais nova - Vamos.
- Conseguiram achar alguma coisa? - Kenny pergunta a Nicholas e Heath.
- Sem sorte, teremos que voltar a pé - Nicholas avalia.
- Nicholas foi o último a passar por essas bandas, ele pode mostrar o caminho - Heath fala, e Nicholas olha para ele impaciente, como se quisesse que aquilo não fosse revelado.
Kenny olha para Glenn esperando que ele dissesse todos os tipos de nãos do mundo, mas tudo que ele faz é dizer "okay', voltando até os três machucados.
Tendo agora Nicholas como líder da caminhada, o grupo o seguia em meio à pequena cidade comercial fantasma.
A Anderson ainda estava incomodada com o fato do covarde qual ela tão odiava estar assumindo alguma autoridade, mas guardaria isso pra si mesma por agora.
Em uma virada de esquina, eles encontram o homem que os havia deixado para trás no confronto com os zumbis. Este, agora, estava sendo comido pelos mesmos.
Voltando por onde estavam, eles enxergam mais errantes, concluindo que aquela metade do bando que havia se dissipado da fila estivesse caminhando até lá agora.
Percebendo que estavam encurralados, Kenny procura um lugar para se esconder, encontrando uma loja vazia, e manda todos entrarem ali.
Heath fecha a porta e a tranca, enquanto os demais avaliam o local.
Era um petshop abandonado, mas aparentemente, não haviam sinais de nenhum zumbi.
- Faremos o curativo de Scott e Annie, e caímos fora - Glenn diz, se referindo aos alexandrinos machucados.
- Os zumbis estão bloqueando a saída da cidade - Kenny diz, observando pela fresta da janela - Não conseguiremos matar todos eles, então teremos que afasta-los.
- Como se isso estivesse funcionando - Heath murmura.
- Eu estava pensando... - Glenn diz, se aproximando de seu carrapato, Nicholas - Se conseguirmos distrair o bando que se aproxima, eles não irão até a comunidade.
- E como faríamos isso? - Heath pergunta.
- Queimando prédios - Kenny diz - O som e a luz do fogo vão atrair eles.
- Isso vai demorar - Heath conclui.
- Eu posso fazer isso, enquanto vocês fazem os curativos.
- Não - Glenn pronúncia - O plano é meu, eu faço ele.
- Você tem a Maggie, não pode simplesmente ir.
- Você tem o Carl, a mim, ao Rick, e a todo mundo.
- É por isso que eu vou fazer isso! Eu distraio eles e você os leva de volta até Alexandria.
- Não vamos discutir sobre isso, eu vou! Se eu demorar demais você os leva, só você pode fazer isso!
- Você não acha que eu vou ir sem você, né? Não é assim que as coisas funcionam!
- Eu vou encontrar vocês lá. Se eu ficar preso aqui eu vou arrumar um jeito de dizer que estou bem.
- Podemos colocar fogo na loja de ração que tem aqui perto - Nicholas sugere - Ela é seca, pode pegar fogo fácil.
- Eu levo eles pra casa - Heath diz.
- E eu vou com vocês - Nicholas diz.
- Não - Kenny diz para Glenn, esperando que ele recusasse a companhia de Nicholas.
- Só precisamos queimar as casas. Nicholas mostrará o caminho - ele olha para Kenny - Só vamos ver algo rapido - diz, puxando a para um canto da loja.
- Glenn, ele não pode ir com a gente! Aquele cara vai acabar causando nossa morte, e eu não quero ter que deixar ele vivo denovo caso ele faça merda e-
- Toma - ele entrega um relógio de bolso.
- O que é isso?
- Isso pertencia ao Hershel. Ele me deu quando eu pedi a Maggie em casamento, e agora vou dar pra você, só por via das duvidas.
- Via das duvidas? Você não está pensando em morrer né? Você não vai morrer, Glenn! Eu não vou deixar isso acontecer!
- Não vamos morrer, Kenny! - ele diz, com um sorriso no rosto - Apenas quero que fique com isso, está bem?
Olhando para ele com uma feição relutante, a garota pega o relógio.
- Muito bem, bobona.
- Rick - ela o chama no Walkie Talkie - Iremos iniciar um incêndio para distrair os zumbis, vai melhorar seu caminho.
- Vocês estão bem? - ele pergunta pelo radinho.
- Sim, ficaremos bem - ela olha para Glenn, ainda desconfiada - Boa sorte, bobão.
E assim, os três saem da loja, a destino de mais uma missão.
E possivelmente a última.
Como podem ver, esse capítulo focou bastante em personagens secundários, como a Liz e o Jack. Não existe um motivo especial... (ou existe) Mas, só estava anseando trazer o que eles pensam da Kenny, em suas visões um pouco mais imaturas de vida, e também, mostrar como a garota consegue influenciar/inspirar seus amigos.
Gostaram do capítulo? Chegamos aos 10K!!! Eu sequer consigo descrever minha tamanha gratidão a vocês, e por isso, irei postar dois capítulos neste dia! Espero que gostem muito!!!
Amo todos vocês <3