City Lights

Galing kay autorabrunamonteiro

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Para conquistar seus sonhos, Darrell e Rose precisaram um do outro. O problema é que nem sempre os opostos se... Higit pa

BOOK TRAILER
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
capítulo 3
Capítulo 4
capítulo 5
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18 (Parte 1)
Capítulo 18 (Parte 2)
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29 (Parte 1)
Capítulo 29 (Parte 2)
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36 (Parte 1)
Capítulo 36 (Parte 2)
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Epílogo
AGRADECIMENTOS
Aviso importante!!

capítulo 6

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Galing kay autorabrunamonteiro

Rose Clark
_____________________________

— Rose! - Noelle exclama irritada, quando puxo Darrell pelo ombro. Ele levanta expondo os belos seios da minha colega de apartamento. Droga, como pude aceitar morar com ela.

— Se veste, agora! - Ordeno pela segunda vez no dia, jogando a camisa de ambos. A dela caí bem em cima dos peitos, cobrindo a vista desnecessária. - Você também! - Exclamo, com um olhar mortal para ela.

— Você pirou de vez, Rose? Não pode chegar assim...

— Não posso chegar assim? - A interrompo, levantando as sobrancelhas. Como não me surpreendo com isso? - Vocês dois estavam quase se comendo no meu sofá. Não sei se você parou para prestar atenção, Noelle, mas também moro aqui. - Minhas mãos apertam a minha cintura com força, na tentativa de me acalmar.

— Infelizmente reparei. - Retruca ela. Darrell solta um risinho, enquanto veste a camisa. Descrença. É exatamente isso que estampa meu rosto. - Não sabia que estava em casa, tá legal? Achei que estivesse no bar. - Não foi um pedido de desculpas. Está mais para 'a culpa é sua de estar no seu apartamento'.

— Tirei o dia de folga. - Suspiro, exasperada. Com certeza estou descontando um pouco do meu descontentamento diário nos dois. Mas quem liga? Eles merecem muito mais.

Não tinha reparado em Darrell. Ele está lindo, bem mais vestido do que hoje de manhã. O cabelo parece bagunçado propositalmente, a blusa preta cai bem com a calça de moletom. Enquanto o meu moletom não cai tão bem em mim. Pelo menos estou usando uma camisa. Noelle ainda não vestiu a roupa.

— Dá para vestir isso logo. - Aponto para camisa, que está jogada em seu colo. Ela não está mais deitada de costas para o sofá, e sim sentada exibindo os peitos. Se Darrell estava excitado à segundos atrás, não demonstra isso. Ele leva a mão na altura da virilha e ajeita a calça. Noelle não para de sorrir, parece gostar da minha irritação. - Cara, passei o dia todo estressada com a merda de um estágio e você não tem o mínimo de consideração. Mas já deveria estar acostumada. As suas necessidades sempre vem em primeiro lugar, não é princesa? - Explodo em sua direção.

Saiu tudo tão rápido que nem tenho tempo de me arrepender. Me sinto bem mais leve. Precisava fazer isso a tanto tempo. Sua expressão mudou completamente. Aquele sorriso confiante sumiu e só vi a raiva em seus olhos. Na hora que abriu a boca para me responder, a porta da sala se abre e Natalie entra no apartamento. Todos olham para ela. Noelle vira o corpo para encontrar o rosto confuso da sua irmã.

— Que porra é essa? - Naty pergunta atordoada, olhando para a nudez da irmã.

— Que bom que chegou, irmãzinha. Estava prestes a tomar uma decisão que você precisa saber. - Anuncia Noelle, vestindo a camisa finalmente.

O silêncio de Darrell me incomoda. Seria muito mais fácil se ele pedisse desculpas e fosse embora.

— Rose não pode mais morar com a gente. - Continua Noelle. Arregalo o olho em sua direção. Essa garota não conhece a palavra limite. - Nós pagamos a maior parte do aluguel, não precisamos dela. E hoje, vimos que nossa convivência é péssima. Sem falar na falta de respeito.

Calma, falta de respeito? A dela, só se for. Já tivemos desentendimentos, alguns pela comida e outros pela água quente do chuveiro, mas ela sempre sai ganhando. E por um minuto fico com medo de realmente perder o apartamento. No entanto, Natalie, me deixa segura de que isso não acontecerá. Quando a encaro, minha amiga tira o casaco e pendura perto da porta, depois nega firmemente com a cabeça.

— Elle, se acalme. Vamos conversar sobre isso.

— Já tomei minha decisão. - A loira bate o pé no chão, como uma criança mimada.

— Vamos conversar no meu quarto, agora. - Natalie soa calma, pareceu um pedido. Minha amiga tira os sapatos e joga perto do porta casacos, depois anda em direção ao corredor.

Noelle não vai de imediato, mas cede seguindo a irmã. Sem tirar a pose de garota protegida. Quando a porta do quarto de Natalie se fecha, Darrell caí em uma risada contida. Como não sei o que dizer sobre o que aconteceu mais cedo, e como fui embora sem nem falar nada, decido fingir que nada aconteceu. Afinal, não é da conta dele o que acontece entre mim e meu ex.

— Noelle é bem... - Começa ele, mas logo interrompo.

— Mimada. - Digo, me jogando no sofá.

— É, acho que não tem forma melhor de descrever. - Ele faz o mesmo que eu e senta ao meu lado. Tem uma longa distância entre nós, porém consigo sentir seu cheiro amadeirado misturado com cigarro. A marca registrada dele.

— Mas isso não te impediu de se jogar nos peitos dela. - Observo, pendendo a cabeça para trás até encontrar o encosto do sofá. Consigo ver seu sorriso, de soslaio.

— O fato dela ser mimada, não muda o fato de ser gostosa. - Pondera ele, em tom de brincadeira. Viro a cabeça para fixá-lo, fingindo espanto.

— Que babaca! - Acuso. Nesse momento, algo inédito acontece. Nós rimos juntos. Não sei porque baixei a guarda. Acho que estou nervosa. Sei como Noelle é difícil e ainda posso ficar sem casa.

— Te ofereceria um cigarro, mas não sei se ajudaria.

— Só se você quiser que ela me mate mais rápido. - Concluo e volto a fitar o teto.

Não percebo quando ele se inclina no sofá e alcança meu laptop na mesinha de centro. A presença dele ainda me incomoda. Foi bem repentino quando o cara mais comentado na NYU, tirando o time de futebol e hóquei, começou a falar com Noelle. O pior, foi ontem que conversamos pela primeira vez. Não gosto disso. O bom é que, conhecendo o tipo de Darrell, depois que ele transar com minha colega de quarto, vai partir para outra. Aí tudo volta ao normal, e eu volto a desprezá-lo.

— Tá querendo estagiar no New York, com Brandon Johnson? - Ele me pergunta, curioso. Assinto com a cabeça e o observo passar as páginas de pesquisa para baixo.

— Conhece ele? - Brandon Johnson é o editor chefe do New York. No caso eu não trabalharia com ele, e sim para ele. Acho provável que, se conseguisse, ficaria uns dez andares abaixo de sua sala.

— Minha mãe trabalhou no New York. Foi editora chefe um pouco antes dele assumir o cargo. - Arregalo os olhos de surpresa.

A última editora chefe que o New York Times teve, antes de Brandon, foi Jane Davis. Enquanto todas as minhas amigas decidiam qual cantora pop era melhor, eu estava lendo matérias sobre Jane Davis. A mulher é genial. Escreveu matérias sobre todas as áreas. Entrevistou o Barack Obama e a Oprah. Existem vários motivos para estagiar no New York Times, e com certeza um deles é aproveitar o legado que ela deixou. Foram tantas mudanças que nem consigo listar.

— Sua mãe é Jane Davis? - Pergunto, ainda em choque. Ele concorda com a cabeça. - Seu sortudo de merda! - Exclamo. Agora me pergunto se esse garoto aproveita os dons da mãe. Se conhecesse Jane, passaria horas só perguntando várias coisas aleatórias.

— Viu, não sou tão ruim assim. - O sorriso cresceu um pouco.

— Não. Sua mãe é incrível, nada mais. - Argumento. Seu ego já é grande o suficiente, não precisa de mais elogios.

— Ela é mesmo.

Vejo um brilho em seus olhos, mas por algum motivo ele é substituído por uma expressão sofrida. Não deveria falar da família dele de novo. Nem consegui me desculpar pelo que disse mais cedo. Antes que pudesse me desculpar mais uma vez, o celular dele começa a tocar. Fico feliz quando escuto a trilha sonora de seu toque. Sweet Child O' Mine, do Guns N' Roses. Ele atende e tento não escutar a conversa.

— Que foi? - Pergunta ele, para o telefone. Deito a cabeça no encosto do sofá e olho para o corredor, na esperança de escutar a conversa das minhas colegas de apartamento. Se é que ainda moro aqui. - Não sei porra. Vocês realmente querem entrar nesse assunto? Já disse que... Não, não posso ir para casa... Ah, merda. Tá bom.

Quando Darrell desliga o celular, está levemente irritado. Sua postura mudou completamente. Ele coloca o computador de volta na mesa de centro, guarda o celular no bolso e levanta. Com um movimento rápido, passa as mãos no cabelo e respira fundo. Seus olhos castanhos escuros se voltam para mim.

— Pode avisar para Noelle que tive uma emergência? Problemas com a banda. - Explica ele.

— Se eu ainda morar aqui, sim. - Respondo e me levanto.

— Boa sorte. - Acrescenta, passando pelo sofá e buscando o casaco. - Pensa pelo lado positivo. Se não for mais colega de apartamento de Noelle, vai finalmente poder transar comigo. - Ele aponta para o próprio corpo, mostrando o que estou "perdendo" e sorri.

— Dispenso, prefiro aturar a fera todos os dias. - Desdenho com as mãos e me jogo no sofá mais uma vez. Deito de costas para o sofá e fito o teto. E antes que ele feche a porta, acrescento: - Vê se dessa vez você não volta.

Escuto o seu riso e fecho os olhos satisfeita. Pelo menos sei que será a última vez que nos veremos. Não sei quanto tempo se passa, fico de olhos fechados esperando uma das irmãs saírem pela porta do quarto. Quando Natalie volta para sala, sinto um alívio. Ela não parece prestes a me mandar embora.

— Dessa vez você se safou. - Ela suspira, antes de sentar na poltrona ao lado do sofá. - Por que ela tem que ser tão complicada?

— Não sei, pergunte aos seus pais. - Viro de leve o rosto até fixá-la. - Obrigada, prometo não chamar sua irmã de princesa de novo.

— Isso será bem útil da próxima vez. - Ela sorri, e fico mais aliviada ainda. Naty não está chateada comigo. Sei que ela não gosta de confrontar a irmã e se fez isso hoje é porque me ama.

— Não terá uma próxima vez. - Garanto, retribuindo o sorriso. - Mudando de assunto... Como foi com Ethan?

Ela suspira. Não algo cansado. Está mais para... satisfeito?

— Transamos tanto hoje. - Confessa ela.

— Eca... Eu não queria saber dessa parte.

— Desculpa, mas é o que importa afinal. - Ela joga os pés sobre a mesa de centro e quase derruba meu computador. - Acho que só damos certo nisso. Sexo. - Diz, cabisbaixa.

A partir daí, minha amiga confessa tudo sobre a falta de proximidade com o namorado. Fala até sobre como pensa em terminar. Isso vindo dela realmente me surpreende. Ela já aceitou muita coisa vindo de Ethan. Tenho bons motivos para não gostar do cara. Mas Naty passava por cima de tudo, só para tê-lo por perto.

— Parece que só existe atração física, sabe? Nada de profundo, só sexo e sexo o tempo todo. - Concordo com a cabeça.

Sei exatamente do que ela está falando. Sexo para mim vai além do físico. Demorei seis meses para transar com Tim e eu confiava nele demais. Em minha defesa, tive um péssimo começo. Brain, meu primeiro namorado literalmente me fodeu. Depois da minha primeira vez, e de não sentir nada além de dor, senti aquela sensação de ontem, sujeira. Ele ficou meses comigo só para me levar para cama. E nem estou exagerando. Escutei isso da boca dele. Fico um pouco aliviada em saber que Timothy se importava comigo. Se importava tanto que acabou dando errado.

Não posso dizer que passamos por essa fase do só sexo no nosso termino. Ficamos semanas sem fazer nada. Algumas vezes dormíamos juntos, mas não rendia muito. Nós estudamos muito. Ainda tinha o meu trabalho que não ajudava nem um pouco. Fico no Riger de quarta a sábado, às vezes pegando mais cedo e saindo antes da madrugada. Às vezes saindo duas da manhã. Nessa semana pude usar duas das minhas quatro folgas acumuladas. Porém, quando namorava Tim, nem pensava nas folgas. Só pensava nas gorjetas.

Timothy não é tão tolerante quanto parece e odiava o meu trabalho. Como pode demonstrar hoje, é bem ciumento. Por isso, sei que quando decidir conversar com ele, algo vai dar muito errado. Estou cada vez pior com essa história. Mais uma coisa na minha lista de afazeres da semana:

Tomar coragem de conversar com meu ex, e tentar entender que não fiz nada de errado dormindo com ele.

Mesmo que tenha feito.

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Aqui serão postados todos os avisos da autora referente a história Grávida do Viúvo e muito mais💋