Um novo dia tinha começado, eu pedi o resto do dia de folga para os dois, precisava colocar minha cabeça no lugar. Entrei em meu mundo para ir conversar com a Addison, ela estava com a lista de ingredientes.
—Bom dia! — Falei a surpreendendo.
—Bom dia. Como você está? — ela perguntou me olhando, apenas sorri levemente.
—Vou sobreviver e você? — ela deu o mesmo sorriso e eu ri.
—Também. Eu estava olhando a lista de ingredientes e muitos deles são raros. Tem umas duas flores que segundo um dos seus livros só floresce uma vez por ano no alto da colina.
—Não acredito. — falei levando a mão ate a cabeça.
—Eu vou cuidar de tudo isso, te aviso quando souber que poderemos pegar os ingredientes.
—Vamos cuidar disso juntas, se for preciso usaremos magia para florescer essas coisas. Preciso de papel e caneta para anotar esses ingredientes. — Addison assentiu e saiu para pegar.
—Aqui está. Como faremos quando acharmos? — ela perguntou enquanto eu anotava.
—Eu vou fazer. — disse sem olha-la.
—O que exatamente? — levantei minha cabeça olhando para a Addison.
—Você entendeu. — ela riu e balançou a cabeça.
—Vai deixar os gêmeos órfãos? Você não pode fazer isso. — meus olhos ficaram marejados de imaginar e então respirei fundo contendo minhas lagrimas.
—Eu comecei tudo isso, Addison. Eu vou terminar.
—Você não tem magia suficiente para isso. Eu tenho.
—Nós temos o mesmo tanto. — dei de ombros.
—Não, eu tenho mais. Eu tenho uma ligação com a Emilia, com o alter ego dela, é por isso que eu sou mais forte que você. Eu vou fazer. — neguei sem a olhar.
—Não vou discutir cm você. Eu vou fazer isso, você pode viver a vida que queria.
—O que o Justin vai achar desse eu plano? — Addison cruzou os braços e eu neguei soltando a caneta.
—Ele não vai saber. Nem você vai. — disse pegando um saco em meu bolso, Addison me olhou confusa. Peguei um pouco do pó e joguei nela, que fechou os olhos.
—Aqui está. —Addison falou e eu sorri para ela.
—Obrigada. Vamos trabalhar nisso. — falei pegando o papel. — Te aviso qualquer novidade sobre os ingredientes.
—Eu também. — Addison falou sorrindo.
[...]
—Você quer que eu localize tudo isso? — Astra perguntou e eu assenti.
—O mais rápido possível.
—Sobre o que é isso? — ela perguntou analisando os ingredientes.
—Da maldição. Talvez seja o que precisamos para acabar com ela. Então, por favor, ache tudo isso, o mais rápido possível.
—Claro, Kylie. — Astra saiu e eu respirei aliviada, fiquei de costas para a porta e então alisei minha barriga, meus olhos ficaram marejados novamente. Eu não podia acreditar que esse seria o meu fim.
Eu não queria que fosse assim. Lutar tanto para acabar morta. Pelo menos seria para salva-los. Odiava admitir que Justin estava certo, eu sempre acabava me matando por alguém. Só que dessa vez ninguém pode me salvar.
[...]
27 semanas completadas e eu tinha passado o tempo de uma maneira estranha para todos, não tinha falado com quase ninguém. Precisei desse tempo para tentar manter a cabeça no lugar.
Já tinha feito tudo do trabalho, agora eu tinha me dado férias. Por isso eu estava sentada no quarto dos gêmeos, tudo já estava no lugar, faltando apenas o enxoval e era isso que eu escolhi sentada em seu chão. Parei de escolher vendo que faltava o principal nisso tudo, os nomes.
Mandei uma mensagem para o Justin dizendo que ele deveria vim aqui imediatamente. Levou alguns minutos ate ele chegar.
—O que aconteceu? — Justin me olhou preocupado e eu sorri.
—Precisamos escolher os nomes. — disse para ele que abriu a boca sem acreditar.
—E isso é uma emergência, Kylie? — sua voz saiu irritada.
—Sei que você também acha que é. Então, senta aqui e vamos escolher os nomes. O que você acha de Derek? Stefan? Não soa como um rei. Quais são os nomes de rei? — perguntei estreitando os olhos.
—Não se escolhe nome assim, Kylie. — Justin se sentou encostado em uma das paredes e fui para o meio de suas pernas, me encostando em seu peitoral. — Você não pode usar emergência assim, Kylie. — Justin falou colocando meu cabelo de lado, apenas dei de ombros.
—Eu li seu livro de nomes, anotei os que você gostou, coloquei uns que eu gostei também. Vamos escolher, ok? Preciso disso para terminar o enxoval.
—Você está bem? — ele perguntou em um sussurro alisando minha barriga.
—Estou. Só quero me distrair, já que me dei férias de tudo.
—Tudo bem. Eu não gosto desses três primeiros.
—Ok — falei apagando os nomes da lista.
Começamos a conversar sobre quais nomes tirar, até termos 5 nomes na nossa lista de menino.
—Ainda temos um de menina para escolher. — disse suspirando, ele riu e puxou minha cabeça para um beijo.
—Vamos focar no menino primeiro. — ele falou e eu concordei, nos beijando novamente.
—Deveríamos ficar com o Johnny. — Neguei.
—Você quer seguir na linha do J? Não quero seguir na linha dos J.
—Então, vamos de Rain. — fechei os olhos tentando me imaginar chamando meu filho de Rain.
—Próximo. — falei, escutando-o suspirar.
—Qual você quer? Só faltam 3 dessa lista.
—Scott? — perguntei o olhando.
—Não! Você não vai colocar esse nome. — ri fraco e assenti.
—Então, sobra Bartolomeu e Harry. — Olhei para o Justin que fitava o tablet. — Ei! Estou falando com você. — disse apertando a ponta de seu nariz, Justin riu.
—Harry Bartolomeu Scherbatsky-Bieber. — ele falou sorrindo. — O que acha?
—Eu amei! — falei animada. — Nem acredito que um já tem nome. — me virei para ele o beijando.
—Agora falta mais uma. — assenti lentamente. Me levantei. — Para onde você vai?
—Eu preciso beber algo e fazer xixi. Tem dois serezinhos pisoteando minha bexiga. —Justin riu e concordou se levantando.
—Tudo bem, vou pedir algo para você beber. — sorri para ele indo para o banheiro. Imaginando o pequeno Harry correndo pelo castelo, meu coração apertou ao lembrar que eu não estaria aqui para ver. Abaixei a cabeça sentindo as lagrimas rolarem, balancei a cabeça e as limpei antes que Justin visse.
Lavei minhas mãos e sai dali. Olhando para aquele quarto, eu tinha evitado pensar que não estaria aqui para vê-los crescer, mas agora, com o nome definido era difícil não pensar.
Os dois berços lado a lado, tinha uma poltrona confortável no meio dos berços. Dos lados tinham cômodas com trocadores, latas de lixo para fraldas.
—Aqui está seu chá. — Justin falou entrando com a bandeja. — Pronta para escolhermos o nome da nossa menina?
—Claro. — Enxuguei rapidamente as lagrimas e me virei para ele.
—Fez uma lista com o nome para ela também?
—Fiz sim, vamos ver, depois do chá, claro. — sorri para ele que colocou a bandeja no chão, me sentei e ele se sentou na minha frente.
Servi nosso chá e enquanto bebia observei o Justin, cada detalhe do seu rosto, seus olhos e seu cabelo.
—O que foi? — Justin perguntou envergonhado.
—Estou imaginando nossos filhos. — disse dando de ombros.
—Serão perfeitos. — concordei sorrindo, fitei o teto tentando não chorar. — O que está acontecendo? — olhei para ele e neguei.
—Nada está acontecendo. Eu só... Não sei. — sorri para ele tentando tranquiliza-lo.
—Kylie, me conta. — Justin estendeu a mão e eu suspirei.
—Só estou com medo de quando tivermos tudo, ser tarde. — falei me encolhendo.
—Astra está trabalhando com tudo, vamos conseguir. Ainda temos tempo ate eles nascerem. Vamos pensar no nome da nossa menina, ok? — concordei, sorrindo levemente.
—Aqui está a lista. — Entreguei o tablet para ele, que se encostou novamente na parede, com sua xicara ao seu lado, me ajeitei no meio das suas pernas com minha xicara e observei ele mexendo no tablet, vendo os nomes na lista.
Começamos outra conversa sobre os nomes que deveriam sair e ficar na lista, sobrando 5 novamente.
—Se você não gostou do Rain para menino não vai querer summer. — Revirei os olhos.
—Não, Justin. Vamos deixar as coisas na ordem? — ele riu e concordou.
—Então, Elizabeth? — pensei um pouco.
—Não é ruim, mas...
—Você não sentiu, eu também não. — ele suspirou. — Que tal Sofia?
—Sofia Elizabeth? — perguntei, ele negou e eu também. — Hanna? — sorri levemente.
—Hanna Elizabeth Scherbatsky-Bieber. Eu gosto.
—Então, vamos começar a família do H? — perguntei e ele riu.
—Tudo bem, vamos sim. — suspirei rindo com ele. — Pelo menos agora temos os nomes dos nosso pequenos.
—Será que eles vão gostar?
—Vamos perguntar. — disse o olhando, me virei e ele riu.
—Crianças, o que vocês acham de Harry e Hanna? — Justin perguntou alisando minha barriga, os gêmeos se mexeram e eu ri.
—Acho que gostam, ou não. Eles se mexeram.
—Ai meu deus! — Justin falou quando uma mão se sobressaltou em minha barriga.
—Você não sabia que eles se mexiam? — perguntei e ele revirei os olhos.
—Eu sei, mas não assim. Isso deve doer. — Justin me olhou preocupado e eu apenas sorri.
—Um pouco. Isso é tão bom, já termos escolhido os nomes. Agora posso terminar o enxoval deles.
—Você desistiu mesmo da festa? — neguei.
—Não, é semana que vem. Você esqueceu? — perguntei cruzando os braços.
—Não, só que com tudo que aconteceu, achei que você tinha desistido, não falou mais da festa.
—Eu esqueci, mas os convites foram enviados e será semana que vem. — sorri para ele e o beijei. — Vai ser uma festa bem simples.