Capítulo 32

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CAPÍTULO TRINTA E DOIS - ASSASSINO?

Meu celular marcava 8:43 da manhã, eu já estava em frente a televisão a mais de uma hora.

Suspirei ao passar para o próximo canal. Todos comentando sobre a entrevista que eu e Dylan tínhamos cedido a Ravena na noite anterior. A maior parte dos comentários era a respeito de o quanto eu ainda sou jovem e sobre a possibilidade de eu me tornar modelo de Geysan Luriz. E claro, sobre meu vestido deslumbrante.

Abri um sorriso largo quando começaram a falar dos olhares e sorrisos que eu havia trocado com Dylan. Era inegável o quanto parecíamos apaixonados. Talvez estivéssemos mesmo, pelo menos eu estava.

Os elogios foram interrompidos por um Breaking news.
Mas ainda era sobre mim... ou quase isso.
Passei por cinco canais e todos repetiam o mesmo: "Homem encontrado morto em beco era suspeito de dopar Tayla Moore, noiva do empresário Dylan Basile e futura modelo do estilista Geysan Luriz."

Respirar. Respirar é tudo o que eu preciso fazer. Primeiro inspira, depois expira, inspira, expira, mais uma vez... Eles tinham uma foto dele, provavelmente de algum documento. Eu havia sonhado com ele essa noite. No sonho o que havia acontecido semanas antes se repetia, mas agora eu sabia quem ele era e saia correndo desesperada me chocando com o barman. Acordei atordoada e suada, mas Dylan que estava dormindo ao meu lado não percebeu. Fiz os exercícios respiratórios e cerca de uma hora depois eu conseguir dormir. Não foi o sono mais tranquilo mas eu acordei melhor, mas agora... O rosto dele estava ligeiramente embaçado em meu sonho, porém com a foto dele estampada em todos os jornais era difícil não reconhece-lo. Eu tinha entregado ele a polícia a menos de 48 horas, seria estupidez demais acreditar que era apenas coincidência, mas pelo menos dessa vez eu gostaria de ser estúpida. Seria egocêntrico imaginar que tinham matado aquele homem por minha causa, se tudo indicava que ele havia ferido outras duas mulheres, talvez mais. Mesmo assim, eu havia entregado ele a policia, eu...

Sentir uma descarga de energia percorrer o meu corpo e no segundo seguinte ser drenada, talvez tivesse acontecido o contrario, mas eu não parei de tremer, nem de apertar minhas unhas na palma da mão até ouvir um barulho.

Devia ser Dylan chegando, ele não estava em minha cama quando acordei a uma hora atrás, ele havia... ele havia ido... ele não disse aonde iria, sequer disse que sairia.

Me coloquei de pé no exato momento que Dylan adentrou a sala. Suado e com... sangue?

Ele me olhou, olhou para a televisão e engoliu em seco, os olhos apavorados.
— Tay, eu...

— Me diga que não é o que eu estou pensando.

— Não é, e-eu juro. — ele tocou um corte na testa e xingou baixinho. Notei que sua mão estava toda ensanguentada e cheia de cortes. O Canal 8 informou que o homem havia sido espancado até a morte.

— Então me... me pr-prove. — Eu estava tentando não chorar.

— P-por favor Tayla, não duvide de mim, não novamente. — a voz dele estava falhando, assim como a minha.

— Não tenho outra escolha. — Respirei fundo e sequei a lagrima que caia. — Me prove que esse sangue e esses machucados são causados por outra coisa. — Falei firmemente.

— Você não vai querer ver... Por favor meu amor, só acredite em mim.— Lágrima também escorria dos seus olhos até mais do que dos meus, e eu pedi aos céus para que não fosse de arrependimento, mas... se ele realmente tinha feito aquilo, era preferível que fosse.

— Tenho certeza que nada vai ser pior de que achar que estou vivendo com um assassino.— seus olhos faiscaram em dor, raiva e rancor. E pela primeira vez eu quis pedir a Deus algo, que ele não tivesse feito aquilo, e que me perdoasse.

A PrometidaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang