Capítulo 3

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CAPÍTULO TRÊS - A FESTA

2 de janeiro

Se passaram quase duas horas desde que chegamos a balada. Eu decidir no momento em que entrei aqui, que iria beber, beber como nunca bebi antes. Então depois de quase duas horas eu já estava perdendo a noção das coisas que se passavam ao meu redor. Foda-se se um segurança me encontrar e eu estiver bêbada demais para me esconder, enquanto eu estiver aqui quero me divertir.

Sempre dispenso dançar com os homens, mas hoje eu queria que tudo fosse diferente, sentia que era minha última chance de ter liberdade por algumas horas e então aceitei dançar com um cara qualquer, ele devia ter uns 23 anos e era bem bonito.

— Qual seu nome? — Ele perguntou enquanto beijava meu pescoço, já dançávamos juntos a algum tempo.

— Tayla. — Respondi me afastando um pouco dele que segurava minha cintura enquanto dançávamos. — Vou ao banheiro, você pode me esperar aqui? — ele concordou e eu sair puxando Anna que dançava próxima a mim.

— O que foi? — ela perguntou quando entramos no banheiro que por sorte não estava lotado.

— Nada, só não quero ficar com ninguém. Mas aquele cara também é muito simpático para eu dar um fora. — falei me olhando no espelho conferindo se estava tudo certo, a bebida fazia efeito e graças minha pele clara meu rosto estava vermelho.

— E muito gato também. — ela completou com dificuldades, eu quase não me aguentava em pé e ela havia bebido muito mais do que eu. — Eu não entendo porque você não fica com ninguém. — Falou batendo o pé no chão demonstrando irritação desnecessária. Efeito da bebida.

— Confesso que também não. — menti um pouco e sentir tudo girar quando me virei para olha-la. Eu realmente havia bebido demais.

— E aí qual é o plano? — ela tenta me ajudar a ficar em pé e nós duas quase caímos no chão.

— Ficar aqui uns 10 minutos para ele desistir e depois a gente volta pra lá e fica em um lugar diferente. — falo me sentando no chão.

— E se ele não desistir? — ela pergunta sentando ao meu lado e encostando a cabeça em meu ombro.

— Ai ele não vai sair de onde mandei e nós vamos estar em outro lugar. — nós duas começamos a gargalhar.

— Por que estamos rindo mesmo?

— Álcool! — Respondo exaltada enquanto me espreguiço.

— Verdade. — Ela fala fechando os olhos.

* * *

— Vamos Anna, quero beber mais! — quando eu falo em beber ela se empolga e saímos do banheiro em direção ao bar.

— Duas dose da bebida mais forte que você tiver ai, moço! — Anna pede e eu observo as pessoas dançando, não consigo ver o homem que estava dançando comigo e agradeço mentalmente por isso. — Pega Tay! — Anna me entrega a bebida e eu bebo tudo de uma vez, sinto tudo girar e quando finalmente para, puxo Anna para dançar comigo.

— Vamos ficar aqui perto do bar mesmo, o cara já deve estar em outra. — Anna concorda e começamos a dançar, a música eletrizante misturada com o álcool me deixava em êxtase. A dança é minha maior paixão, consigo esquecer todos os problemas enquanto danço.

Depois de algum tempo comecei a sentir alguém me observar, o que era comum principalmente em festas, mas dessa vez era diferente, não sabia explicar o porquê.

Olhei para o lado e vi um cara me olhando sentado no bar, seu rosto era familiar, mas não tinha certeza se era um dos seguranças, talvez fosse algum novato, ou talvez a bebida estivesse me fazendo esquecer dos rostos de alguns deles.

— Anna, olha aquele cara lá no bar olhando pra cá. Você lembra se ele é algum segurança? — ela ficou o olhando por algum tempo.

— Sei lá, não lembro dele por lá. — Ela dar de ombros e olha novamente. — Mas ele provavelmente é o homem mais lindo que eu já vi na vida. — Ignoro seu comentário e olho novamente para o homem, seu rosto me lembrava o de alguém e ele estava de terno, sem dúvidas é um segurança.

— Vamos, ele é um segurança, temos que ir para outra balada. — Falo puxando seu braço e ela concorda.

— Só me lembre de pedir o número dele amanhã. — Quando ela termina de falar o cara que eu tinha dançado mais cedo aparece em nossa frente impedindo que saíssemos, algo em seu olhar estava diferente e isso me apavorou.

— Nossa gatinha, te procurei a festa inteira. — Ele fala e eu olho para o lado tentando achar o segurança mas não consigo.

— Desculpa, mas agora eu já estou indo embora. — Falo tentando passar e ele segura meu braço.

— Vamos só mais essa música. — Ia negar mas antes que eu consiga falar algo o segurança aparece empurrando o homem que está extremamente bêbado e cai no chão, o segurança puxa eu e Anna em direção a saída.

— A então você é segurança mesmo não é? — Pergunto e ele não responde. — É novato? Acho que não lembro de você. — Ele me olha mas não fala nada. — Qual seu nome? — Ele continua me ignorando e eu bufo tentando me soltar quando ele sai da balada nos puxando.

— Tay, não é nem meia noite. — Anna diz olhando em seu relógio de pulso.

— Deixa a gente ficar pelo menos mais uma hora. — Imploro ao segurança mudo.

— Vai lá gato, amanhã eu te recompenso. — Anna fala tentando o beijar mas ele vira o rosto, só um homem muito burro mesmo para rejeitar ela.

— Você é gay? —Pergunto e ele me ignora novamente. — Que saco, por que não me responde? — Não esperava que ele respondesse e ele não respondeu, levou a gente até uma lamborghini preta bem parecida com a que eu tinha visto mais cedo e jogou eu e Anna dentro do carro. — Não sabia que seguranças ganhavam tanto assim. — Falo e bufo novamente, odeio ser ignorada.

Encosto minha cabeça na janela do carro e fecho os olhos.

* * *

Acordo no dia seguinte deitada em minha cama e sinto uma enorme vontade de vomitar, corro até o banheiro e vomito tanto que pensei estar colocando para fora todos os meus órgãos.

Escovo os dentes e coloco minha banheira pra encher, vou até o quarto e pego meu celular vejo que são 7:08, o café da manhã geralmente é servido as 8:00, eu não iria perder, minha barriga doía de tanta fome.

Sento na cama para olhar as notificações e as mais de 40 ligações perdidas me fazem lembrar da noite passada, como eu vim parar no meu quarto? Última coisa que lembro é estar dentro de um carro.

Desisto de pensar e vou até o banheiro para desligar a torneira que enchia a banheira, preciso relaxar um pouco antes de ter que aguentar os sermões.

Volto para o quarto para tomar os remédios que alguém deixou no meu criado mudo. Observo que o celular da Anna não estava mais no quarto, ela deve ter ido para casa ontem à noite mesmo.

Vou até o closet e escolho um biquíni básico preto, um short jeans e uma blusa regata, hoje não estava nevando nem chovendo por algum milagre divino, mas também não fazia sol.

Volto pro banho e passo meia hora relaxando na banheira, depois disso saio e visto a roupa que tinha separado, passo protetor solar e olho a hora, 7:44.

Desço as escadas e vou para a sala de jantar, a mesa está posta mais ainda não tem ninguém, fecho os olhos ainda morrendo de sono e cochilo em cima da mesa, alguns minutos depois ouço Melina me repreendendo por ter dormido na mesa, abro os olhos e observo três pessoas sentadas; Melina, Austin e sou surpreendida por um rosto familiar... O segurança?

Continua. . .

A PrometidaWhere stories live. Discover now