Capítulo 4

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CAPÍTULO QUATRO- SEGURANÇA

Passo alguns minutos tentando entender o que eu tinha perdido e nem percebo que todos já estavam comendo.

— Algum problema minha filha? — Austin pergunta e desvio minha atenção para ele.

— Não pai, só estranhei. — Abaixo minha cabeça meio constrangida. Tinha medo que eles me interpretassem errado por perguntar o porquê de um segurança está tomando café da manhã com a gente, acho que deveria ser para agradecer por ele ter me encontrado, só que não era muito comum de acontecer.

— O que você estranhou, querida? — Foi a vez de Melina perguntar.

— É que não é muito comum os seguranças comerem com a gente, sei que vocês devem estar muito gratos a el...

— Segurança? — Antes que eu pudesse terminar de falar Melina me interrompe.

— Sim, o senhor a minha frente. — Falo olhando para o homem a minha frente e ele arquear uma de suas sobrancelhas e abre a boca para falar. Já estava achando que ele era mudo mesmo.

— Senhor? — Ele pergunta incrédulo. — Tayla você é nova mas eu não sou tão velho assim. — De onde ele tirou toda essa intimidade? Ontem ele nem me respondia.

— E como eu iria saber sua idade?

— Você realmente não está me reconhecendo? — Ele me encara incrédulo.

— Deveria? — pergunto e começo a observar seus olhos azuis perfeitos, só conheço um par de olhos tão intenso.

— Pelo jeito não. — Ele fala com um tom de voz meio irritado acabando com minhas dúvidas.

— Dylan? — Sorrio nervosa.

— Já vi que tinha esquecido de mim. — Ele provoca e dou uma risada meio forçada, pensava nele todos os dias, mas esqueci que ele já devia ter se tornado um homem, e uau, Que homem.

— Deve ter sido o álcool. — falo começando a comer.

— Quanto a isso temos que conversar. — Melina fala e observo Dylan balançar a cabeça concordando.

— Eu sei, mas tem como vocês me explicarem como me acharam tão rápidos dessa vez? — Meus pais olham para Dylan que come despreocupadamente e finge não ouvir minha pergunta.

— O que foi? — Pergunta me olhando e eu arqueio uma sobrancelha — Ah, foi fácil até.

— Fui em uma balada quase em outra cidade e você diz que foi fácil? Estou pronta para ouvir.

— Sei lá, já fui em muitas e sou amigo da maioria dos seguranças que fica na porta liberando a entrada, só tive que mandar uma foto sua que nossa mãe me enviou e perguntar se tinham te visto, em meia hora um deles disse que sim. — Ele deu de ombros e voltou a comer.

— Mas é muita gente entrando e saindo, como ele lembrou de mim?

— Ele disse que você tinha uma beleza inesquecível. — Ele me olha sorrindo sarcasticamente e eu balanço a cabeça em negação.

— Você acabou com minha noite.

— Prefiro acreditar que salvei você. — Ele fala e levanta em seguida, beija a testa da sua mãe e do seu pai e sai da sala de jantar sem nem olhar para mim.

Reviro os olhos e começo a comer, quando acabo meus pais me chamam para ir ao escritório, acompanho eles e quando chego lá eles me dão algumas broncas e me liberam, saio de lá e subo para escovar os dentes e passar um gloss na boca, desço novamente e vou até a piscina.

* * *

Eu estava aproveitando o céu que finalmente tinha aberto para um pouco de sol, meus olhos estavam fechados e nem me preocupei em abrir quando ouvir passos atrás de mim.

— Sua pele vai queimar. — A voz rouca de Dylan me desperta, abro os olhos e o encaro.

— Já não basta me esquecer por anos, aparecer pra atrapalhar minha noite e ainda quer implicar com meu bronze. — Brinco, mas no fundo eu estava realmente irritada.

— Eu não te esqueci Tayl....

— Não quero falar sobre isso. — O interrompo antes que ele tente me dar uma desculpa. — O que você veio fazer ontem aqui, depois de três anos sem fazer nenhuma ligação?

— Eu vim aqui durante esses anos, mas era muito rápido e você sempre estava no colégio. — Ele respira fundo. — E eu não tinha muito tempo para fazer ligações. — Ele completa confirmando minha teoria, ele só não queria me ver.

— Ontem quando eu estava fugindo vi seu carro chegando, mas não sabia que era você.

— Eu sei, te vi. — Ele fala puxando uma cadeira e sentando ao meu lado.

— Viu? E por que deixou que eu fugisse? — Pergunto surpresa.

— Não tinha certeza que era você. — Ele dar de ombros. — Quando entrei demorou uns 10 minutos e descobriram da sua fuga, ai eu tive certeza.

— 10 minutos? Você mandou mensagem e demorou meia hora pra ser respondido, como só Chegou na balada 3 horas depois?

— Na verdade ele me respondeu mais rápido. — Ele rir. — Eu que fiquei enrolando pra você ter mais tempo de se divertir.

— Sério?

— Sim, na verdade eu nem ia te interromper, sei como ama dançar. — Ele desvia o olhar. — Mas você estava muito bêbada e tinha muitos babacas te olhando. — Ele para um pouco. — Depois aquele cara chegou em você, achei que era melhor interromper. — Fico meio surpresa mas não deixo que ele perceba.

— Por que estava me ignorando?

— Estava... estressado, sei lá. — Ele dar de ombros.

— Ah... Por que você virou o rosto quando a Anna foi te beijar? Ela é muito gata, você virou gay? — Rio com minha própria pergunta e ele balança a cabeça em negação.

— Claro que não, só não pega bem pegar a amiga da minha futura noiva. — Fico surpresa e uma dúvida se forma em minha cabeça.

— Até parece que você não pega outras mulheres. — falo tentando esconder meus sentimentos e torcendo pra que ele negue.

— Claro que pego, mas nenhuma era sua amiga. — Ele pisca e eu rio, não preciso demonstrar que fico chateada com isso.

— Mas e ai, em que você se formou?

— Direito, mas comecei a fazer administração também, você sabe, nós dois somos os herdeiros disso, precisamos aprender a cuidar.

— É eu sei, estou em dúvida ainda se faço direito ou administração. — Falo me sentando e entregando o protetor solar para ele passar em minhas costas.

— Achei que seu sonho fosse fazer medicina. — Ele pega o protetor solar e tira meu cabelo das minhas costas. — Seu cabelo está enorme.

— É meu sonho, mas tenho outras prioridades.

— Você que decide. — Ele fala enquanto passa o protetor solar pelas minhas costas. — Que tal a gente sair depois do almoço?

— Sério? — Me viro animada.

— Sim, estou pensando em te levar no... — Ele é interrompido pelo toque do celular. — É importante vou ter que atender, mas já volto. — Ele sai indo para o outro lado da piscina com o celular no ouvido e eu fico o observando.
Sua expressão não estava nada boa, ele parece irritado, seus olhos azuis estavam mais intensos e ele bagunçava o cabelo que um dia foi extremamente loiro, mas agora era um pouco mais escuro. Seu corpo parecia marcar em qualquer roupa que ele vestia, com certeza ele passava metade do seu tempo em uma academia.

Acordo dos meus pensamentos com ele gritando no telefone e desligando. Em seguida, saiu dali rapidamente sem sequer me olhar, ele continuava o mesmo idiota.

Continua . . .

A PrometidaWhere stories live. Discover now