Capítulo 5

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CAPÍTULO CINCO - SR. ALBERT

4 de Janeiro

Acordei as seis da manhã com o despertador tocando, ontem depois que Dylan saiu não voltou mais, Austin disse que ele teve problemas com uma das empresas e teve que ir resolver. Ele sequer telefonou para falar que não teríamos como fazer o passeio que me prometeu.

Vou até o banheiro e tomo meu banho, tenho duas horas para ficar pronta, ontem à noite Dylan ligou para Melina e disse que viria me buscar as 8:30 para passarmos a manhã juntos e depois almoçar. Já havia arrumado minhas malas e separei um vestido vinho e um salto nude.

 Já havia arrumado minhas malas e separei um vestido vinho e um salto nude

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Fiz uma maquiagem básica e desci para tomar café, não estava com muita fome então tomei apenas um iogurte e subir para terminar de me arrumar, fiquei em dúvidas entre as cores de batom e acabei optando por um gloss, não tinha porque ir tão arrumada apenas para almoçar com alguém que sequer lembrou de mim durantes anos. Passo meu perfume favorito e envio uma mensagem para Anna avisando que depois mandava o endereço da casa de Dylan. Quando dar oito horas começo a soltar os cachos que tinha feito no meu cabelo e desço em seguida para esperar por Dylan.

As 8:30 Melina me avisa que Dylan não poderia vir e mandou seu motorista. Não me surpreende em nada.

Vou até o carro e vejo que o motorista já me espera segurando a porta de trás, ele devia ter por volta de50 anos.

— Bom dia senhorita. — ele me cumprimenta.

— Me chame de Tayla por favor. — Peço sorrindo e ele assente. — Gostaria de ir na frente, tem algum problema?

— Claro que não. — ele fecha a porta de trás e abre a do passageiro para mim, agradeço e entro no carro, logo em seguida ele senta no banco do motorista.

— Mas então qual o seu nome?

— Albert senh...Tayla! — ele corrigi rapidamente me fazendo rir.

— Nome forte, lembra o do meu pai.

— Ah Robert, — ele suspira — sinto muita falta dele.

— Você o conhece? — o olho animada, fazia muito tempo que eu não tinha com quem conversar sobre o meu pai.

— Claro que sim, trabalhei para ele. — ele fala e em seguida parece se repreender pelo que acabou de falar.

— Como assim — o olho confusa — Meu pai não tinha condições de pagar um empregado. — murmuro triste, lembrando de como ele estava no último ano de sua vida.

— Ah não querida, quis dizer que trabalhei com ele, mas ele era um nível superior a mim então o tratava como chefe.

— Ah sim. — sorrio e nós dois ficamos em silêncio até ele resolver puxar assunto novamente.


— A última vez que eu te vi você deveria ter uns 9 anos e eu pensava que você ainda teria uns 12, mesmo 9 anos depois. — Ele afirma rindo e eu o acompanho na risada. — Dylan tentou mas não soube fazer jus a sua beleza, ele é um garoto de sorte. — será que ele sabe que isso é parte de um acordo sem sentido e que Dylan só vai casar porque não tem outra escolha? — sim querida, eu sei sobre o acordo. — ele fala como se pudesse ler minha mente.

— Ele não se importa comigo e vai ser obrigado a se casar por causa de algo que ele não tem nada a ver. — murmuro — Com certeza um cara de sorte — digo com sarcasmo e Albert rir enquanto para o carro em frente a um apartamento.

— Não pense assim, você ainda não entende, mas sei que vai chegar o dia em que tudo fará sentido para você. — ele fala como Melina, o que me faz revirar os olhos quando ele sai do carro sem me dar a chance de fazer outra pergunta. Vejo ele dando a volta e abro a porta do carro, posso fazer isso sozinha, assim como poderia ter arranjado um marido sozinha, ou vivido muito bem sem um.


* * *


Já estava no apartamento de Dylan e nada dele chegar, o Sr. Albert disse que ele avisou que chegaria a tempo de me levar a um almoço, o que eu duvido muito. Na verdade prefiro que ele não chegue para que eu possa almoçar com o Albert, era muito bom ter alguém para conversar sobre o meu pai depois de tanto tempo.

— Mas então já decidiu qual faculdade vai cursar? — Albert pergunta e antes que eu possa responder ouço a porta se abrir e Dylan entrar de cabeça baixa passando a mão em seu rosto e cabelo.

— Albert você pode comprar outro energético para mi... — Dylan levanta a cabeça e só então percebe minha presença, eu gostaria de ter brigado por ele ter se esquecido de mim de novo mas seu rosto cheio de olheiras entregava que ele não havia dormido. — Oi Tayl... — o interrompo

— Desde quando você não dorme? — antes que eu percebesse já estava fazendo um interrogatório

— Ontem antes do almoço ele passou aqui para pegar esse terno e só voltou agora com o mesmo terno. — Albert responde em seu lugar e vejo Dylan o repreender com o olhar.

— E quantos energéticos você já tomou, Dylan? — ele passa a mão na cabeça preocupado, como se pensasse na melhor resposta. — ótimo, nem precisa responder, sobe pra tomar banho que eu preparo um café forte pra você.

Ele estava tão cansando que nem discutiu, o que eu realmente esperava que acontecesse, apenas assentiu e subiu para tomar banho enquanto eu preparava café e umas panquecas para ele.

Podíamos não nos ver a 3 anos, mas passamos a infância juntos e querendo ou não, eu me preocupava com ele.

Continua. . .

A PrometidaWhere stories live. Discover now