Bônus Dylan

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BÔNUS DYLAN-DOIS

Eu estava com raiva de Tayla de verdade.

Acordei as 5:30 ansioso, fiz meu próprio café da manhã para que ninguém percebesse que eu estava saindo, mas infelizmente não deu muito certo e Lucy acabou me vendo.

Eu queria fazer uma surpresa, pretendia chegar antes que Tayla acorda-se. Mas hoje parece que o mundo resolveu me mostrar que tudo na minha vida sempre vai acabar mal quando eu estiver com Tayla.

Passei horas nas joalherias mais caras de Nova York, procurando por algo que eu conseguisse gostar e que achasse que ela iria gostar também, se eu estivesse com mais tempo teria feito por encomenda, mas como eu queria mostrar para ela que não estava brincando quando disse que queria que confiássemos um no outro e que tentássemos ter algo de verdade eu acabei me precipitando, e foi aí que eu errei, achei que ela pudesse ter mudado, se tornado mais madura, mas não, ela continuava a mesma inconsequente cheia de paranoias que sempre se achava a dona da razão e que nunca confiava em mim.

Enquanto eu sacrificava todo o meu futuro para poder protege-la de algo que não deveria ter nada a ver comigo.

O problema é que eu sempre sentir que deveria proteger ela, até antes de saber toda a verdade eu já sentia que era o que eu precisava fazer.

No início posso não ter aceitado bem, na verdade até hoje eu tenho dúvidas sobre tudo isso, posso nunca ter que enfrentar nada ou posso ter que dar minha vida por ela e eu nunca exitaria quanto a isso.

Mesmo depois de muito tempo meu coração continua sendo dela, tudo entre a gente sempre foi puro, eu era jovem e ela muito mais, mas da minha parte nunca foi mentira.

Ontem cheguei a me arrepender por ter ido embora anos atrás, quando eu me afastei tinha o pensamento que faria ser tudo mais fácil se eu não tivesse sentimentos por ela, poderia proteger ela com mais sensatez e não seria estúpido de ceder aos seus caprichos pondo em risco sua segurança.

A verdade é que desde o momento em que a reencontrei sem ao menos perceber eu estava disposto a fazer tudo que a deixasse feliz, meus sentimentos por ela não haviam sequer diminuídos, ouso dizer que só aumentaram quando a vi, mais linda do que nunca, a bebida e a dança deixava ela diferente, seu sorriso parecia muito mais verdadeiro.

Ontem quando a vi naquele vestido tudo que eu queria era joga-la na cama e ficar ali a noite inteira, mas sabia que precisava conversar com ela primeiro, queria ter coragem para falar sobre meus sentimentos para ela mas não conseguir e agora agradeço por isso, ela teria rido da minha cara.

Quando ela quase se entregou a mim e disse que ainda era virgem algo despertou dentro de mim, será que ela me esperou todo esse tempo? Será que ela também ainda nutria aqueles sentimentos que para alguns podia ser apenas uma paixonite infantil?

Quase não havia dormido a noite com aqueles pensamentos e a possibilidade dela ainda ser apaixonada por mim, até pensei em nunca mais sequer olhar para outra mulher, ela era o suficiente para mim, era mais do que eu merecia.

Mas hoje eu entendi, quando se ama alguém, você confia mais nela do que em sua própria sombra, ela não confiava em mim e isso respondia todas minhas dúvidas quanto aos seus sentimentos.

Decidir que voltaria a minha vida de antes de ter que ir buscar a Tayla, eu trabalhava durante o dia e passava a noite em festas para aliviar toda a pressão que tinha em cima de mim.

As minhas empresas eu conseguia tirar de letra na maioria das vezes, o problema é toda a pressão dos meus pais e minhas próprias cobranças sobre a melhor forma de proteger Tayla.

— Dylan abre por favor. — Ouço sua voz pela milésima vez, ela parava e depois de algum tempo voltava a chamar. — Eu te dei uma chance para se explicar, por que você não pode me dar também? — ela estava chorando, sua voz estava embargada, ela parecia chorar a horas. Pelo menos ela sabia reconhecer seu erro agora. — Eu sei que errei porra! — Ela bate na porta e eu resolvo ceder, já sabia o que ela ia falar, e não estava disposto a perdoar.

— Fala. — digo abrindo a porta do quarto e soando o mais rude que consigo.

— Posso entrar? — Ela parece surpresa por eu ter aceito conversar com ela.

— Não. — Sou direto. — Será rápido, não tem motivos para que você entre.

— Tudo bem. — noto ela engolir em seco enquanto pensa o que deveria ser falado. — Eu juro a você que só falei aquilo tudo porque achei que estava com aquela mulher...

— É eu sei — A interrompo.

— E então? — ela pergunta.

— Sobre o que conversamos ontem? — respondo sua pergunta com outra pergunta.

— Confiança — Ela responde depois de um tempo em silêncio.

— E na primeira oportunidade... — Não completo, apenas suspiro antes de continuar. — Já deve imaginar minha resposta, agora me deixe em paz que eu preciso sair. — Bato a porta sem dar oportunidade de ela falar mais nada e me jogo na cama ligando para meu amigo.

— Maison? Qual a melhor balada que você tem para a gente hoje? — pergunto ao ouvir sua voz e ele pergunta sobre Tayla. — Ela continua sendo minha noiva, não tô afim de falar sobre ela hoje. — conversarmos mais um pouco e depois eu vou tomar banho.

Uma hora depois eu estava saindo de casa e indo para a balada que Maison tinha me mandado o endereço mesmo eu já a conhecendo, era difícil ter uma balada que eu nunca tenha ido. Quando chego lá encontro com Maison na frente da balada e logo entramos no Vip.

Continua. . .

A PrometidaWhere stories live. Discover now