Capítulo 16

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CAPÍTULO DEZESSEIS - AEROPORTO

Fui para meu quarto e liguei para Anna, precisava desabafar sobre o que tinha acabado de acontecer.

— Tay? — Ela grita assim que atende.

— Oi gata, você não imagina o que acabou de acontecer! — Minha raiva é visível em meu tom de voz.

— Deixa eu te contar uma novidade primeiro, em três dias eu tô chegando aiii!

O grito que eu dei provavelmente a deixou surda.

Conversamos até tarde, ela viria com os pais e passaria uma semana na casa que eles tem aqui em Nova York.

Fiz ela prometer que dormiria pelo menos dois dias aqui e acabou que decidimos que ela viria direto para cá e ficaria até o último dia comigo.

3 dias depois.

Faltavam duas horas para o vôo que Anna viria chegar e eu ainda não tinha falado com Dylan, desde aquele dia eu evitava ele tanto quanto ele me evitava.

Vestir um short jeans azul cintura alta, um sutiã branco de renda e por cima uma blusa curta preta de mangas até o cotovelo que deixava um pouco do meu sutiã amostra, calcei um vans preto e passei uma maquiagem básica no rosto.

Repassei um milhão de vezes a fala que usaria para convencer Dylan de aceitar ela aqui e ir comigo no aeroporto esperar por ela.

Desci as escadas e Lucy disse que Dylan estava no escritório com um amigo que tinha vindo aqui esses dias, deduzir logo que era Maison e fui para o escritório.

Ao me aproximar conseguir ouvir gritos vindo de dentro do escritório e pude confirmar a voz de Dylan e de Maison.

— Cara já falei para não se meter! — Dylan grita.

— Só quero entender porque pediu ela em casamento se trai ela com qualquer uma! — Maison grita e só então eu entendo, estão falando de mim.

— Porra, não é da sua... — Antes que Dylan termine eu entro no escritório que para minha sorte esqueceram de trancar e eu pude fazer minha entrada triunfal.

Os dois me olharam assustados e eu fiz questão de olhar com nojo para Dylan, queria que ele soubesse que eu havia escutado mesmo que não fosse mudar em muita coisa, era tudo um acordo,  não podia cobrar fidelidade dele.

— Maison, que saudades.— Falo ao me aproximar dele e depositar um beijo no canto da sua boca, se Dylan estava dormindo com outras mulheres eu podia pelo menos beijar quem eu quisesse.

— Só faz o que gatinha? Três dias? — Rimos e ele me abraça. — Mas também sentir sua falta. — Diz por fim e então olhamos para Dylan que me fuzila com os olhos.

— Dylan preciso que me leve ao aeroporto! — Eu tinha criado mil e uma situações em minha cabeça para convence-lo de me levar ao aeroporto, nenhuma delas eu seria tão direta.

— Estou ocupado não está vendo?  — Ele é tão rude quanto eu tinha acabado de ser.

— Então irei só. — Sabia que ele não permitiria, quando nossos pais soubessem iriam mata-lo.

— Para que quer ir ao aeroporto? — Vejo sua mão abrir e fechar como se quisesse socar alguém, se eu não o conhecesse bem diria que é ciúmes.

— Minha amiga vai chegar hoje da Califórnia, vai passar uns dias aqui comigo e quero ir buscar ela.

— Como assim? A convidou sem nem me consultar? Que porra é, sabia que essa casa é minha? — Ele grita, e diz tudo que eu precisava para fazer minha cena.

— Se você tivesse parado de me evitar e falasse comigo ao invés de passar o dia com outras mulheres provavelmente saberia! — Respiro fundo, me machucava nem que fosse um pouco saber que tudo aquilo era verdade. — Mas tudo bem, se quiser pego um vôo hoje mesmo e volto com Anna para a Califórnia. — Era um blefe sem ensaio prévio que graças as minhas aulas de teatro soaram verdadeiramente e Dylan parece até ficar surpreso.

— Você não vai embora, sabe disso — Ele bufa. — Mas que porra Tayla, onde ela vai dormir?

— Já tomei conta disso. — Eu estava evitando dirigir ao máximo as palavras a ele.

— Tanto faz, mande ela pegar uma táxi, tenho muita coisa para resolver. — Eu estava prestes a dar uma boa resposta quando Maison interviu.

— Eu levo ela, nossa conversa já acabou aqui mesmo. — Ele olha seriamente para Dylan que tem o mesmo olhar para ele.

— Vou só pegar minha bolsa. — Dou outro beijo próximo a boca de Maison e subo.

Pego uma bolsa preta e coloco meu celular e um pouco de dinheiro, a gente nunca sabe quando vai precisar.

Quando desço tenho uma surpresa.

— Eu que vou te levar. — Dylan diz assim que entro no escritório.

— Na verdade quem decide é a Tayla. — Maison diz, tenho certeza que estava convencido de que eu escolheria a ele.

— Não, ela vai comigo. — Dylan se aproxima de Maison e sei que está prestes a soca-lo.

— Não! — Fico entre os dois. — Vou com Maison e você fica ai resolvendo seus assuntos. — Puxo Maison para sair da sala e quando estou quase saindo Dylan puxa meu braço.

— Você sabe que é minha responsabilidade! — Ele fala em meu ouvido e eu puxo o braço que ele segura.

— Tivesse pensado nisso antes, podia ao menos ter pedido para que o senhor Albert me levasse. — Saio da sala e agradeço por ele não ter insistido. — Vamos? — Pergunto a Maison que me esperava próximo a porta de saída.

— Ah, vamos! — Ele parece ter acordado de algum pensamento importante e não está muito feliz.

— Tá tudo bem? — Pergunto ao entrar em seu carro.

— Tá sim. — Seu olhar está distante e ele engole em seco, mentiu.

— Sei que não, o que houve?

— Dylan é como um irmão para mim, mas também não consigo concordar em como ele te trata. — Ele engole em seco novamente, talvez estivesse mentindo ou não tinha contado tudo, mesmo assim resolvi acreditar.

— Tem medo que ele fique com raiva?

— Acho que é isso.

— Tenha certeza que ele não colocaria um fim na amizade de vocês por minha causa.

— Como pode ter tanta certeza?

— Se eu fosse importante ele não me trairia. - Pura encenação, não chegava nem a ser traição, mas Maison não podia saber disso.

Depois disso seguimos até o aeroporto em silêncio.

Continua. . .

A PrometidaΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα