Lana- sua o que? Ham? Vai falar o que, vagabunda? Francamente, eu achei que tu fosse esperta o suficiente pra não pisar mais o pé nesse morro, muito menos na minha casa, depois de tudo que cê fez pra minha família. - negou puta- e você, mãe, não tem noção das coisas não? Perdeu a noção também? Eu realmente achei que me amava ao ponto de não querer fazer mais mal pra mim e pra minha família

Paola- eu parei de te amar no momento em que pisou o pé na minha casa com esse macaco- falou enojada e vi Gil negar saindo da sala - se teu filho teve a capacidade de engravidar a Jaque, ele vai ter a capacidade de assumir- falou cruzando os braços.

Juca- vai.se.fuder - esbravejou olhando pra tal de Paola e subiu em passos rápidos.

   Olhei pra dona Janaína, que apontou com a cabeça pra eu ir atrás do Juca. Subi correndo e procurei ele, o que não foi difícil, já que conseguiu ouvir barulho de coisa quebrando da escada.

    Segui correndo até a porta e abri vendo ele quebrar tudo dentro de um quarto. Entrei rápido puxando ele pro meu peito, Juca se debateu por uns segundos mas acabou desistindo e desabando no meu peito.

   Suspirei sentando na cama com ele e o mesmo me abraçou chorando com vontade. Porra, pra ele tá assim, coisa boa não foi, e realmente não foi.

Willow- calma, preto, já foi- murmurei beijando a cabeça dele. Ele só fez me abraçar mais e negar - se acalma, tu vai acabar passando mal.

    Foi uns bons minutos nós assim, no silêncio, daqui dava pra ouvir a gritaria, e isso tava só piorando a situação do Juca.

    Juca respirou fundo de afastando um pouco e encarou o chão.

Juca- foi mal- murmurou com a voz embargada e eu suspirei negando.

Willow- foi mal pelo o que, Juca? Fica de boa e foca em tu- me aproximei pegando na mão dele e o mesmo recuou um pouco- tá doendo?- ele negou escondendo a mão no bolso e deitou a cabeça no meu colo.

    Comecei a fazer cafuné nele e nós ficou uns minutos assim, até ele começar a falar.

Juca- foi minha avó que apresentou ela pra mim - murmurou se encolhendo- no começo eu não queria nada, tá ligado? Eu sabia que ela tava empurrando a Jaqueline pra mim por ser branca, ela não queria mais um negro na família- riu amargo e eu engoli a seco- nós começou a ter um lance maneiro, mas aí eu acabei vacilando e fiquei manchado pra uns morros aí, a vagabunda viu que valia dinheiro a minha cabeça e tentou me matar enquanto eu dormia, eu fiquei cinco meses, a porra de cinco fodidos meses em coma, a vagabunda só pegou o dinheiro falando que eu tava morto e se mandou.

Willow- Juca.....

Juca- só que pra ironia fudida da vida, eu não morri, e tão atrás da vagabunda até hoje, sem sombra de dúvida ela tá fudida e veio procurar abrigo com a desculpa de filha minha.

Willow- mas e se tiver filha mesmo, Juca? A criança não tem culpa disso.

Juca- não tem, Willow, não tem, e se tiver não é minha, porra, não tem como ser minha, cê tá me entendendo? - Assenti mesmo sem entender.

Não tava aqui na hora. 

Willow- foi por isso das tuas crises? - ele demorou um pouco mas assentiu fungando.

Juca- eu acabo perdendo o controle, tento quebrar tudo e todos que estão na minha frente, eu fico cego, tá ligado? Já quase me matei duas vezes por isso, eu não sei o que eu tô fazendo nessas horas, só vou saber no outro dia, isso se eu saber, eu não lembro de nada, desde o primeiro segundo que começa as crise até o último, é foda, Willow, tu não saber o que faz, tu sai desse mundo e quando volta não sabe se machucou alguém, se matou, se fudeu com alguma coisa, simplesmente não sabe- falou chorando de novo e eu abracei ele forte - ce não vai mais olhar na minha cara, né? - murmurou soluçando e eu neguei rápido.

Encontro de amores {M}Where stories live. Discover now