Encontro de amores {M}

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Penha
09:12h
Willow narrando.

Já acordei hoje resolvendo coisas, continuava chovendo mas bem menos que ontem, a lanchonete já tá aberta e tem um movimento até que maior do que eu esperava. Desde que eu acordei tô resolvendo as paradas do chá revelação, como eu disse, vai ser só pros mais próximos, nada muito uau porque não queremos gastar dinheiro demais.

Assim como na festa do Matt, a prima do Juca vai "dar" de presente as mesas e tudo mais, decoração e tals, sem cobrar nada e isso foi um alívio pra nós, só vamos ter que investir em comida e as coisinhas da mesa, de resto tá pela prima do Juca mesmo. Meu pai vai chegar hoje de noite com a Virgínia, me ligou pra confirmar era 06:00 em ponto, confesso que tô ansiosa, ele nunca ficou realmente aqui, depois do reencontro ele não conseguiu mais vir pro Rio então era a segunda vez que ele iria vir e agora pra ficar aqui em casa.

Ainda tinha que fazer compra pra casa, hoje tá uma loucura.

Flora- Will, o cara tá querendo resolver só com você - chegou do meu lado e eu bufei.

Na boa, eu não tenho muita paciência pra esse povo que se acha dono da minha lanchonete, o cara tá quase meia hora querendo impor que meus funcionários atendam ele antes que todos, sendo que tinham pessoas que chegaram antes dele, sem nexo nenhum, só não mandei tomar no cu ainda porque eu não tô podendo me estressar, mas se ele me perturbar mais um pouquinho eu esqueço estresse.

Willow- era só o que me faltava- neguei indo até o cara que me encarou com uma cara de cu - pois não.

Xxx- eu já tô a meia hora nessa espelunca e não vejo esse atendimento maravilhoso que todos dizem por aí- respondeu ignorante e eu respirei fundo acariciando minha barriga. Eu não vou me estressar, não vou me estressar- não vai me responder? Tinha que ser um estabelecimento de uma mulher mesmo, eu sempre falo, mulher só serve pra cuidar de uma casa e olhe lá- ah que se foda.

Willow- olha aqui seu pedaço de merda, tá vendo essa porra que você tá?- apontei pra lanchonete e percebi que geral já olhava- fui eu que consegui sozinha, tá vendo essas comidas que tu tá querendo? Sou eu que faço a maioria também, se tu é um machistinha de merda eu não posso fazer nada, vai se foder sozinho longe da minha lanchonete, eu não sou obrigada a aturar um mimadinho sem noção que em pleno século 21 me fala uma frase dessa, enfia seu machismo no cu e saí da minha lanchonete.

Xxx- olha aqui sua vadi....

Juca- algum problema aqui? - perguntou sério atrás do cara, que virou com o cu na mão- posso saber por que minha mulher tá perdendo tempo contigo na boa ou vai ter que ser na marra, vagabundo?

Xxx- olha....eu....- tentou falar mas falhou miseravelmente.

Típico.

Willow- tira ele daqui por favor, não sou obrigada a aturar machista- neguei puta saindo de lá, percebendo Juca sair arrastando o cara que choramingava um monte de merda - era só o que me faltava - sentei atrás do balcão acariciando minha barriga, quando eu não posso me estressar vem esses pau no cu sem noção pra me atazanar.

Apolo- cê tá bem?- me deu um copo d'água.

Willow- valeu- agradeci tomando um gole longo - é cada uma que me aparece em pleno século 21 que vou te contar- neguei vendo Juca entrar de cara fechada.

Apolo- liga pra isso não, pô, tu sabe que nada é verdade - assenti sorrindo de lado. Apolo voltou pra cozinha e Juca me abraçou de lado beijando meu ombro.

Juca- mais calma?

Willow- vou ficar - dei um selinho nele - essa confusão atrapalhou alguma coisa tua?