Capítulo 18 Q.T (Evangeline)

1.7K 137 52
                                    

Vomitei ali no chão mesmo na frente de Voldemort e minha mãe, foi a reação que tive ao ver crescer osso e carne na minha mão que a pouco Bella cortara fora sem nem piscar. Foi tudo muito rápido, nojento e muito, muito doloroso.

Voldemort me chamara ao escritório e me mandou sentar em uma poltrona perto enquanto ele terminava algo no caldeirão encima da mesa, Bella pegara minha varinha assim que tinha entrado. Não entendi o que acontecia de primeira, até a lagartixa mandar eu me aproximar e administrar três dos ingredientes na panela, em uma sequencia familiar. Enquanto ele traria o que faltava. Reconhecendo aquilo como a poção que vinhamos desenvolvendo_ eu mais na parte teorica que no resto pôs quem fazia a mistura era ele_ aproveitei que Bella se distraiu e olhei a lista completa de ingredientes antes de me afastar um passo para tras então o lorde se aproximou da mesa com uma pequena bandeja prata com um conteudo ensanguentado, primeiro pensei que fosse algum órgão animal, mas vi que era uma placenta humana, reconheci de um livro que estava lendo sobre gravidez. E ele colocou aquilo no caldeirão e o mexeu.

Aquela placenta só podia ser de Alya, porque era o raciocínio mais lógico, uma plascenta aparece pouquíssimos dias depois de Alya ser dada a nós, qualquer burro veria. Mas era mais que isso, Voldemort não precisava de mim para finalizar a poção, então porque eu estava ali. Tive a resposta nem meio minuto depois.

Ele colocou o liquido marrom viscoso e de cheiro nauseante em uma taça e me ofereceu. Sem o que fazer peguei em minhas mãos hesitante, não queria fazer o que parecia que queria que eu fizesse, mais então ele mandou.

Beba.

E o não não era uma resposta aceitavel e virei o liquido quase todo de uma vez, e se alguma vez achei que a polissuco tinha o gosto mais terrível, eu estava enganada, parecia que eu estava consumindo um bicho morto espremido, e parecia ter terra naquele troço tambem. Só tive tempo de reposar o copo pela metade em uma estante atras de mim e de lado para o Lord antes de Bellatrix puxar-me para a frente bruscamente, apoiar minha mão na mesa e separa-la de meu braço, a dor foi lancinante e agressiva quando percebi que a tinha perdido diante dos meus olhos, mais então carne do meu braço começou a crescer e silvei de dor. Minha mão se formou novamente bem diante de mim. Foi ai que me curvei e vomitei.

Ninguém se importou com isso, Voldemort me ignorou e minha mãe só riu, estavam felizes com o resultado da poção, danisse para eles se eu tive um membro amputado e estava passando mal. Ligaram o foda-se para mim.

Voldemort encheu ele mesmo outra taça e falou algo sobre meus servirsos prestados e sangue Black em mim. Eu não estava ouvindo a maioria das palavras que ele falava, mais prestei atenção nessas, foi involuntário. Eu ouvi e parei o que estava fazendo, minha mente se esvaziou e então me foquei no que estava acontecendo ao meu redor, olhei a situação ao meu redor com cuidado, de ângulos e mais ângulos, os dois bruxos estavam distraidos de mais para se importar comigo, o lord tinha conseguido o que queria, mas isso afrouxou sua guarda pelo tempo que eu precisava para avaliar toda a situação, foi como quando eu descobrira sobre o impostor no quarto ano, minha mente formulava perguntas e meu inconsciente atirava respostas soltas para elas até que elas diminuissem e só ficassem as mais importantes, era com se as palavras de Voldemort tivessem acionado um gatilho ignorado a muito tempo, e então só restavao tres coisas a serem respondidas, e eu tinha as respostas em algum lugar, de alguma maneira, e as que eu não tivesse, deduziria. Como fiz antes.

  Por que eu deveria estar aqui? Ele podia testar isso em qualquer pessoa, todas eram dispensaveis, umas menos que outras, não precisava esperar que eu estive aqui. Por que o sangue Black e tão importante agora.... _ rituais, rituas. Lembre! Tem algo sobre isso, lembre.lembre! ( gritava minha mente e eu me vi revisitando o que eu me lembrava sobre rituais, coisas coerentes com o momento, qualquer um que pudesse servir para regeneraç .... ) "—  sangue do inimigo, osso do pai..." ( o ritual do cemitério no quarto ano, parentes! Era isso. Parentes! Não dava para fazer qualquer tipo de regeneração profunda sem algo de um parente, sangue, osso, magia, energia...foi assim que salvei Sirius depois da fuga de Harry da casa Dusley, transferência em batalha..regeneração,o livro falará " quanto mais próximo melhor." Eu era sobrinha de Sirius, por isso consegui, ninguem mais naquela momento conseguiria. Puta merda, se a placenta era de Alya, acabei de achar o pai.

Quis parar de pensar mais as coisas estavam vindo rapido, não conseguia frear quando chegava nesse ritmo, eu tinha que terminar de resolver os "problemas" era como os NOMS do quarto ano, era importante e eu não conseguia deixar pela metade.

Sangue Black, sangue Black. Regeneração, paretens. Fui testada, parentesco proximo,não sou a mãe, tem que ser perto, não é Regina, Regina não. Alya não é minha sobrinha e prima é muito distante, não é Narcisa. Tem que ser Bella, Bella é a mãe! Estava andando estranho.. não lembro de vê-la beber enquanto eu estava aqui, não a vi depois do terceiro meis. Tem que ser.

Porque ele não testou nela? Todos são dispensáveis, mas alguns menos que outros. Bella é a seguidora mais leal, ele é esperto demais para confiar em mim. Se desse errado ele se livraria de uma possivel traidora e não de uma serva. Por isso eu e não ela.

O show do casamento, o anúncio prematuro de uma falsa gravidez, a farsa trabalhosa. Ninguem sabia, só nois quatro, Rudolf tinha sido mandado para longe, mas Bella ainda é casada. O lord diz que é imortal, deve repudiar a ideia de um herdeiro, disse que não precisava de um... mais ela estava gravida,antes da pesquisa. Talvez tivesse descoberto tarde, talvez tivesse escondido. Voldemort a teria matado a criança, antes da pesquisa, Bella era louca, me tiraram de Bella quando criança. Não perderia outra criança, mas tambem não tem paciência, não quer cuidar de uma. "Minha bonequina silenciosa" como se eu fosse um objeto. Alya comigo seria perfeito para ela, não tinha responsabilidades mais sempre poderia atar-lhe laços ao cabelo porque eu não poderia impedi-la, ela me daria assim que Alya chorasse. Também seria perfeito para Voldemort, não queria que mais pessoas soubessem sobre a poção, eu era a fundadora, eu já estava dentro e faria qualquer coisa para sobreviver, inclusive cuidar de uma criança. Devia ter sido ideia dele me casar com alguem, assim não se especularia quem seria o pai. Tentara Crouch, eu tinha um passado com o desgraçado, seria fácil de acreditar, mas ele saiu de controle. Então tinha Draco, tinha pedido minha mão em casamento a minha mãe, tinhamos crescido juntos, tinha rumores de que namoravamos e McMilam discera a Crouch que dormiamos juntos. Era tão crível uma gravidez inesperada que deveria ter sido como um presente caindo diretamente no colo de Voldemort. E o melhor, era que Draco estava tão entrelaçado nisso por sua família, que podia ser manipulado como o Lord bem entendesse.

Voltei a mim quando Voldemort gruniu caindo de quatro no chão com as unhas cravadas no carpete, os ossos e a pele se mechiam em movimentos liquidos e ele produzia sons animalescos. Fios de cabelo perfuravan a pele da cabeça e saiam. Bella estava olhando tudo com fascínio e não percebeu quando eu peguei um dos pequenos frascos vazios na estante atras dela e o enchi com o que restou da poção na taça, e o coloquei dentro do bojo do meu vestido.  Era do tamanho de um dedo indicador e cilindro, machucava mas quase não se notava, e sumiu quando coloquei todo meu cabelo de lado.

Propositalmente cruzei a sala a vista deles e apanhei um lenço largado em um sofá de frente Voldemort e o molhei na jarra d'água da mesinha ao lado e fingi tranquilidade enquanto limpava o sangue do meu braço e olhava para ele, na verdade eu tava era apavorada com a enormidade daquilo e sentia que poderia voltar a vomitar a qualquer momento.

Não fiquei mais tranquila quando ele se levantou, como um homem mesmo. Com nariz, cabelo e a aparencia que deveria ter tido desde o princípio. Mas ter um rosto formozo não o tornava algo mais que o monstro que ele era, só deixava as coisas piores. A forma antiga não disfarçava a aberração que ele era, diferente dessa. Essa eu realmente temia.

 Essa eu realmente temia

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
  ℬ𝓁ℴℴ𝒹 ℬ𝓁𝒶𝒸𝓀 Where stories live. Discover now