Capítulo 07 T.T.

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É impressionante a sorte que eu tenho para ouvir conversas interessantes, das quais não estou interessada.

Estou na biblioteca lendo meu livro em paz quando ouço Potter e Granger conversando do outro lado da prateleira.

Eles estão me seguindo?_ me perguntei bufando pouco feminina.

— Ela só gosta de você porquê acha que você é o Eleito! — Bradou Granger no que deveria ser um sussurro.

Como é que eles sobrevivem, em?

— Eu sou o Eleito! — exclamou Potter em tom risonho.

Levanto, coloco minhas coisas na bolsa e pego o livro nos braços para ir devolve-lo a pratileira, mesmo não tendo terminado de usa-lo no trabalho, era só para depois mesmo festas mesmo. Tudo isso a tempo de ouvir um baque do outro lado seguido de um baixíssimo Aí.

Devolvi o livro e resolvi voltar para a minha comunal e revisar meus trabalhos que seriam entregues amanhã. Eram os últimos antes das festas, as aulas encerrariam amanhã, e na manhã depois destas os estudantes voltariam para sua casa para passar o natal e o ano novo. Isso me lembrava a festa do Suglor mais a noite, festa ao qual Malfoy praticamente se convidou a me acompanhar, fingindo que estavamos normais um com o outro. Desconfiada eu deixei rolar porque queria acabar com a estranheza entre nós.

Passei no meu quarto só para pegar outro tinteiro e meus pergaminhos, eu não tinha parado lá o dia todo, só passado rápidas vezes para pegar algo ou tomar um banho, coisa do tipo. Tive a ultima reunião do Clube de Duelos mais cedo, e depois ajudei o Professor Horácio a catalogar alguns dos ingredientes de poções para estar tudo arrumado até janeiro, quando as aulas voltassem, eu não me importava em ajudar, fazia isso com meu pai o tempo todo, por isso me ofereci.

Por falar em papai, ele anda bem atarefado esse ano, me pergunto o que Dumbleodore e ele tanto fazem que ele vivi ocupado, mas meu pai não me falaria, o conheço bem para saber disso. No entanto sinto falta de conversar com ele vez ou outra, sabe? Temos estado distantes. Mas ao mesmo tempo não quero ser chata, ou atrapalhar sua vida de alguma forma, ele já fazia tanto cuidando de mim desde de bebê, mesmo com qualquer dificuldade que possa ter aparecido no caminho, poxa, ele merecia o próprio espaço.

Quando passei perto da mesinha de canto já com meus pergaminhos e o tinteiro em mãos, acabei parando ao ver a carta parcialmente aberta que tinha meu nome como destinatário. Ignorei a pequena onda de raiva que senti ao ver que alguém havia lido-a, mais coloquei as coisas que carregava de lado na mesinha ao ver que era de Cedrico.

Não fui ao salão para café da manhã hoje, na verdade estou surpresa que a carta tenha chegado a mim assim mesmo. Talvez um elfo a tenha trazido.

Peguei-a em mãos, puxei a cadeira da penteadeira de Daph ali perto e sentei para ler, me aproveitando do vazio do quarto.

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Para: Elektra Black.
Em: escola de Magia e bruxaria de Hogwarts.

Oi, faz um tempo que não escrevo, sinto muito por isso, mas devo ressaltar que tambem faz um tempo que não me escreve.

Como você esta? Tem passado bem? O que tem feito?

Pergunto porque não tenho idéia de como esta sua vida em Hogwarts, sério. Não tenho a mínima idéia. Você não tem se metido em confusão, tem? Estou rezando para ser um não, mas tambem estou rindo porque sei que você e a confusão são companheiras de longa data.

De qualquer forma, te escrevo porque lhe convidei na carta antes dessa, a vir aqui quando pudesse, nos fazer uma visita. Acontece que lembrei que nunca veio aqui antes, então não saberia chegar aqui, mesmo com o remetente da carta. Parece que vou te buscar na estação no fim das contas.

  ℬ𝓁ℴℴ𝒹 ℬ𝓁𝒶𝒸𝓀 Donde viven las historias. Descúbrelo ahora