Capítulo 12 T.T.

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CONFLITO INTERNO PART.2

Eu estava longe de ser boa em demostrar sentimentos, então em vez de mostrar que nossa última conversa tinha me inquietado, eu estava agindo normalmente, e eu via que isso estava deixando Cedrico irritado, algo raríssimo, principalmente comigo.

O nosso jantar de ano novo não foi como os outros jantares comemorativos, não dançamos, nem jogamos jogos de tabuleiro, Cedrico praticamente falava apenas com o pai, e a conversa não tinha a mesma animação. Eu sabia que o senhor Diggory tambem tinha notado, não tinha como notar, geralmente seu filho e eu nos davamos muito bem, e nos  dias anteriores mais que antes.

Por fim o senhor Diggory subiu e ficamos só eu e Cedrico na sala, ele se esforçava tambem em fingir que nada estava errado desde cedo, mais fracassava miserávelmente. Isso começou mais ou menos depois da nossa conversa lá fora, porem ele não estava tão chateado assim anres de entrar na casa.

Fiquei de pé e fui para a frente dele que estava prestes a se levantar da poltrona em que estava assentado.

— Qual é o problema? — Perguntei cruzando os braços.

— Do que você esta falando? — se fez de desentendido.

— Cedrico, se eu minto mal você nunca aprendeu a mentir na vida. — me refiro a nossa conversa fora da casa —  Oque está acontecendo?

— Nada Elektra, não tem nada acontecendo, não é? — o sarcasmo em sua voz me pegou de surpresa, ele estava mesmo insinuado algo?

— Claro! Você está com raiva de mim e não me diz o porque. — Explodi sem gritos, Diggory me deixava com os sentimentos a flor da pele, era um dos poucos que conseguia. Era algo que eu detestava nele, essa minha fraqueza em frente a ele, a capacidade dele de me tornar uma bomba relógio constantemente, hora chorando, hora sorrindo, e hora irritada.

— Você não me diz tudo e nem por isso eu fico reclamando. — exclamou igualmente seco e também cruzando os braços.

— Do que é que você esta falan..— comecei exasperada mas juntei as pecinhas antes de sequer terminar. — Regina?!

— É, Regina! — exclamou ele se levantando e me fazendo dar um passo para trás. — Ela também me escreveu hoje. — Cedrico quem me entregou a correspondência essa manhã, se ela escreveu hoje para ele, ele ja sabia o que estava acontecendo quando me perguntou oque tinha na minha carta, ele tinha me dado a oportunidade de contar. Merda.

Compreensão deve ter brilhado em meus olhos, e eu senti um ímpeto forte de começar a me explicar, mas eu o contive. Mentiras não me ajudariam nisso, só deixariam as coisas pior depois.

— Você não vai dizer nada? Nem um pedido de desculpas por esconder que minha melhor amiga esta depressiva em seu quarto esse tempo todo?

Dei outro passo para trás, cautelosa. Ele estava furioso de verdade agora.

— E o que adiantaria? Você não pode trazer a mãe dela de volta, nem aliviar a dor dela, não tinha o que fazer na casa dela, ver ela chorar não faria bem a ninguém. Estava te poupando. — medi cada palavra com cuidado, escolhendo não mentir.

— Eu nunca te pedi para me poupar de nada! Principalmente de me importar com alguém. Você tem um pingo de noção do quanto isso é errado? Eu falo o que eu sinto por você e a unica coisa que você faz é esconder algo sério de mim, uma coisa gigantesca. – agora ele estava falando alto, mais não o suficiente para que seu pai dessa. Seus olhos em mim me fazem sentir quase tão repulsiva quanto as suas palavras, mas eu sabia que estava errada desde o começo. — Você disse que estava me guardando, mais e Cat? Ela é sua amiga, não é? Você pensou nela?!

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