Capítulo 16 Q.T.

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VIDA DE CASADOS

Essa barriga é um pé no saco, sério. Queria não ter que usá-la na rua, imagina em casa.

Mas com Abraxas Malfot em nosso encalço, era o que restavanos. __pensei ficando na ponta dos pés para ver se conseguia alcançar o pacote de bolachas no alto da prateleira. Se eu fosse uns dois centímetros mais alta ou não estivesse com aquele "barrigao" de quase oito meses, certeza que eu conseguiria.

Estávamos sem Monstro pois esse por graça divina conseguira, de alguma maneira, escapar das vistas de Voldemort. E eu me recusava a ter outro elfo, recusa essa que fez Draco, que tinha dado a opção, revirar os e ir dormir quando queixei-me de ser incapaz de ter outro elfo, aleguei que Monstro era quase um tio para mim, tenho quase certeza que ele riu de mim com o rosto em seu travesseiro.

Em todo o caso contratei uma bruxa sem poderes, aos quais denominam aborto, para arrumar a casa tres  vezes por semana, segunda, quarta e sexta, —eu pretendia cozinhar, era uma atividade estimulante que eu estava tendo nos últimos meses, principalmente que a presença do avô de Malfoy nos deixava desconfortáveis e tinhamos que andar alerta, lembro até agora da vez em que o senhor quase nos pegou em um enlace fervoroso na mesa da cozinha no terceiro mês da nossa mudança, salvo o miado de Krass (meu pobre gatinho negligenciado) que salvou-nos do constrangimento. Sério, do jeito que estavamos podiamos ter infartado o coitado. Então vinhamos nos prendendo ao quarto sempre que podiamos, o que não era muito com o senhor por ali, ficamos sem graça em deixar o patriarca sozinho por ali, e por isso tentavamos o destrair sempre que possível. — Como estavamos em uma terça, a mulher não viria, ainda era cedo e Draco tivera problemas para dormir na noite anterior, parecia tão sereno quando levantei que preferi não acorda-lo ao sair, esqueci a varinha no quarto e escolhi não voltar e acabar por acorda-lo, o sono dele era leve e ele tinha demorado tanto a dormir, porem comecei a reconsideram a idéia quando minha barriga — a real — roncou.

Ouvi Krass miar atrás de mim. Devia tambem estar com fome.

primeiro a minha sobrevivência. —resmungo concentrada, estou quase, quase mesmo.

Me esforcei para ficar mais na pontinha dos pés, numa postura que orgulharia uma bailarina. Senti minhas unhas rasparem a embalagem e usando as unhas com uma pinça puxei devagarzinho o pacote para meu alcance e o agarrei com a mão, plantando meus pés corretamente no chão com uma expressão vitoriosa para me virar e ver que meu lindo e sarcastico marido me observava, de um jeito....bem......sarcástico.

— Ai a muito tempo? — perguntei indo abrir o pacote na pequena mesa, o passo de Draco não era silêncio ao ponto de não ser notado, o que mostrava que eu estava distraida.

Dra vestia calça de moletom e camisa de algodão engilhada. Tinha o cabelo bagunçado e o rosto amaçado de um jeito fofo, os olhos preguiçosos. Tinha acabado de sair da cama.

Tinhamos desenvolvido o habito de tomar banho juntos, o que era prejudicial ao planeta porque banhos individuais não demoravam nem metade do tempo que gastavamos de baixo do choveiro. Normalmente tomávamos banho antes do café, mais como hoje, não era sempre.

— Não tanto. — disse indo até a chaleira aquecer água. ( coisa que aprendeu recentemente ).

— Devia ter continuado dormindo. — Comentei antes de pedir. — Pega aquele pote pra mim.

Ele assentiu.

— Depois que você saiu acordei e não consegui mais dormir — colocou a chaleira no fogão e foi da direção em que eu estava apontando, pegando o pote vazio de vidro com tampa e trazendo para mim.

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