Capítulo 06 T.T.

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Droga, Draco. Anda mais devagar!

As pernas do Malfoy não eram tão maiores que as minhas, e mesmo assim eu tinha que quase correr para alcança-lo, isso sem que ele me visse. Não sei dizer em que momento passei a seguir as pessoas por ai, isso é certo.

Um ruido mais atrás de mim chamou minha atenção, vozes, fiquei parada e atenta para ouvir melhor, eram duas vozes, e estavam conversando. pareciam cada vez mais perto.

É brincadeira? Merlim, oque eu te fiz?! Não dá para fica pior

Tirei meu rosto do esconderijo para olhar melhor para o que esta acontecendo e vi que eram dois monitores, Grifinoria e corvinal. Voltei para tras da coluna de canto no mesmo instante.

Merlim, era um comentário. Não um desafio. _ penso olhando para cima, como se conversando com o divino através do teto.

Eu estava no cruzamento de quatro corredores no terceiro andar, Draco seguiu pela esquerda, que é onde estou.  Paro para ver onde ele esta, só para perceber que o perdi de vista. Solto um impropério baixo.

— Ouviu isso? — ouço um dos monitores questionar bem mais perto que antes.

— Oque? — perguntou o outro.

Maldição! _ começo a pensar rápido em uma solução, não posso arriscar uma detenção, já me meto em encrenca suficiente sem arrumar confusão com os monitores.

Olho em volta em busca de uma solução, um balde de metal retorcido justo a um esfregão no fim do corredor a direita me chama atenção, um sorriso surge em meu rosto.

Aponto minha varinha em sua direção e faço o balde e o esfregão cairem com estrondo, chamando atenção dos monitores que saem naquela direção apressados, ao passo que eu faço meu caminho por onde eles vieram e tento chegar ao meu dormitório sem maiores emoções, não totalmente bem sucedida porque acabei em uma brincadeira de gato e rato nada divertida com Madame No-o-ra-a, na qual tive de conjurar um jarro de água para livrar-me do animal endiabrado.

— A noite foi agitada. — comentou Pansy de sua cama quando entrei no dormitório com meu cabelo bagunçado, sapatos na mão e uma unha visivelmente quebrada. Tudo por me meter na vida alheia, como é que eu não aprendo?!

— Nem me diga. Vou tomar um banho.   — falei baixo para não acordar Daphne enquanto já ia para o banheiro, mas parei no meio do caminho quando notei a cama vazia para alem da minha. — Cadê a Aqua?

— Não estava se sentindo bem, vai passar a noite na enfermaria — Parkinson disse se virando na cama de modo a ficar de barriga para cima, só o rosto virado em minha direção.

— Parece grave? — Questionei sentindo certa preocupação.

— Não, deve ser algo que ela comeu. — descartou a idéia.

Balancei a cabeça e fui tomar o meu banho, eu não ia dormir do jeito que eu estava nem por decreto.

Quando voltei ao quarto Pansy ja dormia. Coloquei meu baby doll e fui ajeitar minha unha com a maior preguiça do mundo, como não havia algo que fizesse unhas crescerem eu cortei as outras, foi horrível, eu gostava delas grandes, mas não queria as pessoas olhando para elas porque as coitadas estavam desiguais, acabei também tendo de repintar todas antes de dormir, o que fiz assim que secaram.

O que Draco devia estar fazendo? — o pensamento me pegou pouco antes de meus olhos se fecharem e eu ser transportada para sonhos mais agradáveis.

Uma semana depois, dois dias após os testes de quadribol da Grifinoria que Regina — menos emputecida comigo — me fez assistir, onde Ronald ganhou a colocação de goleiro, na arte da trapaça eu posso jurar. Eu coloquei meu uniforme pela manhã e fui para o café, estava tudo normal até o momento em que as pessoas começaram a cochichar, olhei na direção que os outros olhavam e vi o motivo da comoção, Catia Abell estava de volta, e falando com ninguém mais ninguém menos que Harry Potter.

Interessante. _ pensei passando geleia em minha torrada e dando uma mordida na mesma enquanto ainda observava.

A porta no salão abriu e Potter fitou aquela direção, a fitei também. Bem em frente as grandes portas se encontrava um Draco muito pálido e de aparência nauseada.

Ah pelo amor de Merlim. Finja melhor, você é um Black, caramba!

Malfoy deu um passo para trás, e depois outro, se virou e saiu do salão apressado.

Mais culpado que isso, impossível.

Potter começou a persegui-lo sem se importar com o quanto o que estava fazendo era evidente, sendo que ele quase atropelava as pessoas no caminho a saída do salão.

Olhei para o meu pai na mesa dos professores constatando que ele tambem havia visto. Respirei fundo, terminei de comer minha torrada, bebi meu suco sem pressa, pedi a Daphne que me guardasse um lugar na aula caso eu me atrasasse, levantei elegantemente e fui atrás dois idiotas, não foi difícil achar, perguntei a direção a dois quadros e um fantasma, depois foi só seguir as explosões de pequeno porte até o banheiro dos monitores. Como estava tudo vazio graças ao café, não havia um alarde por parte de outros alunos ou professores.

A porta estava aberta, e tudo pareceu acontecer na velocidade de uma batida de coração ao por meus pés alem da soleira.

Malfoy estava sangrando no chão alagado com vários pelo corpo, eu havia desarmado Harry e o ar ao nosso redor pareceu suspenso por um segundo, antes de meu pai entrar no cômodo tempestuosamente, abaixar minha varinha com a mão, ir até Draco caído e expulsar Potter dali no processo, dizendo que era melhor eu garantir que o testa Rachada fosse para bem longe dali.

— Vamos. — eu disse duramente para ele e saí andando, danisse se ele parecia transtornado.

Ouvi que me seguia em silêncio, e quando tentou falar ja estavamos longe o bastante do banheiro. Me virei no mesmo instante e lhe dei o tapa mais forte que já dei em toda a minha vida, minha mão ficando a latejar enquanto ele tentava manter o equilíbrio e sanar o sangue do nariz e do lábio estourado.

— Nunca mais toque no meu primo, entendeu?! — saí sem esperar uma resposta, não era uma pergunta, era uma ameaça.

  ℬ𝓁ℴℴ𝒹 ℬ𝓁𝒶𝒸𝓀 Where stories live. Discover now