43 - adrien

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O relógio marcavam duas da manhã. Mentalmente, ele fez as contas e soube que, em Nova York, eram oito da noite e Marinette provavelmente estava andando pela cidade, aproveitando o longo dia que estava tendo.

Nino havia passado o dia junto do loiro. Eles haviam jogado video-game, almoçado, jantado e assistido a um filme de anime juntos, mas ele não podia evitar sentir saudades da namorada.

O sentimento não era grande pela parte da dia, mas agora que ele precisava dormir, e estava sozinho, ele sentiu falta do calor dela. Pensou que deveria ter seguido o conselho dela de dormir separados nos últimos dois dias, mas ele realmente estava muito acostumado em tê-la por perto.

Suspirou, cansado, e se sentou na cama, acendendo a luminária que ficava perto da cama e passou a mão nas mechas loiras. Olhou para o celular, esperando alguma mensagem ou ligação da mestiça, mas não tinha nada.

Cansado de se sentir solitário, ele levantou da cama, colocou os seus krocs preto e um suéter verde, pegou seu celular e saiu do quarto. Estava determinado a fazer algo e ele precisava concluir isso.

Pegou o pequeno molho de chaves que tinha e abriu a porta do apartamento e saiu, em silêncio, fazendo o mínimo de barulho possível. Trancou a porta novamente e foi até a escada, descendo os degraus.

Ela não vai me xingar por isso, ele pensou consigo mesmo. Ela me deu a chave por razões como essa.

Abriu a porta que dava no terceiro andar e entrou e foi até o apartamento de número dezoito. Encaixou a chave correta na fechadura e a girou, destrancando a porta e então, abriu a mesma.

Entrou no apartamento, que tinha todas as luzes apagadas e então acendeu as da sala e suspirou, olhando para os móveis da garota. Era tudo organizado e limpo e ele se sentia em casa ao ver tudo ali.

Trancou a porta novamente e deixou as chaves em cima da bancada. Apagou as luzes e foi até o quarto da mesma, apertando o interruptor mais uma vez e fazendo a lâmpada iluminar o quarto.

A roupa de cama de Marinette era rosa com alguma sombra de flor desenhada na beirada e tudo combinava, desde o edredom em cima da cama até as fronhas dos travesseiros e o lençol da cama.

Havia um papel em cima da cama impecavelmente arrumada de Dupain-Cheng e ele se aproximou. Estava escrito, em uma letra redonda e impecável o nome dele e ele conteve o riso de felicidade que pareceu ter sido ecoado em todo seu corpo. Ele pegou o papel e o desdobrou.

"Meu querido e amado Adrien,

Se isso estiver nas suas mãos, significa que, em uma das noites em que estive fora, você pensou em dormir em minha cama, ou algo relacionado a isso. E eu quero que você saiba que eu não me incômodo com a ideia, na verdade acho adorável.

Se você estivesse fora e eu tivesse a chave do seu apartamento, eu faria a mesma coisa. Não se preocupe quanto a isso.

Não se esqueça que eu amo muito você.

P.s.: você também pode pegar meu moletom branco dentro do guarda-roupa.

Marin."

Ele sorriu, feliz, e tirou o celular do bolso, tirando foto da carta dobrada ao meio, revelando apenas seu nome. Abriu o guarda-roupa e tirou do cabide um casaco da garota, um moletom branco que ela sempre usava em casa e intercalava com um suéter vermelho. Aproximou o moletom do nariz e sentiu o perfume da garota e ficou feliz por ter tido a ideia de ir até a casa dela.

Pegou o cobertor da parte superior do guarda-roupa e deitou na cama, do lado esquerdo, deixando o celular no criado-mudo, do qual ele sempre ficava, se cobriu e abraçou o moletom, ainda podendo sentir o perfume da garota.

neighbors | [AU] adrinetteWhere stories live. Discover now