28 - marinette

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Seus dedos tremiam levemente e as unhas cravaram nas palmas das mãos em uma fraca intensidade, para não se machucar. Estava nervosa, claro que estava; para ela, não tinha como não estar. As pernas balançavam compulsivamente, e ela não conseguia fazê-las parar.

Seu coração estava acelerado e sentia que nada poderia acalmá-la. Iria morrer por tanta ansiedade e medo. Não iria dar certo, aquilo iria ser um belo desastre.

Mordeu a ponta do polegar enquanto olhava para a janela do carro. Era um carro luxuoso, de fato, e era dirigido por um homem grande, e isso a fazia ficar ainda mais nervosa.

- Marinette? - o esverdeado a chamou, colocando sua mão no joelho da menor e dando uma leve apertada. - Se acalme.

- Estou tentando, Adrien. - ela murmurou em resposta, colocando sua mão em cima da dele. - Mas, são seus pais! Você entende que é Gabriel e Emilie Agreste que vou conhecer?

- E são apenas meus pais. - ele riu levemente, ainda olhando para ela, que tinha as bochechas coradas. - Marinette, são apenas pessoas.

- Não são pessoas para mim, Adrien. - murmurou e voltou a olhar para a paisagem. Estavam indo para a casa de inverno dos Agreste, que ficava um pouco afastada de Paris.

- Por quê? - ele perguntou, ainda tentando chamar a atenção dela para si.

- São seus pais, Adrien! - ela disse, alto e encolheu os ombros, sentindo vergonha por ter aumentado o tom de voz. - Desculpe. Mas, são seus pais. Não estou nervosa por eles serem famosos, estou nervosa por serem seus pais.

Soltou seu cinto e se aproximou dela, abraçando seus ombros e encostando a cabeça dela em seu peitoral. Seus dedos faziam um cafuné nos cabelos da garota.

- Minha mãe vai me matar se ela souber que fui conhecer seus pais antes de você a conhecer. - ela murmurou, inspirando fundo e sentindo o cheiro do garoto.

- Tem uma semana que estamos namorando, Marin. - ele riu, dando um beijo no topo da cabeça da menor. - E iremos lá semana que vem, lembra?

- Lembro. - ela murmurou, sorrindo. - Volte para seu lugar e coloque o cinto. Você precisa estar seguro.

O loiro deu um beijo no cabelo escuro da garota e voltou ao seu lugar, colocando o cinto, não soltando a mão da garota em nenhum segundo. Continuou a fazer o carinho com o polegar, e ela se sentiu imensamente mais calma.

Pensou na família Agreste. Pensava quão felizes eles eram e no pequeno Adrien, com o cabelo loiro bagunçado e os olhos verdes brilhando de felicidade enquanto corria pela casa. A ideia era tão adorável, que a fez abrir um sorriso.

- No que está pensando? - ele perguntou. Estava ansioso, assim como ela, e a mesma sabia disso pois o movimento de seu polegar não parava e os olhos esverdeados sempre revelariam. Ela estava aprendendo a ler as íris do loiro aos poucos.

- Você. - ela murmurou em resposta, sentido as bochechas esquentarem. - Em como você era quando criança.

- Acredite em mim: minha mãe irá de contar muitas coisas sobre mim. - ele sorria de forma tímida. Havia virado o sorriso favorito da mestiça. - Não acredite em todas elas.

- É a sua mãe, Adrien. - ela riu. - Ela vai me dizer apenas a verdade sobre você.

- Você tem razão. - ele responde, inclinando a cabeça para o lado e as bochechas avermelhadas. - Mas, mesmo assim... Não acredite.

- Tudo bem, eu vou tentar. - ela responde, irônica e rindo. - Ainda estou um pouco nervosa. Já estamos chegando?

- Falta uns dez minutos. - ele diz, olhando para a janela. - Ou menos. Logo estaremos lá.

neighbors | [AU] adrinetteWhere stories live. Discover now