Bateu levemente na porta do quarto com a mão livre, enquanto a outra segurava uma tigela de sopa. Marinette abriu um dos olhos, lentamente, e abriu um leve sorriso, então voltou a fechar os olhos.
Ela estava doente, e Adrien se sentia culpado por isso, já que ela ficou assim por ter saído com ele no sábado. No domingo, ela reclamou de dor na garganta e no dia - segunda -, havia acordado com febre e o nariz escorria.
- Você deveria ir embora. Pode ir, eu vou ficar bem. - ela disse, lentamente, e ele ignorou, indo até ela com cuidado.
- Sente-se. Vou te alimentar. - disse, se sentando no meio da cama, em direção à ela. Em movimentos lentos, ela se arrumou, sentando-se na cama e encostando as costas na parede. - Como se sente?
- Mole como maria-mole. - ela disse, baixinho e devagar. Ele se inclinou e deu um beijo na testa dela, vendo que estava um pouco quente.
- O xarope que te dei ainda não fez efeito. - ele estendeu o braço e faz um carinho na bochecha esquerda da garota. - Logo, logo, vai melhorar e eu queria que você tomasse um banho morno depois da sopa. - disse, mexendo a colher e assoprando a sopa, com o objetivo de esfriar a mesma.
- Sim, senhor. - respondeu e o olhava com atenção. - A sopa parece estar tão boa...
- Minha mãe quem fez. - ele disse, suspirando. - Disse à ela que você estava doente e ela acabou de me entregar uma panela cheia de sopa.
- V-você contou para sua mãe? - ela gaguejou.
- Sim, ela ligou hoje de manhã, enquanto você dormia, e perguntou como você estava. - ele pegou um pouco do caldo quente, assoprou mais uma vez e levou até a boca de sua namorada, com o prato fundo logo embaixo. - Assopre de novo e abra a boca. - a garota obedeceu e o loiro colocou a colher com o líquido na boca da garota, ela fechou a boca e engoliu o líquido. - Eu disse que você estava doente, e ela fez a melhor sopa do mundo.
Agreste deu colher por colher para Dupain-Cheng, até a sopa acabar e teve que "experimentar" a sopa duas vezes, pois parecia apetitosa e nas duas, Marinette riu baixinho.
- Pronto, minha garota. - deu um beijo na testa dela e logo depois um selinho rápido na mesma assim que ela acabara de comer - Hora do banho.
- Você deveria ter ido trabalhar. Sei me cuidar, Adrien. - disse, olhando para os olhos do esverdeado com os olhos cansados e com algumas olheiras, já que não havia dormido bem por conta da febre alta.
- Marinette, eu sou seu namorado. - ele disse, sério, tomando as mãos da garota com as suas e dando um beijo no anelar da mão direita. - Vou cuidar de você, mesmo que você não queira. - olhava nos olhos da azulada, dizendo as palavras com sinceridade. - Agora, vai tomar um banho. Lave o cabelo.
- Mandão. - murmurou e mostrou a língua para ele.
- É para abaixar a febre mais rápido. - respondeu. - Preciso te levar até lá?
Sorrindo de forma irônica, Marinette estendeu os braços, pedindo para levá-la. O loiro se levantou e pegou a mesma, colocando um dos braços atrás dos joelhos e o outro envolveu a cintura, então a levantou.
- Estava brincando! - ela disse, um pouco alto, a voz falhando, e rindo. - Me coloque no chão!
- Não. Vou te levar até o banheiro. - respondeu, andando até a porta do quarto.
- Preciso pegar minhas roupas, Adrien! - ela disse, em seu tom normal de voz, embora a voz continuasse falhando.
- Tudo bem, te levo até lá. - e a levou até o guarda-roupa. - Não vou te descer, pegue sua roupa.
- Me deixe descer por um segundo, eu pego rápido e já te deixo me levar até o banheiro. - ela disse e, suspirando, Adrien a colocou no chão. Ela pegou a roupa de forma rápida e então o loiro voltou a pegá-la no colo.
- Por favor, passe o braço ao redor do meu pescoço. - pediu e, novamente, ela o obedeceu. - Muito bem. Está sentindo alguma dor? - perguntou, andando devagar até a porta do quarto.
- Não. - murmurou e apoiou a cabeça no ombro dele. - Só estou mole, nada demais.
Ele a levou até o banheiro e a sentou na privada fechada e deu um beijo na testa dela, demonstrando o cuidado e amor que ele tinha. Queria que ela soubesse que tudo que ele sentia por ela era amor, algo tão inexplicável e quente e nem sequer entendia por que sentia tudo aquilo.
- Vou estar na sala, tudo bem? - perguntou e a viu concordar. - Ótimo... Pegou a toalha? - voltou a perguntar, a mesma concordou novamente e apontou para o pano atrás dele. - Ok... Se precisar de algo, me chame. - e saiu do banheiro, fechando a porta.
Foi até a sala, ligou a televisão e logo depois que entrou na Netflix, ouviu o barulho da água do chuveiro. Suspirou e começou a procurar um filme para assistir junto de sua namorada.
Mexeu no seu celular e mandou mensagem para Alya, que perguntava com a amiga estava e depois para Nino, que perguntava a mesma coisa. O estranho para o loiro era que eles enviaram a mensagem com menos de dois minutos de diferença.
Então, Marinette tossiu atrás de si, o fazendo, imediatamente, desligar o ecrã de seu celular e virar para olhar para a mesma. Foi até ela e tomou o rosto da mesma com as mãos e sorriu ao ver o pijama rosa, as meias e os chinelos nos pés e a toalha enrolada no cabelo, escondendo as medeixas um tanto azuladas da menor.
- Venha. Temos que secar este cabelo. - e a levou até quarto da mesma, a fazendo se sentar na cadeira de rodinhas da escrivaninha, porém na frente do espelho e pegou o secador do guarda-roupa. - Como se sente? - perguntou ao ir até ela.
- Melhor. - ela disse, abrindo um sorriso. - Você está cuidando muito bem de mim. - murmurou, enquanto ele abaixava para conectar o secador na tomada.
- Claro. Enquanto eu existir, irei cuidar de você, Marinette Dupain-Cheng. - deixou o secador no chão e deu um beijo na bochecha esquerda da menor e olhou para a mesma por alguns segundos depois que se afastou.
- Adrien. - ela o chamou, baixinho, apenas para que ele pudesse ouvir.
- Oi. - respondeu ao chamado, e pode observar os olhos da menor tomando um brilho inesperado e abriu um sorriso ao mesmo tempo que a mesma. Levou uma mão até a bochecha que havia beijado e fez um carinho com o polegar na pele macia e na temperatura um pouco normal.
- Eu amo você. - ela murmurou e olhou nos olhos dele, e, se Adrien não estivesse tão perto, ele não teria ouvido. - Do fundo do meu coração. - as bochechas da garota se encontravam avermelhadas.
E o seu coração estava acelerado e fora do compaço. Batia tão rápido e tão forte na caixa torácica que ele pensou que iria desmaiar, já que perdeu o ar por alguns segundos.
Sorrindo, e segurando as lágrimas para que não viessem, suspirou e deu um beijo demorado nos lábios da garota. Tentava demonstrar, na ação, que sentia a mesma coisa que ela, mesmo não dizendo isso.
- Também amo você, Marinette. - suspirou e encostou a sua testa na dela, fechando os olhos e segurando o rosto da mesma com as mãos. - Com todo o meu coração.
E, ele se sentiu tão completo. Era como se tudo se encaixasse mais uma vez, tudo estava nos eixos. Claro que ele já quase deixou escapar o "eu te amo" várias vezes, mas sempre achou que estava muito cedo. E agora, havia dito, em voz alta, na frente dela.
E ele não poderia estar mais feliz com três simples palavras, que são ditas para tudo neste mundo. Ditas por Marinette para ele, era como se tomassem outro significado.
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neighbors | [AU] adrinette
FanfictionOnde um fotógrafo mora no apartamento a cima do de uma garota super desastrada. Ou onde uma artista é moradora de um apartamento onde o vizinho de cima é pianista. Aviso: é uma alternative universe, então pode conter referências, mas não há muita c...