neighbors | [AU] adrinette

5 - adrien

Marinette estava feliz de manhã. Quando acordou, ela estava cantando e parecia estar dançando pela a casa, o que era engraçado.

"Oh, tell me, tell me, tell me how to turn your love on
You can get, get anything that you want
Baby, just shout it out, shout it out
Baby, just shout it out, yeah" - ela cantava alto, e ele começou a pensar por qual motivo ela estava tão feliz quanto parecia. Com um sorriso bobo nos lábios, ele preparou seu café na cafeteira.

Era sábado, o que indicava que ele não tinha nada para fazer e ele estava mais preguiçoso do que um gato, então não iria sair de casa naquele dia. Poderia passear pela cidade s fotografar Paris, mas as almofadas e a televisão pareciam chamá-lo.

Mas, Marinette estava feliz. Ela colocou uma música no rádio, que ele reconheceu ser One Direction, e ela ria e cantava. Então, a música acabou e o som dela cantando ficou um pouco distante agora. Talvez ela tenha mudado de quarto.

Era estranho passar o sábado em casa, mas era um tanto interessante saber um pouco sobre a garota do andar de baixo, principalmente sua rotina de sábado. Ele ignorou o pensamento assim que ele invadiu sua mente.

Ela ficou no mesmo quarto o dia todo, e ele descobriu que deveria ser o quarto de hóspedes. Por alguns segundos, ele sentiu a curiosidade de saber o que ela fazia, mas retirou o pensamento da mente, pois era estranho passar tanto tempo pensando nela.

Assistiu à Netflix a tarde toda, e já estava ficando sem opções do que assistir, então a desligou e ficou encarando a tela preta.

Olhou para seu instrumento e decidiu que deveria treinar um pouco hoje. Sentou-se rente ao teclado e tocou a primeira melodia que veio em sua cabeça, que era de Mozart e chamada de "Piano Sonata No. 9 in D Major, K. 311: 11.". Ele tocou de olhos fechados, deslizando os dedos nas teclas e as tocando com gentileza.

Quando terminou, tocou outra, agora de Chopin, era a "Nocturne No. 2 In E Flat, Op. 9 No. 2". A paz que as notas traziam, e o jeito que a sonata parecia exalar paixão o fez lembrar vagamente de Marinette. Os cabelos pretos e o azul de seus olhos o fez lembrar do estilo noturno que a música parecia ter, e o fim da música, aquela parte em que as notas pareciam ter dor, o fez se lembrar de que até mesmo aqueles olhos cheios de tranquilidade, podem ser um pouco sombrios.

Quando ele terminou de tocar, ele ficou olhando para a porta de vidro e percebeu que algumas lágrimas molharam suas bochechas. Ele passou as costas das mãos na região, afim de secar o rosto. Então, ouviu leves palmas.

- Tocou lindamente, Adrien! - ela disse, alto, e ele ficou feliz de ter tido alguém para ouvi-lo mais uma vez. Alguém ouviu ele tocar com todo o seu coração, e ele queria ter a sensação de ser ouvido para sempre. - Eu estou chorando, você é muito bom!

Então, ele se sentiu levemente culpado por ter feito a garota mais feliz do prédio chorar.

- Obrigado! - ele disse alto, para que ela pudesse escutá-lo. - Desculpe ter te feito chorar.

- Tudo bem, foi de emoção! - ela respondeu e ele abriu um sorriso.

Ficaram quietos e Adrien anotou em uma folha qualquer de seu caderno de ideias que a última música que tocara o havia feito lembrar de Marinette, a garota desastrada e gentil do andar de baixo.

Foi a cozinha, procurando um macarrão para fazer, e assim que o achou, alguém bateu na porta e ele foi até ela, tropeçando nos próprios pés, pois ninguém ia até a sua casa e, caso fossem, iriam avisá-lo.

Olhou no olho mágico e quase perdeu o fôlego ao ver a pessoa do outro lado da porta. Talvez ele realmente tenha perdido, mas não sabia dizer.