20 - marinette

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O homem de olhos esverdeados ficou um tanto distante, o que a azulada pensou que iria ocorrer, mas não teve coragem para explicar quem era Luka, pois tinha medo de piorar as coisas.

- Obrigada por hoje. - ela disse quando pararam na porta do andar dela. Ele não respondeu, apenas concordou com a cabeça. - Te ligo mais tarde, tudo bem?

- Ok. - ele disse, baixo. - Espero sua ligação. - ele deu um beijo na bochecha da mais baixa e começou q subir os degraus.

- Adrien? - Marinette o chamou, não poderia ficar calada sabendo quão distante ele estava dela. - Você ficou bravo?

- Não, eu só... - ele ficou quieto, enquanto olhava para baixo. - Também não sei. Me desculpe por isso.

A mestiça entendeu na mesma hora e foi até ele, ficando um degrau abaixo dele, a fazendo ficar ainda mais baixa. Estendeu o braço e colocou sua mão na bochecha do mais alto, fazendo um carinho com o polegar.

- Luka é um amigo faz dois anos e nós dois sempre soubemos que não iria chegar a lugar algum, pois somos muito iguais. - ela tomava cuidado na escola das palavras. - Você vai conhecê-lo logo. E acredite em mim, eu e ele nunca daríamos certo.

- Tudo bem. - o esverdeado responde e a azulada viu as bochechas dele avermelhadas. - Eu acredito em você. Me desculpe.

- Está tudo bem, você não tem culpa de nada. - ela sorria e o abraçou fortemente. - Você é maravilhoso. Te ligo depois.

- Tudo bem. - ele deu um beijo na testa da mesma e sorriu. Ela se afastou e abriu a porta para ir até o seu apartamento. - Te espero me ligar.

- Até logo. - ela sorria, então seguiu diretamente para o seu apartamento.

Havia combinado com Luka que iria estar na porta de seu apartamento antes das seis da tarde, então fez tudo com pressa. Tomou banho, e colocou uma calça jeans, um moletom, meias e seu amado all-star rosa. Às cinco e cinquenta, estava apertando a campainha do garoto, o esperando atender.

Assim que ele abriu a porta, ela o abraçou com força. O cabelo dele, com as pontas azuladas, estava bagunçado, ele estava usando uma roupa casual e os olhos azulados brilhavam.

- Mari! Estou feliz em te ver! - ele a colocou de volta no chão e bagunçou o cabelo dela. - Você terá que me contar o que aconteceu nessa última semana toda, eu estava viajando com minha mãe e Juleka.

- A Ju me falou, sendo que quem tinha que contar era você. - ela entrou no apartamento e deu um leve soco no braço do rapaz. - E você nem pra me contar!

- Desculpe. - ele riu e bagunçou ainda mais as mechas de seu cabelo.

- Só dessa vez. - ela respondeu e foi até o sofá, tirando os tênis para poder se aconhegar. - Tenho que te contar, eu conheci o homem dos sonhos!

- Lá vem. - ele suspirou e foi até a cozinha e abriu a geladeira. - Aceita uma cerveja?

- Sim, mas só porque estou muito feliz! - ela riu e o mais velho foi até ela e lhe estendeu uma latinha. Ela abriu, brindou com o homem e bebeu um gole. - Então, ironicamente ele mora no andar acima do meu e o nome dele é Adrien. Eu juro, Luka, ele é tudo! - ela dizia, com um sorriso no rosto, e ao terminar, bebeu mais um pouco.

- Quero conhecê-lo logo. - ele disse, sorrindo e ligando a televisão. - Tenho que saber se ele é bom o suficiente para você ou não.

- Prometo que vou apresentar você para ele logo. O que vamos assistir? - a garota perguntou, olhando para a televisão.

- Eu assisti um episódio de um reality show muito bom na Netflix e sei que você vai gostar. - ele respondeu, arrumando o programa.

-Não esquece de me contar sobre sua viagem. - a mestiça disse, olhando o garoto dar um longo gole na cerveja.

Marinette acabou com a sua primeira latinha enquanto Couffaine colocava "Ultimate Beastmaster". Depois de poucos minutos do episódio, sua companhia também acabou a sua e foi pegar uma garrafa de vinho e dois copos.

A mestiça não gostava de ficar bêbada. Ela era a pessoa que menos bebia e sempre cuidava de suas amigas, então sempre foi reconhecida como a "mãezona". Ela nunca passava dos limites, que era pequeno, pois com três taças de vinho já estaria tonta e com seis totalmente bêbada.

E ela nem sequer sabia quantos copos ela bebeu na noite. Ela apenas bebeu por beber.

Ela não tinha mais noção de seus movimentos, nem do que falava muito menos de quantas latas de cerveja tinha junto com a caixa de pizza, os copos e a garraca vazia de vinho. Enquanto assistiam ao programa que Luka colocou, falavam coisas aleatórias e riam alto das mesmas.

- Eu preciso fazer algo. - a voz grogue de Marinette ecoou pela sala. - Eu já volto.

- Você... volta? - Luka dizia, lento e os olhos brilhantes marejaram.

- Não sei? - respondeu, tentando se levantar.

Então, ela conseguiu se levantar e, aos tropeços, seguiu para fora do apartamento de Luka, sem seus tênis nos pés e deixando seu celular no sofá. Não tinha noção da hora e nem do que precisava fazer, apenas seguiu sua intuição, que parecia uma bússola perto de um imã.

Subiu as escadas se segurando nas paredes, na tentativa de não cair. O lance de escada parecia ter ficado mais longo, já que ela nunca chegava na porta da qual queria. Sua mente não estava nas melhores condições para perceber, mas ela havia subido um andar a mais.

Parada na porta do apartamento vinte e dois, ela abriu, e tropeçou nos próprios pés e caiu de joelhos. Sua barriga doía, então começou a rir, mas não sabia o porquê.

- Marinette? - ouviu de longe e olhou na direção da voz. - Marin, você está bêbada? - a voz estava mais próxima agora.

- Eu não fico bêbada, Sir. - respondeu, não reconhecendo o dono da voz.

A única coisa que se lembra era de ver olhos verdes, um delicioso cheiro amadeirado e da escuridão, pois não se lembrava o que havia acontecido depois. Ela era totalmente fraca para bebida.

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