30 - marinette

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Acordou assustada de madrugada, não sabendo que horas eram, com um choro baixinho no quarto. Olhou para o quarto e era o homem de seu lado que choramingava e dizia coisas sem nexo e os braços dele a apertavam.

- 'drien... - o chamou, a voz rouca e falhando ao dizer o nome do garoto. - Ei, chat. - o chamou, apertando a cintura dele, ele resmungou e ela o balançou na cama. - Adrien, acorde!

Ela o balançou algumas vezes e o viu arregalar os olhos esverdeados, mostrando que estava assustado. Ela suspirou e antes que pudesse falar qualquer coisa, o loiro disse:

- Marin? - e a abraçou, fortemente e choramingou. - Tive um sonho horrível... - sua voz estava abafada.

Ela passou os dedos no cabelo dele, acariciando as mechas, agora, cortadas e as puxando levemente para trás. Deu um beijo na testa dele e ficou em silêncio, apenas o abraçando fortemente e sentindo os soluços baixos do loiro em seu pescoço.

- Quer me contar? - perguntou, assim que ele parou de soluçar. Já havia perdido o sono.

- Tudo bem. - ele sussurrou e os braços ainda a mantinham firme perto dele. - Sonhei que te perdi. Não entendi muito bem, mas foi desesperador te ver indo embora, tão decidida. Por favor, não vá embora nunca.

- Não vou a lugar algum, Adrien. - murmurou em resposta, depois de poucos segundos em choque. - Estou aqui com você. Que tal dormir mais um pouco?

- Tudo bem... - ele murmurou e não se mexeu por um tempo, então a respiração tomou um ritmo calmo e a garota percebeu que ele havia dormido.

Suspirou e o apertou em seus braços. Beijou as mechas loiras, sentindo o cheiro de amêndoas que as os fios guardavam. Demorou um tempo para dormir, mas acabou fazendo, embora tivesse permanecido em um sono leve, e quando o homem em seus braços se mexia, ela acordava apenas para checar o homem e fechar os olhos de novo.

Havia acordado mais cedo que o Agreste e fazia o café lentamente. Havia dormido mal por conta do seu leve sono, mas não culpou seu namorado por isso; ela estava preocupada demais com ele para dormir bem.

Olhou a hora no seu celular - oito e dez da manhã -, também checando que era dia dezoito de novembro e que tinha algumas mensagens de Alya. Clicou para vê-las, e ela perguntava se dava para fazer compras com ela. Suspirou e concordou com a ideia.

Terminou de fazer o café, preparou uma xícara com um pouco de leite e foi até a sacada de sua casa, abrindo a porta de vidro, olhando para a vista que tinha e inspirando fundo o ar um tanto gelado da manhã. O outono estava em seu ápice.

Bebeu seu café. Percebeu que a meses atrás, estava ali, lendo algum romance ou pensando em sua vida, e se perguntava: quando chegaria a sua vez? Ela nunca pensou que alguém poderia ter feito ela ficar nervosa do jeito que Adrien a fez sentir. E agora, ele era seu namorado. E ele o chamava de sua.

Ele a fazia suspirar apenas por pensar em quão tudo ele era. Ainda não saíram da fase de começo de namoro; não andaram mais nenhum passo na relação depois de irem até a casa dos pais de Marinette e eles terem adorado o loiro. Mas, não queriam ter pressa.

Bebeu mais um pouco do líquido quente da caneca, esquentando seu corpo. Sorriu levemente com o gosto que a bebida tinha. Se sentia mais disposta para continuar o dia.

Entrou e lavou a caneca, juntamente com as outras coisas que havia sujado, secou e guardou tudo. Se dirigiu ao banheiro e tomou um banho rápido, lavando o cabelo.

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